quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Carpegiani critica bola parada do Coxa e lamenta falta de criação no empate



Técnico credita falta de gols aos poucos chutes certeiros que time deu na partida contra o Figueirense. "Nós não tivemos competência de criar um grande lance", afirma




Por
Curitiba





Paulo César Carpegiani, Coritiba (Foto: Gabriela Ribeiro)
Em coletiva, Carpegiani pede crédito ao 
torcedor: "Em algum momento, acontecem 
imprevistos" (Foto: Gabriela Ribeiro)


  O empate sem gols contra o Figueirense, na noite desta quarta-feira, data em que o Coritiba completou 107 anos, rendeu avaliação negativa do técnico Paulo César Carpegiani. Apesar de defender a equipe defensivamente "segura" no Couto Pereira, o treinador fez críticas à dificuldade que o time teve de imprimir bons chutes e às atuações abaixo da expectativa.

– Tentamos imprimir o ritmo, mas enfrentamos um time que, da intermediária para trás, tem pontos velozes. A equipe atrás foi muito segura. Nossa bola parada hoje foi muito ruim, péssima. É uma jogada que já definiu resultados a nosso favor. Hoje, a bola nunca chegou em condição favorável, diferente do adversário. Não achei que o time jogou mal. O time teve dificuldade de penetração. Na frente, deixamos a desejar. Essa foi a diferença. Em síntese, nós lamentamos esse empate, numa altura do campeonato em que as equipes estão muito estruturadas – disse o técnico depois da partida. 
Em todo o jogo, o Coritiba arriscou nas bolas levantadas. Ao todo, foram trinta tentativas pelo alto, contra metade do Figueirense. O time não conseguiu converter o alto volume de passes – 214 certos contra 82 do adversário – em chutes perigosos. A falta de finalizações consistentes também foi alvo de críticas de Carpegiani. 

– Nós tentamos chegar, mas não tínhamos o ganho da jogada, a bola final. Não tínhamos o acabamento. Nós tivemos dificuldade de apresentação na última jogada, mais aguda. A consequência disso é uma equipe que dificultou o máximo. Ficou um jogo difícil. Como vamos ter outro pela frente. Todas as equipes vendem muito caro a derrota. Nessa fase, o importante é vencer. Nessa altura do campeonato, as equipes estão bem organizadas.

Com 37 pontos, na 12ª colocação e no aguardo do complemento da tabela, o Coritiba faz uma sequência de mais três jogos em Curitiba. No domingo, enfrenta o Atlético-PR, na Vila Capanema. Na próxima quarta-feira, joga a Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, no Couto Pereira. No outro domingo, recebe o Fluminense. O técnico prevê uma reta final do campeonato com outros desafios complicados.

– Vamos ter jogos tão difíceis como esse. Nós não tivemos competência de criar um grande lance. Não há muito o que fazer, somente lamentar. A minha equipe também tem direito de ter atuações abaixo de um rendimento que poderia fazer a diferença no jogo.  

   


A torcida sentiu o resultado, principalmente por conta da data comemorativa. Além de cobrar jogadores como os meias Juan e Raphael Veiga, vaiou a atuação do árbitro da partida. Para Carpegiani, os coxa-brancas precisam ter empatia com o trabalho. 

– É difícil, a gente entende a dificuldade do próprio torcedor. Algumas vezes é um tropeço. Não esperávamos hoje. O torcedor tem que nos dar o crédito de, em algum momento, acontecer esses imprevistos – afirmou. 

 Prefiro não comentar o time que vou armar. Tenho que ver amanhã, mas tenho definido na minha cabeça. Gostaria de lamber minha ferida hoje e amanhã a gente conversa
 Carpegiani, sobre desfalques no Atletiba

 Para o próximo jogo, o Coritiba terá a ausência de duas peças titulares de Carpegiani nas últimas duas partidas: o zagueiro Nery Bareiro e o lateral César Benítez. Ambos levaram terceiro cartão amarelo e estão fora do clássico Atletiba, no domingo, na Vila Capanema. O técnico não titubeou ao falar que já sabe quem vai escalar para as posições, apesar de manter segredo.

– Eu não lamento nunca a ausência desse ou daquele jogador. Venho há um tempo já trabalhando com dificuldade. Temos enfrentado alguns problemas e que torna difícil. Estou satisfeito e não vou lamentar a ausência desses jogadores. Vou valorizar aquilo que eu tenho e estou satisfeito. Prefiro não comentar o time que vou armar. Tenho que ver amanhã, mas tenho definido na minha cabeça. Gostaria de lamber minha ferida hoje e amanhã a gente conversa – pediu Carpegiani. 

O Coxa ainda pode chegar ao jogo contra o Atlético-PR na 12ª colocação – o acréscimo de uma posição em relação à última rodada –, caso Cruzeiro, São Paulo e Vitória não vençam as respectivas partidas nesta quinta-feira. Na Vila Capanema, o clássico Atletiba está marcado para às 17h (horário de Brasília) do próximo domingo. 


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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/noticia/2016/10/carpegiani-critica-bola-parada-do-coxa-e-lamenta-falta-de-criacao-no-empate.html

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