A CRÔNICA
por
André Casado
A campanha, até aqui, está muito longe de ser aquela dos sonhos do
torcedor. Mas com o terceiro empate em quatro jogos na Copa do Brasil,
desta vez um morno 0 a 0 com o Guarani, na noite desta quarta-feira, no
Engenhão, o Botafogo se classificou às oitavas de final da competição. A
vantagem adquirida em Campinas - vitória por 2 a 1 - possibilitou ao
time carioca entrar em campo debruçado no regulamento. E deu certo,
embora não tenha agradado ao pequeno público (3.906 pagantes e 5.295
presentes) que compareceu ao estádio. De positivo, a entrada empolgante
de Maicosuel nos 15 minutos finais. Ao Bugre, faltou ousadia e pontaria.
Apenas um começo promissor
O início botafoguense prometia. Com muita vontade, o time de Oswaldo de Oliveira dominou as ações nos primeiros cinco minutos. A tendência de forçar o lado esquerdo, pelas características mais defensivas do volante Lucas Zen, improvisado na lateral direita, ficou clara bem cedo, e Márcio Azevedo foi um dos mais explorados, com rendimento positivo nas jogadas de linha de fundo e nas tabelas com Fellype Gabriel.
A aparente arma, no entanto, viria a se tornar uma tônica nem tão eficiente na primeira etapa. A posse de bola se refletiu em dezenas de cruzamentos, com raras conclusões. Barrado, Loco Abreu assistia nervoso ao jogo do banco de reservas, de onde incentivava e até a orientava os companheiros que estavam em campo. Já o Bugre, quando chegava, dava trabalho a Jefferson.
Em seis oportunidades, os paulistas acertaram o gol; os cariocas,
apenas duas vezes, comprovando a ineficiência. Com Fumagalli e Danilo
Sacramento armando, e Fabinho imprimindo velocidade pelas pontas, o
Guarani mostrava a organização ofensiva que lhe deu nada menos do que a
quarta posição na fase classificatória do Paulistão.
Foi de um lance casual, porém, que saiu a chance mais importante - e esquisita - da equipe de Vadão, aos 36. O lateral Oziel, ex-Botafogo, errou o cruzamento e carimbou o travessão. A torcida dava sinais de impaciência, mas não escondia sua vontade de empurrar o time para frente. A cada desarme ou virada de jogo precisa, aplausos eram ouvidos.
Até que, aos 44 minutos, Herrera, esforçado em seus altos e baixos, fez jus ao seu antigo apelido e desperdiçou o gol que daria a tranquilidade: após bola da direita, Fellype Gabriel cabeceou na trave. Na sobra, o argentino se ajeitou, escolheu o canto esquerdo e mandou para fora, mesmo estando entre a linha da pequena área e a marca do pênalti. Incrível.
Alvinegro cozinha o rival
Com o apito final, um princípio de vaias foi rapidamente abafado por gritos de incentivo. Mas o segundo tempo não foi nada do que a galera esperava. Com menos ímpeto, o Glorioso recuou e pagou para ver, cozinhando verdadeiramente o duelo. O Guarani até se assanhou, mas seguiu insistindo em bolas cruzadas, sem tanto sucesso. No máximo, causava um bate e rebate na defesa.
Os contragolpes alvinegros também não encaixavam, e a partida ficou morna.
Com a necessidade de vitória por pelo menos dois gols de diferença, Vadão tratou de mexer: sacou Fumagalli e Favone para as entradas dos atacantes Ronaldo e Thiaguinho. Nada que surtisse efeito, no entanto. Aos poucos, o time mandante melhorou, mas ainda com séria dificuldade em concluir e colocar à prova o goleiro Juliano. Elkeson, o mais acionado na etapa derradeira, reclamou de pênalti de Domingos e perdeu outras duas oportunidades.
Oswaldo também fez suas substituições, mas para segurar o resultado, que já não agradava ao público, mas lhe dava a vaga. Muito pedido pelos torcedores, Maicosuel entrou e melhorou bastante o Alvinegro, levando perigo na frente. Quem saiu foi o já questionado Andrezinho, que, ao ser aplaudido pelo time, recebeu reconhecimento do público. Brinner e Gabriel também apareceram, nos lugares de Elkeson e Zen. E nada de Loco Abreu, que só aqueceu.
