quarta-feira, 31 de maio de 2017

Tenista força beijo em repórter em Roland Garros e tem sua credencial retirada



TÊNIS-ROLAND GARROS 2017


Francês Maxime Hamou beijou Maly Thomas em transmissão ao vivo após ter sido eliminado; organização baniu atleta do torneio. Jornalista lamentou: "Desagradável" 



Por GloboEsporte.com, 
Paris, França



  O tenista francês Maxime Hamou causou polêmica ao assediar a repórter Maly Thomas ao vivo, nesta segunda-feira, após ter sido eliminado do Grand Slam de Roland Garros. Hamou, de 22 anos, tentou abraçar e beijar a jornalista da Eurosport, enquanto ela tentava entrevistá-lo. Constrangida, ela tentou se afastar das investidas do tenista, sob risadas dos comentaristas do canal no estúdio. A organização do torneio retirou a credencial do atleta e o baniu da edição deste ano.


Logo que Maly se aproximou de Hamou, ele já tenta abraçá-la. Maly fazia perguntas triviais a Hamou, como o que ele faria depois da partida. Antes de terminar a primeira pergunta, o tenista beija o rosto da repórter. Depois, responde que após se recuperar da partida vai para casa tomar banho e comer no restaurante com a famíia. Hamou tenta beijar o pescoço de Maly mais duas vezes, até que ela tira o braço de seu pescoço e se afasta. 

Maxime Hamou assedia repórter em Roland Garros (Foto: Reprodução Eurosport)
Maxime Hamou assedia repórter em Roland Garros (Foto: Reprodução Eurosport) 


  Hamou, número 287 do ranking da ATP, recebeu convite para disputar o Grand Slam francês. Ele havia sido eliminado pelo uruguaio Pablo Cuevas por 6/3, 6/2 e 6/4 na estreia. A Federação Francesa de Tênis tirou a credencial de acesso de Hamou às dependências do torneio. Maly lamentou o comportamento do tenista em entrevista ao site do jornal "Huffington Post":

- Se eu não estivesse ao vivo eu teria socado ele. Ele não mostrou uma boa imagem. Destruiu a si mesmo. É uma situação decididamente desagradável, um reflexo das relações entre homens e mulheres que existe na vida cotidiana. Situações comuns que não devem existir - disse.


 A jornalista também defendeu os colegas que, do estúdio, riram durante a situação:
- Eu os conheço. Eles riram porque acharam que era uma brincadeira, mas logo perceberam que não era o caso. Não duvido por um segundo do apoio deles. 

  Dentre as várias manifestações de repúdio está a da ministra do Esporte na França, a campeã olímpica de esgrima Laura Flessel - que treinou a equipe brasileira na Olimpíada do Rio:
- Não, uma agressão ao vivo não é engraçado. Não deixe fazer, não deixe tais atos se banalizarem - escreveu em sua conta no Twitter.

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