A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro
Campeão da Copa do Brasil e garantido na Taça Libertadores de 2013, o
Palmeiras esqueceu momentanemente a campanha ruim no Brasileirão na
noite desta quarta-feira. Com dois gols golaços de Barcos, o Verdão
estreou na Copa Sul-Americana com uma vitória por 2 a 0 sobre o
Botafogo, na Arena Barueri, e conquistou boa vantagem para o jogo de
volta da primeira fase, dia 22 de agosto, no Engenhão. Pode perder por
um gol de diferença - ou dois, desde que marque na casa do adversário -
para avançar. O Alvinegro, que vê no torneio a chance de chegar à
Libertadores, precisa vencer por três ou mais gols de diferença se
quiser se classificar para a fase internacional da competição. Vitória
carioca por 2 a 0 levará a decisão para os pênaltis.
Ser goleador na Sul-Americana está longe de ser novidade para Barcos. Com os dois marcados contra o Botafogo, ele chegou a 12 na história da competição. Isso em 19 jogos. Ele foi o dono da festa nesta quarta, com boas jogadas e gols bem trabalhados, sem chances de defesa para Jefferson. O público, porém, decepcionou: apenas 3.833 pagantes assistiram à bela partida do argentino em Barueri.
As duas equipes esquecem um pouco o torneio internacional e voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro. No sábado, o Palmeiras, que está na zona de rebaixamento, recebe o Inter na mesma Arena Barueri, às 18h30m (horário de Brasília). No mesmo dia e horário, o Botafogo visita o Atlético-GO no Serra Dourada.
Botafogo acerta a trave; Verdão, o bandeira
Felipão e Oswaldo levam a sério a Sul-Americana, e por isso escalaram força máxima para o confronto. O Palmeiras contando com Marcos Assunção, o capitão que levantou a taça da Copa do Brasil, e que não jogava desde a final porque sentia dores no joelho direito. E o Botafogo com seu time de vários meias, incluindo o improvisado Elkeson como único atacante, tinha quase todo mundo presente – menos o astro Seedorf, que viajou com o elenco e até treinou nesta quarta-feira, mas foi poupado pelo comandante.
Sem um centroavante definido – Rafael Marques ficou no banco – o Botafogo tomou conta do meio-campo e fez valer seu toque de bola. O sistema defensivo do Verdão tinha os retornos de Assunção e do zagueiro Maurício Ramos, ambos sem ritmo de jogo. Assim ficou difícil marcar os rápidos Vitor Júnior, Andrezinho e Fellype Gabriel, além de Elkeson.
As chances começaram a surgir naturalmente para o Glorioso, sempre na base da velocidade. Primeiro, uma bola na trave de Andrezinho após passe do volante Jadson. Depois, jogada espetacular de Elkeson, que achou Vitor Júnior disparando sozinho em direção à área – Bruno fez grande defesa e evitou o gol. Espaço na defesa alviverde não faltou. Por isso, as poucas dezenas de torcedores do Botafogo se animaram.
Do outro lado do campo, a irritação do torcedor foi descontada no auxiliar Altemir Hausmann. Uma bola veio das arquibancadas e acertou a sua cabeça. Suficiente para os palmeirenses sorrirem. O time visitante jogou bem, teve a bola por mais tempo nos pés, mas o Palmeiras colaborou para esse domínio. Lances de ataque, só mesmo nas conhecidíssimas bolas paradas de Assunção – descalibrado, ele não levou perigo. Barcos voltou a sofrer com um problema que não lhe incomodava há muito tempo: a falta de aproximação dos meias.
Mazinho, mais recuado do que de costume, não soube assumir o papel de armador da equipe. Acabou sacado aos 38 minutos, para a entrada de Obina, que pouco pôde fazer no primeiro tempo. A alteração não foi arquitetada no banco de reservas, mas sim nas tribunas. O técnico Luiz Felipe Scolari não quis ficar à beira do campo, já que tem problemas antigos com o auxiliar Roberto Braatz, que passou o primeiro inteiro à frente do auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa.
