Cientes de que são a dupla a ser batida, Alison e Emanuel analisam parceria, citam defeitos e virtudes e comentam chuva de laranjas em Roma
Emanuel e Alison treinaram no Leme nesta quinta
(Foto: Amanda Kestelman / Globoesporte.com)
(Foto: Amanda Kestelman / Globoesporte.com)
- Para a gente não tem essa de descansar no feriado. O trabalho continua. Acho que chegaremos mais confiantes e mais tranquilos dentro de quadra, tudo por conta do bom momento que estamos vivendo na temporada. Aumenta nossa própria cobrança, o que é muito bom, entramos com mais vontade. Por outro lado, os adversários também crescem diante da gente, somos o time a ser batido - analisou Emanuel.
Alison concordou com o companheiro. Para ele, agora o time está em evidência e não mais os americanos Rogers e Dalhausser, que perderam o posto de primeiros do ranking para os brasileiros depois do Mundial.
- Agora está todo mundo de olho na gente e não mais nos americanos. Apesar de eles serem muito fortes, hoje carregamos o peso dessa medalha, que é muito bom - disse.
No Rio de Janeiro, dupla mostra medalha de ouro do Mundial (Foto: Amanda Kestelman / Globoesporte.com)
Juntos há dois anos, os brasileiros formam uma parceria vitoriosa. Treze anos mais velho que Alison, Emanuel, que tem duas medalhas olímpicas, acredita que a experiência aliada à força de vontade do jovem, de 25 anos, tenha fortalecido a parceria nesta temporada. Convivendo quase diariamente, os dois sabem, sem problemas, apontar a maior virtude e o maior defeito do companheiro de quadra. Medalha em Roma: orgulho da dupla (Foto: Amanda
Kestelman / Globoesporte.com )
Kestelman / Globoesporte.com )
- Uma grande qualidade dele é esse fogo da vitória. Buscando vencer a todo custo. Um defeito seria essa vontade exagerada, uma agressividade que ele está sabendo canalizar para o lado positivo - respondeu Emanuel.
Em meio a todos os momentos bons que estão vivendo, um episódio isolado ainda é comentado pelos atletas: eles foram alvos de chuva de laranjas de torcedores italianos que protestavam contra a libertação de Cesare Battisti, italiano acusado de assassinato e libertado no Brasil, em decisão que provocou críticas no país europeu.
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- Não houve violência contra a gente. Foi mais um susto. Quando vimos a faixa, percebemos que era um protesto. Mas, em momento nenhum, nos atingiram. Eles tacavam a laranja dentro da quadra. Passamos por isso porque estávamos ali representando o Brasil, sendo a dupla em evidência, que jogava na quadra central do torneio - lembrou Alison.Emanuel, por sua vez, achou ruim ver política misturada com o esporte.
- Não sou contra protestos, desde que não seja com violência. Mas não acho legal misturar política com esporte. Esporte é uma coisa produtiva, saudável. A política muitas vezes é tendenciosa. Isso sim me deixa chateado. Mas foi um caso isolado. No geral, fomos muito bem tratados pelos italianos - disse o campeão olímpico em 2004, em parceria com Ricardo.
No último domingo, Ricardo e Márcio foram a dupla batida por Alison e Emanuel na decisão do Mundial, etapa do Circuito Mundial disputada a cada dois anos com pontuação maior que os outros torneios.
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2011/06/para-campeoes-mundiais-feriado-e-dia-de-trabalhar-cedo-na-leme.html
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