Sem forças, o Bugre se entregou de vez e por pouco não saiu derrotado, já que a pressão alvinegra garantiu grande parte dos arremates, que faltaram antes, no finzinho.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-do-brasil-2012/18-04-2012/botafogo-guarani.html
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Na próxima fase, o adversário do Alvinegro será o Vitória, que superou o ABC, de Natal, também nesta noite
- a CBF sorteia a ordem dos jogos de ida e volta nesta quinta-feira,
quando divulgará também as datas das partidas. O Glorioso já volta a
campo no próximo sábado, para pegar o Bangu, às 18h30m (de Brasília), no
mesmo palco, pela semifinal da Taça Rio, segundo turno do Carioca. O
Guarani, por sua vez, encara o Palmeiras, domingo, às 18h30m, no Brinco
de Ouro da Princesa, pelas quartas de final do Paulistão.Apenas um começo promissor
O início botafoguense prometia. Com muita vontade, o time de Oswaldo de Oliveira dominou as ações nos primeiros cinco minutos. A tendência de forçar o lado esquerdo, pelas características mais defensivas do volante Lucas Zen, improvisado na lateral direita, ficou clara bem cedo, e Márcio Azevedo foi um dos mais explorados, com rendimento positivo nas jogadas de linha de fundo e nas tabelas com Fellype Gabriel.
A aparente arma, no entanto, viria a se tornar uma tônica nem tão eficiente na primeira etapa. A posse de bola se refletiu em dezenas de cruzamentos, com raras conclusões. Barrado, Loco Abreu assistia nervoso ao jogo do banco de reservas, de onde incentivava e até a orientava os companheiros que estavam em campo. Já o Bugre, quando chegava, dava trabalho a Jefferson.
Herrera, que teve atuação de altos e baixos, arranca com a bola dominada (Foto: Alexandre Cassiano/Globo)
Foi de um lance casual, porém, que saiu a chance mais importante - e esquisita - da equipe de Vadão, aos 36. O lateral Oziel, ex-Botafogo, errou o cruzamento e carimbou o travessão. A torcida dava sinais de impaciência, mas não escondia sua vontade de empurrar o time para frente. A cada desarme ou virada de jogo precisa, aplausos eram ouvidos.
Até que, aos 44 minutos, Herrera, esforçado em seus altos e baixos, fez jus ao seu antigo apelido e desperdiçou o gol que daria a tranquilidade: após bola da direita, Fellype Gabriel cabeceou na trave. Na sobra, o argentino se ajeitou, escolheu o canto esquerdo e mandou para fora, mesmo estando entre a linha da pequena área e a marca do pênalti. Incrível.
Alvinegro cozinha o rival
Com o apito final, um princípio de vaias foi rapidamente abafado por gritos de incentivo. Mas o segundo tempo não foi nada do que a galera esperava. Com menos ímpeto, o Glorioso recuou e pagou para ver, cozinhando verdadeiramente o duelo. O Guarani até se assanhou, mas seguiu insistindo em bolas cruzadas, sem tanto sucesso. No máximo, causava um bate e rebate na defesa.
Os contragolpes alvinegros também não encaixavam, e a partida ficou morna.
Com a necessidade de vitória por pelo menos dois gols de diferença, Vadão tratou de mexer: sacou Fumagalli e Favone para as entradas dos atacantes Ronaldo e Thiaguinho. Nada que surtisse efeito, no entanto. Aos poucos, o time mandante melhorou, mas ainda com séria dificuldade em concluir e colocar à prova o goleiro Juliano. Elkeson, o mais acionado na etapa derradeira, reclamou de pênalti de Domingos e perdeu outras duas oportunidades.
Oswaldo também fez suas substituições, mas para segurar o resultado, que já não agradava ao público, mas lhe dava a vaga. Muito pedido pelos torcedores, Maicosuel entrou e melhorou bastante o Alvinegro, levando perigo na frente. Quem saiu foi o já questionado Andrezinho, que, ao ser aplaudido pelo time, recebeu reconhecimento do público. Brinner e Gabriel também apareceram, nos lugares de Elkeson e Zen. E nada de Loco Abreu, que só aqueceu.
Sem forças, o Bugre se entregou de vez e por pouco não saiu derrotado, já que a pressão alvinegra garantiu grande parte dos arremates, que faltaram antes, no finzinho.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/copa-do-brasil-2012/18-04-2012/botafogo-guarani.html
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