sexta-feira, 15 de abril de 2011

Com 2 mil 'jogadores' a mais, Cruzeiro despacha o Vôlei Futuro e vai à final

SUPERLIGA MASCULINA DE VÔLEI 2010/2011


Torcida pega no pé de Michael, empurra o time da casa do início ao fim e festeja a vitória por 3 a 0; decisão da Superliga será no dia 24, em BH




Por Leo Velasco Direto de Contagem, MG


Eram seis de um lado da quadra, e 2.006 do outro. O caldeirão prometido pelo Cruzeiro na noite de sexta-feira se concretizou no Ginásio do Riacho, em Contagem. A torcida cantou do início ao fim, provocou Michael, gritou e empurrou o time para uma vitória inapelável. Na quadra, a equipe mineira derrotou o Vôlei Futuro por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/23 e 25/20, fez 2 a 1 no confronto das semifinais e se classificou para disputar a decisão da Superliga masculina no domingo de Páscoa.
Agora, a promessa é de um caldeirão nove vezes maior para a final, que será disputada contra o Sesi. O palco da decisão será o Mineirinho, em Belo Horizonte, com capacidade para 17.800 pessoas. O confronto está marcado 24 de abril, às 10h, com transmissão da TV Globo.



Antes de a bola subir, o ambiente no ginásio parecia tranquilo – por algum tempo. Cartazes de apoio a Michael nas arquibancadas; os adversários Ricardinho, Acácio e William batendo papo; jogadores do Vôlei Futuro brincando de bobinho. O clima sereno acabou quando Lucão parou para contar os passos da área de saque e reclamou que ela estava menor do que no dia anterior, quando o time paulista treinou no ginásio. Empurra placa para aqui e para lá, muita reclamação e pouco entendimento entre os dois times. Para completar, a torcida botou lenha na fogueira com provocações a Michael. Gritou “Richarlyson”, em referência ao jogador do Atlético-MG, que já foi envolvido em polêmicas relativas à homossexualidade, e completou com o coro “Doutor, eu não me engano, o Michael é atleticano”.

Com a bola em jogo, voltou à tona o tema levantado por Lucão. Coincidência ou não, o Vôlei Futuro penou nos saques no primeiro set. Errando muito no fundamento, só conseguiu equilibrar a partida quando optou por forçar menos depois de ver o adversário abrir quatro pontos (17/13). O Cruzeiro, que não tinha nada a ver com isso, ia jogando no embalo da torcida, que gritava, cantava e fazia um barulho ensurdecedor no Ginásio do Riacho. E vaiava Michael a cada vez que ele ia para os saques.

Apesar de o time da casa ter mantido sempre a vantagem no placar, os visitantes chegaram a encostar e até diminuíram a distância para apenas um ponto. Mas Douglas aproveitou o erro de Mário Jr. na recepção e fechou em 25/22.

Quem começou com dificuldades no segundo set foi o Cruzeiro, já que seu principal jogador, Wallace, penava para virar as bolas. No Vôlei Futuro, Camejo e Dentinho funcionavam muito bem, e o time abriu três pontos de vantagem (11/8). Na base do conjunto, a equipe da casa voltou a equilibrar o duelo e foi animando a torcida, que se inflamou depois da virada (19/18), após uma bola de segunda errada de Ricardinho: 19/18.

Os cruzeirenses chegaram ao set point após uma diagonal curta de Filipe, que saiu comemorando muito na direção da torcida. E a estrela de Wallace brilhou no fim. O oposto atacou com muita força, a bola explodiu em um adversário e bateu no teto: 25/23 para a equipe mineira.
O terceiro set foi um jogo de gato e rato. Dominando desde o início, o Cruzeiro abriu quatro pontos, fazendo 10/6. Mas o Vôlei Futuro reagiu e foi buscar, empatando em 13/13. Toda vez que a equipe mineira conseguia abrir dois pontos, os visitantes encostavam de novo. Nos momentos finais, porém, os mineiros conseguiram manter os nervos no lugar. Com um bloqueio triplo em Dentinho, os donos da casa fizeram 25/20 para a grande festa da torcida, com direito a chuva de papel picado.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/04/no-embalo-da-torcida-cruzeiro-bate-o-volei-futuro-e-vai-final-da-superliga.html

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