domingo, 14 de agosto de 2016

Jair estreia com vitória, agradece confiança e diz: " A vitória é do grupo"



Em seu primeiro jogo efetivado como treinador do Botafogo, técnico recorda do pai, elogia "talismã" Sassá e brinca: "Se perco hoje, falariam que eu não presto"




Por
São Paulo



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Jair Ventura estreou com o pé direito. Após oito anos como auxiliar do Botafogo, ele foi efetivado ao cargo de técnico após a saída de Ricardo Gomes. Em sua estreia, vitória por 1 a 0, contra o São Paulo, no Morumbi. Só faltou uma coisa para ter um domingo perfeito: parabenizar o pai Jairzinho no dia dele e, finalmente, contar sobre a nova função.

- Não falei ainda com ele (depois da efetivação). Aproveito o momento para dizer em rede nacional: feliz dia dos pais. Nossa vida é muita correria. Monta preleção, monta estratégia. Acaba perdendo um pouco do contato, mas fica aí o parabéns pelo dia dos pais – disse Jair, o “Furacãozinho”.

Com semblante feliz e emocionado, o novo treinador do Botafogo celebrou a sofrida vitória, conquistada aos 48 minutos do segundo tempo, com gol de Sassá, que saiu do banco para garantir a vitória. O autor do gol, inclusive, já era marcante na história do treinador antes mesmo de virar o “oficial” do Botafogo.

- Foi um jogo complicado. Sabíamos da força do São Paulo no Morumbi. Conseguimos neutralizar os pontos fortes deles, bloqueamos os lados do campo. É um grupo maravilhoso, não tem indisciplina.

Eles terem abraçado a causa foi importantíssimo. Essa vitória é do grupo. O Sassá deu meu primeiro título como treinador no sub-20, em um campeonato na Alemanha. Desde 2012, a gente subiu junto.

Fico feliz também de estar participando na formação dos atletas, essa ligação é importantíssima.

Jair Ventura, Botafogo x São Paulo (Foto: Ale Cabral / Estadão conteúdo )
Jair Ventura estreou no comando do Botafogo 
com vitória (Foto: Ale Cabral / Estadão conteúdo )


Jair Ventura foi alçado ao cargo de técnico pelo respaldo da diretoria e dos jogadores. Com a repentina saída de Ricardo Gomes para o São Paulo, os dirigentes do Glorioso decidiram bancar o então permanente como o dono do cargo, já que o próprio ex-zagueiro não convidou Jair para ser auxiliar no São Paulo, diferentemente do que ocorreu quando teve proposta do Cruzeiro.

- Não foi de repente. Trabalhamos há alguns anos para esse momento chegar. Agradeço muito ao presidente pela confiança. Trabalho de auxiliar é quase invisível, sempre está por trás. Não esperava por uma oportunidade dessa agora. O Ricardo saiu, aconteceu, agarrei a chance. Essa confiança me dá orgulho. Só posso responder a ele e a torcida com muito empenho.

Aos 37 anos, Jair Ventura ganhou a primeira chance na vida como treinador. E quer mais, principalmente tempo para fazer um bom trabalho no Botafogo.

- Estou emocionado e feliz. Se eu perco hoje, falariam que eu não presto. Dizem que é preciso de treinadores jovens, mas quando perde o primeiro jogo, diz que é inexperiente. Quer trazer caras de fora, beleza, vamos olhar aqui para dentro. Se eu tivesse perdido o jogo, todos estariam pedindo a minha cabeça. Foi bom estrear com o pé direito, mas muito pé no chão – concluiu o treinador, agora oficial, do Botafogo.



Outros trechos da entrevista
Saída de Ricardo para o São Paulo motivou?
Não. Não serviu como motivação. Futebol é muito dinâmico, não espera, as coisas acontecem muito rápido. Temos que estar sempre preparados. Precisamos de tempo. Eu não mudei nada. Vamos com calma. Tem coisas que queremos botar em prática, precisa de tempo. Um pouco mais de tempo para nossos dirigentes. Com calma, vamos fazer alguma coisa. Muitas mudanças confundem.

Como foi assumir a função?
Tem que ter coragem. Muita gente me perguntou se eu aceitaria o desafio. Se eu não confiar em mim, vou ficar me escondendo para sempre? Eu não tinha a pretensão de ser treinador do Botafogo. Se chegar um novo treinador, vou ajudar sempre. É bom ser permanente.

Elenco
Até a confiança dos atletas é fundamental para o trabalho. Não adianta trabalhar e não abraçar a causa. Ganha jogando limpo, falando a verdade, falando porque vai jogar, porque vai sair. Trabalhamos por meritocracia, vamos ganhando eles no dia a dia.


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