Sob olhar de Pelé, camisa 10 faz, com um chute certeiro de pé esquerdo, o único gol de um jogo duro contra o América-MEX. Jogo de volta será terça
Paulo Henrique Ganso, com uma bomba certeira de pé esquerdo, fez o único gol da partida após receber passe de Neymar. De seu camarote na Vila, Pelé acompanhou a partida. Antes da decisão por uma vaga nas quartas de final, porém, o Santos tem a semifinal do Paulistão contra o São Paulo, no próximo sábado, às 16h (Brasília), no Morumbi.
Ganso, milimétrico
O América entrou em campo sem alguns de seus seus melhores jogadores de frente. Montenegro, Sanchez e Reyna estavam no banco. Filiados à Concacaf (Confederação de Futebol das Américas do Norte, Central e Caribe), os mexicanos jogam a Taça Libertadores, competição sul-americana, como convidados. Como não podem disputar o Mundial de Clubes da Fifa se forem campeões, preferem priorizar o seu campeonato local.
Com seus principais atletas no banco, o técnico Carlos Reinoso optou por um time mais fechado, com duas linhas de quatro fixas. À frente, somente os grandalhões Vuoso e Márquez. A intenção era clara: bloquear as saídas do time santista. Com a bola no pé, a ordem era jogar pelo alto para os dois grandalhões, fixos à frente.
E o Santos não achava brechas para penetrar o muro amarelo. Batia e voltava. Neymar arriscava dribles de efeito, elásticos, pedaladas. Mas nada de os mexicanos caírem nos seus truques. Ganso acertava as viradas de jogo, mas os laterais estavam bem bloquados. Dessa forma, o jogo era concentrado no meio de campo. O Peixe com a bola, e o América se defendendo. No entanto, o primeiro lance de perigo foi dos visitantes, já aos 29 minutos. Quando, enfim, a bola veio pelo alto, Vuoso escorou para Olivera, que vinha de trás. Ele emendou chute forte de esquerda. Rafael espalmou.
Acompanhado por Neymar, Ganso comemora o gol único do Santos na partida (Foto: AFP)
América põe titulares e equilibra
No segundo tempo, Carlos Reinoso resolveu colocar em campo Reyna e Sánchez, que entraram nos lugares de Vuoso e Olivera, respectivamente. Com isso, o América ganhou qualidade em sua linha ofensiva. Passou a prender mais a bola na frente e a pressionar o Santos, que se retraiu.
Os jogadores que deveriam tirar o Peixe do sufoco não conseguiam criar muita coisa. Neymar, bem marcado, tinha dificuldades para passar pelos marcadores. A zaga se comportava bem e tirava a bola de trás. Elano e Ganso não conseguiam acertar passes, e a bola sempre ficava com o América. Razão da impaciência da torcida santista.
Nas poucas vezes que acertou uma sequência de pelo menos três passes certos, o Santos levou perigo. Aos 26, Ganso lançou Elano, que invadiu a área e chutou rasteiro. A bola bateu em Ocha. Três minutos depois, Elano lançou Jonathan por trás da zaga. O lateral entrou chutando, mas errou o alvo. Esses foram os únicos lances de perigo em toda uma segunda etapa marcada também por muitas faltas. Layun, por exemplo, abusou e acabou levando dois amarelos e, consequentemente, o vermelho.
Rafael; Jonathan, Dracena, Durval e Léo; Arouca, Danilo, Elano (Adriano) e Ganso; Neymar e Zé Love (Alan Patrick) | Ocha, Valenzuela, Mosquera, Cervantes (Layun) e Rojas; Rosinei, Olivera (Sánchez), Vuoso (Reyna) e Reyes; Martínez e Marques |
Técnico: Muricy Ramalho | Técnico: Carlos Reinoso |
Gols: Ganso, 38 minutos do primeiro tempo | |
Cartões amarelos: Rojas, Mosquera, Danilo, Adriano (Santos). Cartão vermelho: Layun (América) | |
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 27/4/2011. Árbitro: Jorge Larrionda (URU). Auxiliares: Pablo Fandiño (URU) e Miguel Nievas (URU). Público e renda: 11.417 pagantes/R$ 474.800,00 FONTE: http://globoesporte.globo.com/jogo/libertadores-2011/27-04-2011/santos-america-do-mexico.html |
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