Relatório do tribunal aponta dados diferentes dos comitês locais acerca das obras nas arenas; mobilidade tem menos de 4% de desembolso
O Tribunal de Contas da União divulgou na sexta-feira mais um relatório
sobre os preparativos do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. Um dos
dados que mais chama a atenção no documento se refere à discrepância de
informações entre o TCU e os comitês locais em relação aos percentuais de execução das obras nos estádios até o final de janeiro.
Em alguns casos, a diferença supera os 10 pontos percentuais. Um
exemplo é o estádio da Fonte Nova, em Salvador. Segundo o comitê baiano,
até 31 de janeiro, a construção da arena já estava 51% realizada. O
relatório do TCU, que não apresenta a data de encerramento do seu
levantamento, aponta um percentual de execução na obra de 37,5%. Já no
caso da Arena de Pernambuco, em Recife, o tribunal informa que a obra
está 21,2% realizada, contra o dado de 32% informado pelo comitê
pernambucano.
As diferenças também surgem no Mineirão (35,3% para o TCU contra 45% para o comitê local), Estádio Nacional de Brasília (42,5% contra 50%), Maracanã (25,4% contra 32%) e na Arena das Dunas de Natal (11% contra 18,5%). Em outros casos, a discrepância diminui, como em Cuiabá (37,6% contra 38%) e no estádio do Corinthians em Itaquera, São Paulo (23% contra 25%)
.
Para o TCU, apenas a obra do estádio do Castelão, em Fortaleza, já
passou da metade (50,9%) - o comitê local dizia que até 31 de janeiro a
obra já estava 56% concluída. Não foi possível comparar os dados
relativos à Arena da Amazônia, em Manaus, porque o relatório do TCU não
traz informações sobre o andamento da obra. Já o Beira-Rio, cujo
percentual informado pelos responsáveis é de 28%, é citado como uma obra
parada pelo tribunal. A Arena da Baixada, em Curitiba, é vista com um
percentual de execução de apenas 5,5% pelos técnicos do TCU, mas os
responsáveis pela obra afirmam que, por se tratar de uma reforma, a obra
já está 60% concluída.
O relatório não traz comentários acerca do andamento das obras, e cita apenas acórdãos do tribunal relativos à fiscalização das obras que possuem financiamento pelo BNDES. Também não há maiores detalhes sobre a construção e reforma das arenas.
Menos de 4% de desembolso
O documento traz também atualizações sobre as obras nos aeroportos - com informações sobre as concessões feitas em Brasília, Guarulhos e Campinas -, de mobilidade urbana e nos portos. Estes últimos apresentam um quadro preocupante. Seis das sete obras previstas deveriam ser iniciadas até este mês, mas apenas o porto de Recife já foi propriamente iniciado. Em alguns casos, como no porto de Santos, o edital para a execução da obra ainda está sendo elaborado, e no Rio de Janeiro, o edital de licitação foi suspenso
Já em relação às obras de mobilidade urbana, o relatório traz dados sobre os financiamentos pela Caixa Econômica Federal. Das 47 operações de crédito contratadas, apenas 7 já tiveram desembolso. Em valores, menos de 4% do valor previsto - pouco mais de R$ 5,3 bilhões - já foram liberados.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2012/02/tcu-e-cidades-sede-divergem-sobre-preparacao-de-estadios-para-2014.html
PERCENTUAIS DE EXECUÇÃO DAS OBRAS | ||
---|---|---|
Estádio |
Segundo o Comitê Local |
Segundo o TCU |
Fonte Nova | 51% | 37,5% |
Arena PE | 32% | 21,2% |
Mineirão | 45% | 35,3% |
Nacional | 50% | 42,5% |
Maracanã | 32% | 25,4% |
Natal | 18,5% | 11% |
Cuiabá | 38% | 37,6% |
Itaquera | 25% |
23% |
As diferenças também surgem no Mineirão (35,3% para o TCU contra 45% para o comitê local), Estádio Nacional de Brasília (42,5% contra 50%), Maracanã (25,4% contra 32%) e na Arena das Dunas de Natal (11% contra 18,5%). Em outros casos, a discrepância diminui, como em Cuiabá (37,6% contra 38%) e no estádio do Corinthians em Itaquera, São Paulo (23% contra 25%)
.
Para TCU, Maracanã terminou janeiro 25,4% concluído (Foto: Consórcio Maracanã Rio 2014/Divulgação)
O relatório não traz comentários acerca do andamento das obras, e cita apenas acórdãos do tribunal relativos à fiscalização das obras que possuem financiamento pelo BNDES. Também não há maiores detalhes sobre a construção e reforma das arenas.
Menos de 4% de desembolso
O documento traz também atualizações sobre as obras nos aeroportos - com informações sobre as concessões feitas em Brasília, Guarulhos e Campinas -, de mobilidade urbana e nos portos. Estes últimos apresentam um quadro preocupante. Seis das sete obras previstas deveriam ser iniciadas até este mês, mas apenas o porto de Recife já foi propriamente iniciado. Em alguns casos, como no porto de Santos, o edital para a execução da obra ainda está sendo elaborado, e no Rio de Janeiro, o edital de licitação foi suspenso
Já em relação às obras de mobilidade urbana, o relatório traz dados sobre os financiamentos pela Caixa Econômica Federal. Das 47 operações de crédito contratadas, apenas 7 já tiveram desembolso. Em valores, menos de 4% do valor previsto - pouco mais de R$ 5,3 bilhões - já foram liberados.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2012/02/tcu-e-cidades-sede-divergem-sobre-preparacao-de-estadios-para-2014.html
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