Pirata acostumado a resolver
Felipão sacou Maikon Leite, inoperante pelo lado esquerdo, e lançou alguém mais acostumado a jogar pelo setor: Fernandinho. O Palmeiras voltou ligado. E o Botafogo, ao contrário, esqueceu o futebol no vestiário. Logo no primeiro lance, Fernandinho e Juninho tabelaram, levaram perigo a Jefferson e fizeram a torcida acreditar que esse time podia, enfim, voltar a exibir o futebol da Copa do Brasil.
E quem melhor do que Barcos para comandar a retomada alviverde? Acostumado à Sul-Americana, que já disputou pela LDU em 2009 e 2010, o Pirata ficou à vontade logo no primeiro minuto do segundo tempo. Cruzamento de Artur, domínio macio com o peito, finta em Lucas e toque com estilo no ângulo esquerdo de Jefferson. Golaço, daqueles para guardar, e 1 a 0 Verdão em Barueri.
Não satisfeito, o Pirata resolveu brilhar mais uma vez aos 19 minutos, depois de o Palmeiras ter pressionado mais o rival. Enquanto Fábio Ferreira e Antônio Carlos se entreolhavam, Barcos matava a bola no peito, ajeitava para o pé esquerdo (que nem é o bom) e encontrava mais uma vez o ângulo de Jefferson, agora o direito. São 12 gols em 19 jogos em Sul-Americanas. E 2 a 0 Verdão no placar.
Só que o Botafogo tentou demais diminuir o prejuízo. Oswaldo tirou Fellype Gabriel e lançou Rafael Marques, homem de referência. O problema é que ele não aproveitou a maior oportunidade do jogo, quando ficou à frente de Bruno: abaixou a cabeça e soltou a bomba... Em cima do goleiro. O gol perdido desanimou os botafoguenses, que antes mesmo do fim da partida já enrolavam suas faixas na arquibancada e esperavam o apito final. Sul-Americana, agora, só daqui a três semanas. A realidade se volta para o Brasileiro: Botafogo buscando a Libertadores, Palmeiras tentando deixar a zona
da degola
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-sul-americana-2012/01-08-2012/palmeiras-botafogo.html
Ser goleador na Sul-Americana está longe de ser novidade para Barcos. Com os dois marcados contra o Botafogo, ele chegou a 12 na história da competição. Isso em 19 jogos. Ele foi o dono da festa nesta quarta, com boas jogadas e gols bem trabalhados, sem chances de defesa para Jefferson. O público, porém, decepcionou: apenas 3.833 pagantes assistiram à bela partida do argentino em Barueri.
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O Botafogo de Oswaldo de Oliveira começou bem a partida, mandou no
primeiro tempo, mas não soube concluir bem as chances que criou. O
castigo veio logo no minuto inicial da segunda etapa, com o primeiro gol
do Verdão. O “projeto Libertadores” continua, mas o Glorioso terá
missão ingrata no Engenhão.As duas equipes esquecem um pouco o torneio internacional e voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro. No sábado, o Palmeiras, que está na zona de rebaixamento, recebe o Inter na mesma Arena Barueri, às 18h30m (horário de Brasília). No mesmo dia e horário, o Botafogo visita o Atlético-GO no Serra Dourada.
Renato disputa jogada pelo alto com Marcos Assunção (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)
Felipão e Oswaldo levam a sério a Sul-Americana, e por isso escalaram força máxima para o confronto. O Palmeiras contando com Marcos Assunção, o capitão que levantou a taça da Copa do Brasil, e que não jogava desde a final porque sentia dores no joelho direito. E o Botafogo com seu time de vários meias, incluindo o improvisado Elkeson como único atacante, tinha quase todo mundo presente – menos o astro Seedorf, que viajou com o elenco e até treinou nesta quarta-feira, mas foi poupado pelo comandante.
