domingo, 28 de maio de 2017

Roger fica na bronca com empate e pede mais doação defensiva do Galo



ATLÉTICO-MG


Treinador reitera falha do time nos últimos jogos e reclama de relaxamento do time: "Esse tipo de acontecimento não pode voltar a acontecer"


Por Guilherme Frossard, 
de Belo Horizonte


  O Atlético-MG fez um bom primeiro tempo no Independência, neste domingo, contra a Ponte Preta. Teve dificuldade, mas conseguiu furar o bloqueio da forte defesa adversária e marcar o primeiro gol, com Robinho. Foi para o vestiário com a vantagem mínima, porém, na volta, deu tudo errado nos primeiros cinco minutos. A Macaca virou o jogo com dois gols de Lucca, em lances de total desatenção da defesa. O Galo partiu com tudo para o ataque e conseguiu apenas o empate, com Rafael Moura, dando números finais ao jogo: 2 a 2 (veja os melhores momentos no vídeo clicando no LINK da FONTE abaixo).

Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Roger Machado ficou na bronca com seus comandados. Ele reiterou que havia orientado sobre a postura defensiva após o time sair na frente, disse que a desatenção não pode mais acontecer e pediu colaboração de todo o time na manutenção do resultado positivo. 

- Se eu fiz o placar e quero garantir aquele placar, preciso fazer a manutenção dele. Ou seja, marcar forte meu adversário e não abdicar de jogar. A palestra (antes do jogo) foi em cima disso. Quando cheguei, analisando as questões, era o processo defensivo que a gente tinha que evoluir, porque o processo ofensivo nosso time é muito forte. Preciso que todo mundo defenda. De todos os jogos, quando a gente conseguiu um número alto de ações defensivas no jogo, ganhamos a grande maioria. 
O jogo do Paraná, tivemos 47 ações defensivas, foi o menor número da temporada. E foi o primeiro jogo que tomamos três gols na partida. Todos as vezes que a gente construiu defensivamente números importantes, a gente venceu. Quando não construiu, saiu derrotado. Esse tipo de acontecimento não pode voltar a acontecer. Time que quer ser campeão, tem que ser forte defensivamente. Mesmo quando entram jogadores com características ofensivas, tem que participar do processo defensivo. Senão vou ter que empilhar volantes no time ou colocar mais zagueiros para me tornar mais forte defensivamente. Essa é a análise feita, os números comprovam isso. 

Roger Machado não ficou nem um pouco contente com o desempenho defensivo do Galo (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)
Roger Machado não ficou nem um pouco contente com o desempenho defensivo do Galo (Foto: Bruno 


  O começo do Atlético-MG no Brasileirão não é nada positivo. O time tem apenas dois pontos conquistados em três rodadas - duas delas com jogos em casa, o que é ainda mais preocupante. Roger lembra o desempenho médio de um campeão do Brasileirão e alerta sobre fim da "reserva" já na terceira rodada.

- O percentual do campeonato disputado até agora é muito pequeno, mas sem dúvida o fator local de um time que postula o título é determinante. Uma equipe que é campeã do Campeonato Brasileiro perde quatro, cinco jogos, um deles em casa, pode empatar mais um. É o percentual de pontos que se perde no campeonato de longa duração e regularidade. Quando, na segunda rodada, a gente queima a “reserva”, a gente aperta mais. Depois de ter vindo até aqui no ano como um mandante perfeito, com todas as vitórias, no Brasileiro foi uma derrota e um empate. É frustrante, decepcionante, comentei no vestiário que nosso torcedor foi até muito paciente com nossa equipe. (O problema é) a forma que temos encarado alguns compromissos e parte dos jogos, demonstrando desconcentração e permitindo que o adversário jogue, crie oportunidades. Temos que ter consciência e mudar. A partir do momento que a gente não acredita que o adversário é problema, ele mostra que é. Já mostrei, já treinamos, ajustamos. Esses momentos são duros conosco.

Roger terá, mais uma vez, pouco tempo para fazer as correções no time do Atlético-MG antes do próximo compromisso. Já nesta quarta, recebe o Paraná pelo segundo jogo das oitavas de final da Copa do Brasil. O Galo precisa de uma vitória simples para avançar à próxima fase.



Confira outras respostas do técnico atleticano na entrevista coletiva:

Opção por Maicosuel no segundo tempo
- A opção pelo Maicosuel foi justamente para colocar um jogador com características ofensivas. Não foi sempre que optei pelo Maicosuel. Muitas vezes optei pelo Otero, pelo Cazares. Nos últimos jogos, tenho optado pelo Maicosuel. Não se trata de vergonha, se trata de ter a consciência de fazer o que precisa fazer em campo, sempre. Não é de um jogo pra outro, de um tempo pra outro, é sempre. Se fizer sempre, não há problema.

Atlético-MG pressionou no fim, mas não conseguiu a vitória (Foto: Bruno Cantini)
Atlético-MG pressionou no fim, mas não conseguiu a vitória (Foto: Bruno Cantini)


Quem é o culpado dos vacilos defensivos?
- Nunca falo especificamente. A questão é o processo defensivo. Todos precisam participar. Por vezes um volante passa da linha da bola, tem que voltar com agilidade. O lateral que se propõe a chegar à linha de fundo tem que ter o retorno. Não se trata de um ou outro. Quando falo, falo no processo.

Parte física e cansaço no segundo tempo
- Nos últimos dois jogos em casa pelo Brasileiro, os jogadores cansaram muito no segundo tempo, porque correram muito mais que no primeiro tempo. A intensidade dos deslocamentos dos atletas foi maior que no primeiro tempo, porque o adversário saiu na frente ou conseguiu a virada, como foi a caso. Correr atrás do adversário você desgasta muito mais e cansa muito mais. Não é uma exclusividade do Atlético jogar quarta e domingo. A gente acumulou energia para esse momento. Dez dias atrás, a gente estava comemorando o fato de ter todo mundo à disposição e o trabalho da parte física estava muito bem elogiado. A questão é no campo, na parte técnica e tática. 


Veja  melhores momentos de Atlético-MG 2 x 2 Ponte Preta, pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro clicando no LINK da FONTE abaixo.


FONTE:

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