Decisão da patrocinadora de pintar parte do estádio de vermelho está sendo motivo de discórdia em General Severiano
Marcelo Benevides
Publicada em 11/08/2011 às 17:55
Rio de Janeiro (RJ)
Publicada em 11/08/2011 às 17:55
Rio de Janeiro (RJ)
A polêmica das cores das cadeiras do
Engenhão ecoou na vida política do Botafogo. O grupo "Mais Botafogo",
movimento opositor à gestão do presidente Mauricio Assumpção, divulgou
uma nota repudiando a escolha feita pela Brahma de pintar de vermelho e
branco o setor sul do estádio alvinegro.
E MAIS:
E MAIS:
> Presidente do Bota reprova crítica por cadeira vermelha
De acordo com o grupo, a empresa não respeitou as tradições alvinegras ao escolher outras cores em vez de preto e branco, como a camisa do Botafogo. Outro ponto questionado é o fato de o clube entender que o Engenhão não faz parte do patrimônio e, que por conta disso, o contrato não precisaria passar pelo crivo do Conselho Deliberativo.
Setor Sul já está nas cores da patrocinadora (Foto: Alexandre Loureiro)
De fato, o Botafogo não é proprietário do Engenhão, uma vez que ganhou a concessão da Prefeitura do Rio de Janeiro, com direito de exploração das dependências até 2027. Mas a oposição entende que, durante este período, o clube responde por tudo o que diz respeito ao estádio. Assim, ele estaria inserido na questão patrimonial, devendo todos os contratos referentes ao espaço passarem obrigatoriamente pelo Conselho.
OPINE: O que você acha das cadeiras vermelhas do Engenhão?
- O estatuto deveria ser interpretado de uma maneira mais abrangente em relação à essa questão de patrimônio. Sempre que se refere ao Engenhão, surgem esses problemas. Cito o exemplo do Caio Martins. Ele também foi arrendado da mesma maneira pelo Botafogo e nem por isso deixou de ser patrimônio do clube. Portanto, o Engenhão é sim patrimônio do Botafogo - ponderou Gustavo Noronha, coordenador do movimento "Mais Botafogo".
O maior ponto de discórdia da oposição é o fato de o Botafogo ter cedido à exigência da Brahma. Como exemplo, os alvinegros citam o caso do Grêmio, que tem a Coca-Cola como patrocinadora do Estádio Olímpico. A empresa de refrigerantes não utilizou a sua logomarca em vermelho, cor do arquirrival Inter, atendendo a uma exigência do Tricolor Gaúcho.
- Há uma descaracterização do clube. Os parceiros comerciais devem ser respeitados, mas é preciso que as nossas cores também sejam respeitadas. O Botafogo é o único que não tem o vermelho na camisa. Não convém pintar as cadeiras dessa cor - reclamou Gustavo.
Veja a íntegra da nota do "Mais Botafogo":
O Grupo MAIS BOTAFOGO, cujos objetivos, dentre outros, são e serão sempre o crescimento e o restabelecimento do prestígio do clube, tendo em vista a descaracterização do estádio João Havelange
- O estatuto deveria ser interpretado de uma maneira mais abrangente em relação à essa questão de patrimônio. Sempre que se refere ao Engenhão, surgem esses problemas. Cito o exemplo do Caio Martins. Ele também foi arrendado da mesma maneira pelo Botafogo e nem por isso deixou de ser patrimônio do clube. Portanto, o Engenhão é sim patrimônio do Botafogo - ponderou Gustavo Noronha, coordenador do movimento "Mais Botafogo".
O maior ponto de discórdia da oposição é o fato de o Botafogo ter cedido à exigência da Brahma. Como exemplo, os alvinegros citam o caso do Grêmio, que tem a Coca-Cola como patrocinadora do Estádio Olímpico. A empresa de refrigerantes não utilizou a sua logomarca em vermelho, cor do arquirrival Inter, atendendo a uma exigência do Tricolor Gaúcho.
- Há uma descaracterização do clube. Os parceiros comerciais devem ser respeitados, mas é preciso que as nossas cores também sejam respeitadas. O Botafogo é o único que não tem o vermelho na camisa. Não convém pintar as cadeiras dessa cor - reclamou Gustavo.
Veja a íntegra da nota do "Mais Botafogo":
O Grupo MAIS BOTAFOGO, cujos objetivos, dentre outros, são e serão sempre o crescimento e o restabelecimento do prestígio do clube, tendo em vista a descaracterização do estádio João Havelange
(Engenhão) como do
BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, torna público o seu repúdio a esse
esdrúxulo ato da atual diretoria que, além de ofender os sentimentos de
grande maioria de sua imensa torcida, agride as tradições do Glorioso,
que coloca as cores preta e branca como as cores tradicionais e
estatutárias do clube desde os primeiros dias de sua existência. Colocar
a cor vermelha nas cadeiras, para atender às exigências de uma empresa
de bebidas, é uma ofensa irreparável aos milhões de torcedores do
BOTAFOGO. O Mais Botafogo repele e exige a mudança imediata, pois não
podemos considerar como nosso um estádio com cores que se identificam
muito mais com as dos rivais do que com as do BOTAFOGO.
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