– É o set mais longo da minha vida. E o mais difícil também. Mais duro do que o bloqueio do Dalhausser (americano de 2,06m, campeão olímpico). Mas vou provar que sou inocente, é uma questão de honra para mim – disse o atleta.
Isso tudo é mais duro do que o bloqueio do Dalhausser. Mas vou provar que sou inocente"
Pedro Solberg
- Até agora não entendo por que a minha amostra demorou quatro dias para chegar ao laboratório. E, quando chegou, faltou a cadeia de custória, que é o passo a passo por onde a urina passou e em que condições passou – disse Pedro, que alegou que, segundo bioquímicos e pesquisas da própria Wada, se a urina ficar armazenada em uma temperatura errada pode testar substâncias como a que foi encontrada em seu exame. – Aprendi que a temperatura da amostra é de suma importância. Artigos de médicos da Wada comprovam. Isso pode ter acontecido no meu exame.
Documento do laboratório não explica o passo a
passo da coleta da amostra de urina do jogador
(Foto: Amanda Kestelman / GLOBOESPORTE.COM)
Secretário-executivo da Agência Brasileira Antidoping, e uma das
principais referências no assunto no mundo, o médico Eduardo de Rose
enviou uma carta para a FIVB, em que afirma que o jogador tinha o
chamado benefício da dúvida e merecia o fim da suspensão. “Quero relatar
que estamos encarando problemas no Brasil com a confirmação da amostra A
do atleta Pedro Solberg. A confirmação da amostra A foi adiada duas
vezes por problemas técnicos no laboratório no Rio (...) A Agência
Brasileira Antidoping apoia, integralmente, a suspensão de atletas que
violem do Código Mundial Antidoping, mas iremos lamentar muito se, por
qualquer falha do laboratório e na análise dos resultados, um atleta
inocente for penalizado”, escreveu o médico na carta à qual o SPORTV.COM teve acesso.passo da coleta da amostra de urina do jogador
(Foto: Amanda Kestelman / GLOBOESPORTE.COM)
Procurado, De Rose explicou a intenção com a carta.
A intenção de Pedro Solberg, agora, é levar sua amostra para laboratórios fora do país. O jogador de vôlei também afirmou que, 30 dias depois do exame que testou positivo para o esteroide, foi submetido a outro antidoping, na Noruega, onde participava de uma etapa do Circuito Mundial, e nenhuma substância proibida foi encontrada.
Nunca me imaginei passando por uma situação dessa. Ser culpado de algo que você não fez. Mas me mantive forte"
Pedro Solberg
Desde que foi notificado até o resultado da contraprova, Pedro e sua família buscaram profissionais capacitados e foram até onde podiam para encontrar motivos para o aparecimento da susbtância. Segundo ele, toda a estrutura foi fundamental para que ele não desistisse em nenhum momento.
- O laboratório me cobrou R$ 15 mil para fazer essa contraprova. Depois, fiquei sabendo que custa cerca de US$ 350 (R$ 550). Fico pensando, se isso acontece com um atleta que está começando, sem condições e estrutura, como ele vai recorrer? Me coloco na situação de outra pessoa e imagino como deve ser – afirmou Pedro, que contou que a Wada, ao saber do preço cobrado, fez com que o laboratório devolvesse o dinheiro.
Procurado, mais cedo, pelo SPORTV.COM, o laboratório Ladetec afirmou que não pode se pronunciar sobre o assunto por conta de uma exigência contratual feita pela Agência Mundial Antidoping (Wada).
Assista a vídeos de vôlei de praia
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2011/08/liberado-para-competir-solberg-diz-e-o-set-mais-longo-da-minha-vida.html
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