Sem um centroavante definido – Rafael Marques ficou no banco – o Botafogo tomou conta do meio-campo e fez valer seu toque de bola. O sistema defensivo do Verdão tinha os retornos de Assunção e do zagueiro Maurício Ramos, ambos sem ritmo de jogo. Assim ficou difícil marcar os rápidos Vitor Júnior, Andrezinho e Fellype Gabriel, além de Elkeson.
As chances começaram a surgir naturalmente para o Glorioso, sempre na base da velocidade. Primeiro, uma bola na trave de Andrezinho após passe do volante Jadson. Depois, jogada espetacular de Elkeson, que achou Vitor Júnior disparando sozinho em direção à área – Bruno fez grande defesa e evitou o gol. Espaço na defesa alviverde não faltou. Por isso, as poucas dezenas de torcedores do Botafogo se animaram.
Do outro lado do campo, a irritação do torcedor foi descontada no auxiliar Altemir Hausmann. Uma bola veio das arquibancadas e acertou a sua cabeça. Suficiente para os palmeirenses sorrirem. O time visitante jogou bem, teve a bola por mais tempo nos pés, mas o Palmeiras colaborou para esse domínio. Lances de ataque, só mesmo nas conhecidíssimas bolas paradas de Assunção – descalibrado, ele não levou perigo. Barcos voltou a sofrer com um problema que não lhe incomodava há muito tempo: a falta de aproximação dos meias.
Mazinho, mais recuado do que de costume, não soube assumir o papel de armador da equipe. Acabou sacado aos 38 minutos, para a entrada de Obina, que pouco pôde fazer no primeiro tempo. A alteração não foi arquitetada no banco de reservas, mas sim nas tribunas. O técnico Luiz Felipe Scolari não quis ficar à beira do campo, já que tem problemas antigos com o auxiliar Roberto Braatz, que passou o primeiro inteiro à frente do auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa.
Vitor Júnior tenta passar pela marcação de Leandro Amaro e Maurício Ramos (Foto: Agência EFE)
Felipão sacou Maikon Leite, inoperante pelo lado esquerdo, e lançou alguém mais acostumado a jogar pelo setor: Fernandinho. O Palmeiras voltou ligado. E o Botafogo, ao contrário, esqueceu o futebol no vestiário. Logo no primeiro lance, Fernandinho e Juninho tabelaram, levaram perigo a Jefferson e fizeram a torcida acreditar que esse time podia, enfim, voltar a exibir o futebol da Copa do Brasil.
E quem melhor do que Barcos para comandar a retomada alviverde? Acostumado à Sul-Americana, que já disputou pela LDU em 2009 e 2010, o Pirata ficou à vontade logo no primeiro minuto do segundo tempo. Cruzamento de Artur, domínio macio com o peito, finta em Lucas e toque com estilo no ângulo esquerdo de Jefferson. Golaço, daqueles para guardar, e 1 a 0 Verdão em Barueri.
Não satisfeito, o Pirata resolveu brilhar mais uma vez aos 19 minutos, depois de o Palmeiras ter pressionado mais o rival. Enquanto Fábio Ferreira e Antônio Carlos se entreolhavam, Barcos matava a bola no peito, ajeitava para o pé esquerdo (que nem é o bom) e encontrava mais uma vez o ângulo de Jefferson, agora o direito. São 12 gols em 19 jogos em Sul-Americanas. E 2 a 0 Verdão no placar.
Só que o Botafogo tentou demais diminuir o prejuízo. Oswaldo tirou Fellype Gabriel e lançou Rafael Marques, homem de referência. O problema é que ele não aproveitou a maior oportunidade do jogo, quando ficou à frente de Bruno: abaixou a cabeça e soltou a bomba... Em cima do goleiro. O gol perdido desanimou os botafoguenses, que antes mesmo do fim da partida já enrolavam suas faixas na arquibancada e esperavam o apito final. Sul-Americana, agora, só daqui a três semanas. A realidade se volta para o Brasileiro: Botafogo buscando a Libertadores, Palmeiras tentando deixar a zona
da degola
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-sul-americana-2012/01-08-2012/palmeiras-botafogo.html
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