quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Jair lamenta lesões e exalta força do Botafogo: "Nós tivemos maturidade"



BOTAFOGO


Treinador comenta que saída de Montillo aos 14 minutos do primeiro tempo atrapalhou o andamento da equipe, mas ressalta que o time conseguiu se reencontrar



Por
Rio de Janeiro



Logo aos 14 minutos do primeiro tempo da vitória por 1 a 0 sobre o Olímpia (veja o gol no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo), Jair Ventura teve que lidar com uma importante ausência: o capitão Montillo sentiu dores na perna e foi substituído por João Paulo. O Botafogo, que começou bem a partida, demorou a se reencontrar no primeiro tempo, mas ainda assim conseguiu marcar o único gol da partida. Segundo Jair, a lesão do camisa 7 atrapalhou o que foi pensado para esta noite.

- Quebra todo o planejamento. Você tem uma situação até que não treinamos tanto, mas estávamos decididos a fazer. Quando você perde um jogador importante com 14 minutos, você tem que se reinventar. Nosso time sentiu um pouco sim, demorou um tempinho para se reencontrar. Tivemos maturidade e inteligência. O João Paulo entrou bem, aí equilibrou a partida novamente e conseguimos nosso objetivo.

Jair Ventura coletiva Botafogo x Olimpia (Foto: Reprodução/Twitter)
Jair lamentou lesões de Montillo e Bruno Silva, 
mas ficou satisfeito com o resultado do jogo 
(Foto: Reprodução/Twitter)


Além de Montillo, quem também saiu machucado foi o volante Bruno Silva. O volante foi substituído por Guilherme no intervalo e fez com que o Botafogo voltasse à formação original de 4-2-3-1.

- Primeira lesão do Bruno Silva no ano. Deu para ver o desgaste físico no segundo tempo mais uma vez. A gente cansa. Você tem três substituições só, e ainda perde dois por lesão e acaba perdendo o gás. Optei pelo Guilherme para ganhar velocidade nas laterais e fica um pouco mais ofensivo.
Voltamos melhor, criamos mais, tivemos outras chances de gol, e saímos com esse resultado pequeno, como foi o primeiro, mas importante. Eles são uma equipe competitiva, difícil e com uma bola parada perigosa. Mas estamos de parabéns, temos mais segundo tempo do jogo.

jair ventura (Foto: André Durão)
Durante a partida, Jair Ventura discutiu com 
o árbitro após uma falta sofrida por Airton 
(Foto: André Durão)


Leia abaixo a coletiva completa:

PIMPÃO
Ele é a cara da nossa equipe, luta, briga, é bom taticamente e todo treinador quer. Muitos me param na rua. O GPS dele no último jogo... o que ele corre para a equipe passa para todo mundo. Quando você é uma pessoa do bem e faz as coisas certas o homem lá de cima te abençoa. Ele é muito profissional, dedicado e fico feliz por ele. Não costuma ser exaltado pela torcida, mas para a gente tem uma importância enorme. Atacante tem que fazer gol, tem? Mas pode ser importante sem fazer gol, como o Roger fez raspando a primeira bola. Jogada nossa ensaiada, a gente treina, conseguimos fazer um gol numa jogada ensaiada. É um cara que merece muito coisas grandes na vida dele.

JOGO DA VOLTA
Vejo como uma pequena vantagem. É muito difícil jogar lá, estive lá contra o Cerro-Porteño numa Sul-Americana. Eles quebraram nosso ônibus, teve fogos no hotel, espero que não tenha isso dessa vez. Eles foram muito bem tratados aqui.

COMPORTAMENTO
Roger chegou agora e falou que sentiu uma atmosfera competitiva. Falei, a gente vai perder, empatar ou vencer, mas com essa entrega e intensidade de jogo vai ser difícil ganhar da gente. Tem que ser assim. Não que assim você vá vencer todos, mas aumenta as chances. Isso tem um preço. Esse preço a gente paga com as lesões e os cansaços. Fizemos um segundo tempo muito forte no Chile, não sentimos fisicamente, mas jogando em casa, tendo que propor e perder duas substituições por lesão é muito ruim. A lesão do Montillo foi outra, não foi a que ele vinha sentindo. Esse é o preço do calendário curto para tantos jogos decisivos no ano. Fizemos 22 dias de trabalho e agora temos duas finais para entrar na fase de grupos. Vai ser difícil, mas vamos nos adequar ao calendário e fazer o máximo para entrar na fase de grupos.

