FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/caciques-do-pmdb-marcam-depoimento-com-moro-sobre-lula
Jornal GGN - Também alvo da Operação Lava Jato, sobretudo com a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o senador e braço direito do governo Temer, Romero Jucá (PMDB-RR), irá prestar depoimento ao juiz Sergio Moro. Desta vez, como testemunha de Luiz Inácio Lula da Silva, no caso do triplex do Guarujá. Além de Jucá, Renan e Sarney irão prestar depoimento a Moro.
A 13ª Vara Federal de Curitiba tenta o contato com o senador peemedebista há quase um mês. Sem contato com os investigadores do Paraná, Jucá agendou, somente nesta terça-feira (21) o depoimento que irá prestar para Sérgio Moro. A data marcada foi o dia 7 de março.
Em documento anexo aos autos da Vara Federal, os assessores do juiz federal Sérgio Moro alertavam a falta de comunicação com o parlamentar. Eles vinham tentando marcar a audiência desde o dia 24 de janeiro.
Assim como grande parte dos depoimentos de audiências de testemunhas, o que seria concedido por Jucá poderia ocorrer via videoconferência. Portanto, não seria necessária a presença do senador peemedebista na Justiça de Brasília.
No dia 23 de janeiro, a juíza substituta Gabriela Hardt enviava um comunicado ao senador, solicitando a "viabilidade de sua oitiva por este Juízo por meio de videoconferência, em audiência a ser realizada na sede da Justiça Federal do Distrito Federal".
A juíza apresentava ao parlamentar a opção de quatro datas diferentes para a escolha de Jucá. O líder do governo no Congresso, contudo, não respondia às solicitações.
"Certifico que o Ofício [de convocação] foi encaminhado ao Senador Romero Jucá, via e-mail, em 24/01/2017, 07/02/2017 e novamente em 20/02/2017, sem resposta até esta data. Liguei diversas [vezes] para a assessoria do senador a fim de obter informações acerca da opção de data oitiva, sendo que também não houve resposta/retorno até esta data", disse em ofício, outro auxiliar.
No fim da tarde desta terça-feira (21), foi a vez de Moro tentar a comunicação: "Reiterando os termos do nosso ofício [de convocação, assinado em janeiro pela juíza substituta Gabriela Hardt], tendo em vista que vossa excelência foi arrolada como testemunha pela Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, solicito uma vez mais informações sobre a viabilidade de sua oitiva por este Juízo por meio de videoconferência".
Diretamente ao juiz do Paraná responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, Romero Jucá respondeu minutos depois, confirmando que, por telefone, o parlamentar marcou a data de 7 de março para o depoimento.
Apesar de ser alvo da Lava Jato, em última instância, no Supremo Tribunal Federal (STF), por obstrução à Justiça, Jucá não abordará este tema durante a audiência com Moro. O assunto fugirá ao que Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e com amplo trânsito entre peemedebistas, acusou contra o parlamentar.
Jucá teve uma breve passagem no ministério da Previdência Social, entre 22 de março e 21 de julho de 2005, durante o primeiro mandato de Lula. Apesar de ter atuado no governo do ex-presidente, Jucá foi favorável ao impeachment de Dilma Rousseff.
Assim como Jucá, o senador Renan Calheiros e o ex-senador José Sarney, ambos réus no STF por tentativa de obstrução da Justiça, em conjunto com Jucá, também foram convocados pela defesa de Lula.
Não se sabe exatamente o teor das perguntas que serão feitas aos peemedebistas, na estratégia de defesa do ex-presidente. A ação em que os políticos foram chamados a depor é por suposta lavagem de dinheiro e ocultação de bens, que envolve desde contratos fechados com a Petrobras, que supostamente o ex-presidente teria se beneficiado, até o apartamento no Guarujá e o armazenamento dos arquivos presidenciais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário