Com vitória sobre o Figueirense, em Santa Catarina, Raposa dorme na 16ª posição
Certo é que o resultado, e a atuação do time em território catarinense, diante de um concorrente direto na briga contra a queda para a Série B, deixaram o técnico Mano Menezes mais animado e otimista com o futuro da Raposa na competição. Ele só não quer o time acomodado.
Mano destaca atuação do Cruzeiro em vitória fora de casa (Foto: Eduardo Valente/Light Press)
- A gente veio aqui fora da zona dar uma respiradinha, ver
como está o ar. Acho que os jogadores vão gostar, nós todos vamos gostar, e a
gente pretende ficar aqui fora em todo o restante do campeonato. Se não
pudermos até a próxima rodada, mas teremos o que fazer para uma condição
melhor. Mas não podemos nos acomodar. Sabemos que precisamos melhorar. O que
produzimos foi uma pequena melhora em termos de alguns fundamentos, mas o
Cruzeiro tem jogadores capazes de produzir mais. Temos que exigir mais de nós
mesmos, não podemos nos acomodar, pois logo logo podemos parar de crescer.
Temos o que crescer muito ainda.
Por tudo isso,
questionado se a disputa do Cruzeiro neste Brasileirão vai mesmo se
resumir à luta contra o rebaixamento, Mano, ainda de forma contida, diz
que vai depender de quantas rodadas o time vai precisar para ficar em
situação mais tranquila quanto ao Z-4.
- Sempre digo que você precisa fazer aquilo que é preciso
fazer naquele momento. O que temos que fazer agora é sair dessa situação. E vou
repetir uma frase que disse no ano passado: o que vai determinar se temos que
ambicionar mais ou não é a velocidade que vamos sair (do Z-4). Mas que nós
vamos sair, vamos sair (do Z-4).
Confira outros temas da entrevista coletiva de Mano Menezes:
Vitória fora contra um até então invicto Figueirense
- Falei com os jogadores depois do jogo com o Coritiba, que a
gente tinha deixado escapar uma vitória, embora a gente tenha merecido vencer,
que tínhamos que estar preparados para fazer pontos e construir vitórias fora
de casa também. Conseguimos, num lugar onde os adversários não tinham vencido
até então, isso qualifica a nossa vitória, com um bom desempenho da equipe, que
só sofreu no final, quando parou de jogar um pouco. Isso não pode, tocar a bola
sem objetividade. Dá moral para o adversário, que reanima. Imagina se deixa
escapar um resultado desses e termina em 2 a 2? Íamos ficar com aquela cara que
não tem conserto. Os jogadores estão de parabéns, entenderam tudo o que
precisávamos fazer, da maneira que tínhamos que ser mais simples aqui, hoje, e
por isso construímos a vitória. Estamos muito contentes, e eu, principalmente.
Quarto jogo seguido sem derrota
- A gente não pode escolher contra quem vamos pontuar. Não faz
diferença a pontuação se é contra um time da parte de baixo ou da parte de cima
da tabela. Nós temos é que pontuar. Se pudermos pontuar sempre, é bom. Se
pudermos somar três pontos, melhor ainda. Mas sabendo que não somos uma das
equipes de melhor produção dentro do campeonato. Então, vamos ter resultados
negativos, temos que entender que é assim o Campeonato Brasileiro. Mas a equipe
vai ganhando confiança, ganhando moral. Hoje fez coisas boas, muito boas, na
partida, e essas coisas boas podem nos aproximar de uma sequência maior de
vitórias, e a de hoje faz parte dela.
Mano Menezes cumprimenta o técnico Argel
Fucks, demitido pelo Figueira após o jogo
(Foto: Eduardo Valente/Light Press)
Gostei da equipe como um todo. Não vou individualizar
análise, porque não é o meu estilo de analisar o jogo. Acho que quem faz
análise individual, elogia e critica, são vocês (jornalistas). Faz parte do
trabalho de vocês. O meu é, internamente, ir consertando as coisas que penso
que podemos consertar, e ir dando uma diretriz dentro de uma filosofia e do jeito
que vejo o futebol. Tenho certeza que o Cruzeiro tem jogadores de qualidade
para que essa filosofia se transforme numa
reta de segundo turno de campeonato muito mais produtiva do que tudo o que
vinha acontecendo.
Rendimento e equilíbrio
Todos os resultados são importantes. O Cruzeiro vinha
criando muito na competição, antes da minha chegada. Então, não era por falta
de criação que o Cruzeiro não vinha fazendo seus gols. Mas, por mais paradoxal
que seja, a bola não vinha entrando. E, ao mesmo tempo que você cria, cria,
cria e não faz, você permite que o adversário aproveite as oportunidades que
tem. Foi a primeira coisa que trabalhei com os jogadores, e disse publicamente
aos torcedores, que vamos criar um pouquinho menos, nos expor menos, pois toda
vez que você está criando ofensivamente, você se desorganiza defensivamente. Não
que eu queira que a equipe crie menos, mas temos que dar menos (chances) para o
adversário. O Cruzeiro passou a dar menos, e hoje, por um detalhe, depois de
muito tempo, não encerra uma participação sem sofrer gols. Isso me deixa
contente. Vejo futebol desta forma, e gosto que a equipe se organize pensando
assim.
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