quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Segunda etapa do golpe pode ser muito mais repressora, afirma Dilma



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/segunda-etapa-do-golpe-pode-ser-muito-mais-repressora-afirma-dilma



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Jornal GGN - Nove meses após deixar o cargo para o qual foi eleita em 2014, Dilma Rousseff afirma que seu de impeachment faz parte de um processo em andamento. Para ela, o golpe ainda não acabou, e a democracia brasileira ainda corre muitos riscos.
 
“A questão democrática é fundamental para nós. Sempre ganhamos quando a democracia se aprofundou e sempre perdemos quando ela foi restringida. O que está em jogo hoje é o que vai ser a eleição de 2018”, diz.
 
Na entrevista concedida ao Sul 21, Dilma fala sobre o desmonte das políticas sociais e de setores estratégicos como a indústria naval e de petróleo, analisa as raízes do golpe e também fala sobre os caminhos que a esquerda deveria adotar como prioridade.
 
Leia e assista a entrevista abaixo: 
Do Sul 21
 
Marco Weissheimer
Quase seis meses depois da votação da última etapa do impeachment no Senado Federal, Dilma Rousseff olha para esse período não como uma página virada na sua história de vida ou na história política do país, mas sim como um processo em andamento. “O golpe não acabou”, afirma, advertindo para os riscos que a democracia brasileira corre com o desenrolar do processo golpista. Em entrevista ao Sul21, concedida em seu apartamento em Porto Alegre, Dilma Rousseff fala sobre as raízes profundas e aparentes do golpe, denuncia o desmonte de políticas sociais e de setores estratégicos para o país, como as indústrias naval e petrolífera, e aponta as tarefas que ela considera prioritárias para a esquerda e para todas as forças progressistas do país:
“A questão democrática é fundamental para nós. Sempre ganhamos quando a democracia se aprofundou e sempre perdemos quando ela foi restringida. O que está em jogo hoje é o que vai ser a eleição de 2018. Essa será a pauta a partir da metade do ano. Acho que o Lula, nesta história, cumprirá um papel muito importante, concorrendo ou não. A segunda etapa do golpe pode ser muito mais radicalizada e propensa à repressão. Nossa missão é garantir o maior espaço democrático possível, denunciar todas as tentativas de restrição das liberdades democráticas e tentar garantir em 2018 um processo que seja construído por baixo”, defende.

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