segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Em jogo dramático, Ricardo e Pedro Cunha são eliminados das Olimpíadas


Irreconhecíveis, brasileiros perdem para alemães Brick e Reckermann por
2 sets 0 (21/15 e 21/19) nas quartas de final e estão fora da competição

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

vôlei de praia Ricardo e Pedro Cunha Olimpíadas 2012 (Foto: Getty Images)Ricardo e Pedro Cunha se abraçam após a
eliminação nos Jogos (Foto: Getty Images)

Mais uma dupla brasileira se despediu das Olimpíadas de Londres. Após a eliminação de Talita e Maria Elisa nas oitavas, foi a vez de Ricardo e Pedro Cunha darem adeus à competição, ainda nas quartas. Em um dia inspirado, os alemães Brick e Reckermann não deram chances aos rivais. Sem encontrar resistência, eles atropelaram os brasileiros por 2 a 0 (21/15 e 21/19), nesta segunda-feira, e avançaram às semifinais, onde enfrentam os holandeses Nummerdorr e Schuil.
- Eles jogaram muito bem, tiveram um objetivo diferente de saque que deu certo. Tivemos dificuldades no saque, no bloqueio e no ataque, mas fizemos tudo o que podíamos - disse Ricardo, bronze em Pequim-2008 e ouro em Atenas-2004, ao lado de Emanuel.
O companheiro lamentou a derrota e disse que a dupla não reagiu a tempo de reverter o placar, assim como em outros campeonatos. Estreante nos Jogos, Pedro disse que iria brigar por uma medalha no Rio de Janeiro, em 2016.

- Não conseguimos chegar no nível deles e entrar no ritmo da partida. Costumamos brincar que somos o time da virada. A gente já conseguiu reverter várias situações, mas demoramos para reagir dessa vez e mudar a tática. A vitória não veio, mas daqui a quatro anos, a competição é na minha e vou brigar por uma medalha - contou Pedro ao SporTV.

O jogo

Jonas Reckermann e Ricardo, Vôlei de Praia, Brasil x Alemanha (Foto: Agência AP)Reckermann dá cortada e Ricardo tenta
bloquear, em vão (Foto: Agência AP)

A dupla verde-amarela demorou para se encontrar no jogo e Pedro tinha dificuldades para virar as bolas, enquanto os alemães estavam imbatíveis e abriram seis pontos de vantagem (10 a 4). Irreconhecível, o time só acordou a partir da metade da parcial. Após um belo rali, com mergulhos dos brasileiros para evitar que a bola tocasse na areia e uma pancada no capricho de Ricardo, a dupla deu sinais de recuperação e levantou a torcida local: 14 a 9. Ainda assim, faltava muito para encostar no placar. Brink e Reckermann administraram a vantagem e fecharam a parcial em 21 a 15.

O equilíbrio deu o tom do início do segundo set, com as duas equipes pontuando após a recepção de saque. A Alemanha conseguia defender e finalizar com categoria, enquanto o Brasil ainda encontrava dificuldades no ataque. Reckermann estava com uma pontaria afiada e não desperdiçava as oportunidades, enquanto Pedro se deixou levar pelo nervosismo, voltou a errar e Ricardo não encontrava o tempo certo do bloqueio.

Os alemães forçavam o saque, atacavam com agressividade e ainda exploravam o bloqueio dos brasileiros. Depois de um bom rali, Ricardo bloqueou e Pedro emendou com um contra-ataque fulminante. Mas no lance seguinte, ele parou nas mãos de Reckermann: 14 a 14. A dupla alemã, número 3 do ranking mundial, mostrou eficiência nos contra-ataques e fez 21 a 19.

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