PLACAR DE 1 A 0
É a vantagem mínima, placar mínimo, mas é muito cedo para a gente falar. Futebol pode acontecer de tudo. A gente queria mais. Criamos mais chances, tivemos oportunidades, fico feliz que criamos, mas triste por ter perdido jogadores por lesão. Uma pequena vantagem, mas não deixa de ser uma vantagem.

SEM LEVAR GOL
Eu, como treinador, acho importante deixar o grupo homogênico. Trato todos da mesma maneira. Todos têm o mesmo tratamento. Por quê? Quando entrarem no time, já sabem o que têm que ser feito. Não separo um grupo de 12 e 13 e vamos embora. Por causa de cartões e lesões o time muda a todo momento. Vou cobrar tudo o que eu falei com eles no vídeo. Tento monitorar tudo, mas são muitos detalhes. Falam que futebol é muito complexo, mas não é. O difícil é fazer o simples. Helton entrou e foi muito bem. Estão todos de parabéns, mas fico triste por causa das lesões que atrapalham todo nosso planejamento.

MONTILLO
Já preocupa, nossos guerreiros vão ficando... não fazendo apologia a violência, já chega o que passamos no clássico aqui, mas vamos perdendo jogadores dentro do nosso limite. Montillo jogando na China estava desde outubro sem jogar. Isso requer um tempo que a gente não tem. Acaba perdendo nossos guerreiros. Fico triste. Preocupa bastante. O Montillo é diferenciado sim, mas acredito muito no departamento médico. Eles conseguiram recuperar uma lesão do Montillo em tempo curto, mas acabou acontecendo outra. Vou acreditar no departamento médico para que possa recuperar o atleta para jogar a decisão lá.

JONAS SUSPENSO
Vamos sentar, a gente está acabando o jogo agora, eu não jogo mas fico todo dolorido também (risos). Fico igual a um louco no campo. Já quer saber escalação para a outra quarta (risos). Contra o Boavista vou dar uma olhada. Eu não escalo, é o jogador que se escala.

ARBITRAGEM
É complicado (longa pausa). Não falo de arbitragem. Prefiro não falar, mas eles são seres humanos. Acho que ele errou se vocês estão falando que foi (pênalti). Acontece.

MARCELO
A gente fica feliz. É um trabalho da nossa base, legado do treinador. É muito gostoso e gratificante. Sou oriundo das categorias de base do Botafogo. Quando correspondem não vejo problema algum por conta da idade. Matheus Fernandes é outro menino que ganhou espaço. Fico feliz. Estou sempre fazendo trabalho diferente, na humildade, não pode mudar nada. Se começar a fazer sucesso e mudar, tem que dar uma segurada e puxar orelha, mas não é o caso, não.

CARLI CONTRA BOAVISTA?
Pronto, vou te dar um jogador. Carli joga, já tem um (risos). Precisa jogar, não fez nenhum jogo este ano. Ele tem que entrar no ritmo dos demais companheiros.

FORMAÇÃO OFENSIVA
Jogando em casa, queria parabenizar mais uma vez a nossa torcida. Foi uma festa linda. Eles são nosso 12º jogador. No campo ela empurra a gente, é gostoso. Jogando em casa tem que ser mais ofensivo. Conseguimos o resultado e fora podemos estudar uma situação. Temos variações de sistema dentro do mesmo jogo. Na fase ofensiva temos um sistema, na defensiva, outra, mas com os mesmos jogadores. Isso requer tempo de treinamento, mas acho que estamos no caminho certo. Esse ano promete, vamos fazer um grande ano. Passando essa fase louca de jogos atrás de jogos, vamos ter mais tempo de trabalhar. Fico contente com esse inicio.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2017/02/preocupado-com-lesoes-jair-lamenta-ausencias-quebra-o-planejamento.html

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