TÊNIS-ROLAND GARROS 2017
Francês Maxime Hamou beijou Maly Thomas em transmissão ao vivo após ter sido eliminado; organização baniu atleta do torneio. Jornalista lamentou: "Desagradável"
Por GloboEsporte.com,
Paris, França
O tenista francês Maxime Hamou causou polêmica ao assediar a repórter
Maly Thomas ao vivo, nesta segunda-feira, após ter sido eliminado do
Grand Slam de Roland Garros. Hamou, de 22 anos, tentou abraçar e beijar a
jornalista da Eurosport, enquanto ela tentava entrevistá-lo.
Constrangida, ela tentou se afastar das investidas do tenista, sob
risadas dos comentaristas do canal no estúdio. A organização do torneio
retirou a credencial do atleta e o baniu da edição deste ano.
Logo que Maly se aproximou de Hamou, ele já tenta abraçá-la. Maly fazia
perguntas triviais a Hamou, como o que ele faria depois da partida.
Antes de terminar a primeira pergunta, o tenista beija o rosto da
repórter. Depois, responde que após se recuperar da partida vai para
casa tomar banho e comer no restaurante com a famíia. Hamou tenta beijar
o pescoço de Maly mais duas vezes, até que ela tira o braço de seu
pescoço e se afasta.
Hamou, número 287 do ranking da ATP, recebeu convite para disputar o
Grand Slam francês. Ele havia sido eliminado pelo uruguaio Pablo Cuevas
por 6/3, 6/2 e 6/4 na estreia. A Federação Francesa de Tênis tirou a
credencial de acesso de Hamou às dependências do torneio. Maly lamentou o
comportamento do tenista em entrevista ao site do jornal "Huffington
Post":
- Se eu não estivesse ao vivo eu teria socado ele. Ele não mostrou uma
boa imagem. Destruiu a si mesmo. É uma situação decididamente
desagradável, um reflexo das relações entre homens e mulheres que existe
na vida cotidiana. Situações comuns que não devem existir - disse.
A jornalista também defendeu os colegas que, do estúdio, riram durante a situação:
- Eu os conheço. Eles riram porque acharam que era uma brincadeira, mas
logo perceberam que não era o caso. Não duvido por um segundo do apoio
deles.
Dentre as várias manifestações de repúdio está a da ministra do Esporte
na França, a campeã olímpica de esgrima Laura Flessel - que treinou a
equipe brasileira na Olimpíada do Rio:
- Não, uma agressão ao vivo não é engraçado. Não deixe fazer, não deixe
tais atos se banalizarem - escreveu em sua conta no Twitter.
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