quinta-feira, 28 de abril de 2011

Coração do Sesi e ‘braço de elástico’, Vini não sonha mais com a seleção

Marcado por emoção e dedicação na Superliga, central, que é sargento do exército, se prepara agora para Jogos Mundiais Militares e a Sul-Americana

Por Mariana Maziero São Paulo

Vini do Sesi com taça de campeão  (Foto: Mariana Maziero / Globoesporte.com)Vini e a taça de campeão da Superliga
(Foto: Mariana Maziero / Globoesporte.com)

Uma das cenas que mais marcaram a conquista do Sesi na Superliga foi o choro emocionado do central Vini, depois de ter sido reconhecido pela equipe como melhor jogador em quadra no jogo da final. Único do time titular que não fez parte da pré-lista da seleção brasileira para a Liga Mundial, o meio de rede de 28 anos apareceu como surpresa na decisão e recebeu muitos elogios por seu desempenho.

- Não aguentei de emoção. Pensei em toda a minha história de início de carreira, lembrei de como foi difícil chegar até ali e chorei mesmo. E ainda receber o troféu de melhor jogador. Foi emocionante. Foi o primeiro de todo o campeonato, apesar de ter jogado quase todos os jogos, e ganhar do Murilo, foi especial demais - disse o central, que já passou pelo Unisul e Florianópolis.

Vini é considerado o coração do time pelo técnico Giovane Gávio, que o apelidou de “braço de elástico”, já que ele bloqueia algumas bolas que parecem perdidas com excelência.

- O Vini é pura emoção e descontração, é o coração da equipe. Sem contar que ele cresceu muito ao longo da competição. Quando eu pensava que não daria pra pegar aquela bola, ele saltava no tempo certo e bloqueava. Ele foi fantástico nessa última partida - elogiou o treinador do Sesi.

Essa é uma característica forte do jogador, apesar de ter pouca altura para tal fundamento. Com 1, 96m, o central somou cinco pontos de bloqueio só no jogo da final, além do potencial no ataque, que marcou dez vezes.
Vini do Sesi com medalha de campeão  (Foto: Mariana Maziero / Globoesporte.com)Destaque na grande decisão, o 'sargento' Vini agora se prepara para os Jogos Mundiais Militares
(Foto: Mariana Maziero / Globoesporte.com)

- Eu treino muito o bloqueio, já que não sou muito alto. Vejo muitos vídeos, estudo por repetições. Observo muito e consigo me antecipar aos detalhes em milésimos de segundos. É desgastante, porque para treinar o bloqueio a gente salta muito, mas o meu crescimento no fundamento me motivou. Foi uma grata surpresa isso, mas tenho de agradecer à comissão técnica que me ajudou a desenvolver esse potencial - comentou o atleta.

Aos 28 anos, o jogador já não sonha mais com a seleção brasileira. Ele acredita que a equipe principal está muito bem servida de atletas em sua posição e acha que a idade não ajuda.

Apesar disso, ele está empolgado por poder representar o Brasil na Copa Sul-Americana no Canadá, ainda sem data definida. Vini é sargento do exercito brasileiro e faz parte da equipe de vôlei que será levada para essa competição e para a 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares, de 16 a 24 de julho, no Rio de Janeiro. Para isso, ele se apresenta no próximo dia 9 e já recomeça os treinamentos.

- Minha vaga ainda não está garantida no Mundial porque convocaram mais de 20 jogadores e vão apenas 18, mas eu pretendo dar o máximo de mim, ainda mais pela possibilidade de representar o Brasil em uma competição como a Sul-Americana.

Vini já sentiu que sua vida está em transformação. Além da esportiva, o central se prepara para ser pai. Sua mulher está grávida de três meses.

- Acho que minha emoção ao fim do jogo também foi por isso. Dedico minha vitória na Superliga à minha mulher, Hevelin Gallo, e ao nosso bebê que vem aí – falou emocionado.

FONTE;
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/04/coracao-do-sesi-e-braco-de-elastico-vini-nao-sonha-com-ida-para-selecao.html

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