OLIMPÍADAS RIO 2016
VÔLEI FEMININO
Levantadora distribui o jogo com perfeição, e seleção, invicta, chega à terceira vitória
Dani
Lins percebe a bola mais alta e resolve arriscar. Salta
junto à rede, levanta o braço, mas vira a mão no último instante, sem
encostar.
Ali, mesmo em um jogo tão rápido, é preciso pensar antes. Ainda mais
diante de
um rival conhecido pela rapidez. No primeiro desafio para valer no Rio
de
Janeiro, o Brasil contou com a inteligência e as mãos hábeis de sua
levantadora
para facilitar o caminho. Na noite desta quarta-feira, a seleção se
impôs e
derrubou o Japão no Maracanãzinho: 3 sets a 0, parciais 25/18, 25/18 e
25/22. A vaga na sequência da Olimpíada, então, estava garantida, com
antecedência.
Agora, o Brasil soma três vitórias na competição e lidera o
Grupo A de forma invicta, com nove pontos. A Rússia tem a mesma pontuação, mas
leva a pior nos critérios de desempate. O Japão, por sua vez, estaciona nos
três pontos. Na próxima sexta-feira, a seleção volta à quadra para enfrentar a
Coreia do Sul, às 22h35, enquanto as japonesas enfrentam as russas, às 20h30.
Meninas do Brasil comemoram ponto contra
as japonesas (Foto: Marcelo del Pozo/Reuters)
-
Começar bem assim, para ganhar confiança, é bom demais. É um jogo muito
rápido, tem que ter uma boa defesa, bolas que não estamos acostumadas.
Zé pediu muito isso para a gente - disse Dani Lins após o jogo.
Natália
saiu de quadra como a maior pontuadora da partida, com 16 pontos.
Sheilla, com 13, e Fê Garay, com 11, foram os outros destaques. Pelo
Japão, Saori Sakoda, com 11, foi o maior destaque.
Garantido
nas quartas de final, Zé preferiu não comemorar aliviado. A caminho da
próxima fase, diz que é mais importante terminar na primeira posição por
conta do chaveamento.
- Não dá para comemorar. Minha
cabeça já está no chaveamento, em quem vamos pegar. Podemos acabar
pegando a Holanda ou a China - afirmou o treinador.
O JOGO
Logo no primeiro ponto, o esperado. Fabiana subiu pelo meio
e soltou o braço, mas lá estava uma japonesa para defender. Na sequência,
porém, Natália teve mais sucesso e abriu a contagem. Fabiana, no saque, e
Juciely, em belo bloqueio, ampliaram a vantagem. Mas foi por pouco tempo. O
Japão foi buscar e virou em ponto de Nagaoka. As asiáticas abriram quatro
pontos de diferença com a mesma velocidade que se movimentam em quadra (8/4).
Zé Roberto, então, pediu tempo. Era preciso arrumar a casa.
Deu certo. A seleção melhorou e logo encostou no placar. A
virada veio em toque na rede do bloqueio japonês. Depois, o paredão brasileiro
subiu duas vezes em sequência para abrir 16/13. Ao tentar defender uma bola,
Natália se chocou com o placar e deu um susto na comissão. Reclamou de dores na
mão direita, mas seguiu em quadra. No bloqueio de Sheilla, fim de papo: 25/18.
Sakoda atacou forte para abrir a contagem. A resposta veio
na pancada de Sheilla para deixar tudo igual. A dificuldade que Zé tanto
esperou estava ali. O Japão era rápido, mas o Brasil mostrava paciência. No
ataque rápido de Fê Garay pelo meio, a seleção passou à frente. Sheilla, em
mais um bom ataque pela direita, abriu 8/6.
Natália tira do bloqueio japonês
(Foto: Agência AP)
Dani Lins, como se visse o desenho em quadra antes de todas
as outras, distribuía as bolas com perfeição. Àquela altura, Natália, Sheilla,
Fê Garay, Fabiana e Juciely: todas tinham uma boa pontuação. A levantadora
também tinha suas malandragens. Ao sentir que a bola passaria direto para o
outro lado, fingiu que levantaria, mas tirou o braço, enganando a defesa
japonesa.
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Com 19 a 13 no placar, Zé fez uso pela primeira vez da
inversão 5 por 1, mandando Fabíola e Gabi para a quadra nos lugares de Sheilla
e Dani Lins. O bom momento seguiu, e Zé mexeu de novo. Desta vez, com duas
alterações que fizeram o Maracanãzinho vibrar: Jaqueline, uma das mais queridas
da torcida, foi para a partida no lugar de Fê Garay. Logo depois, Thaísa entrou pela primeira vez em
quadra nos Jogos, recuperada de um estiramento na panturrilha esquerda, no lugar de Fabiana. Dali
para o fim, um pulo: 25/18.
A seleção manteve o ritmo
na volta à quadra. Novamente com o time que começou o jogo, o Brasil
não teve problemas para abrir vantagem. O Japão lutava. Não queria se
entregar assim, tão facilmente. Após o Brasil chegar a abrir cinco
pontos, as asiáticas empataram em 18 a 18. Mas foi só um susto. Zé
voltou a mandar Gabi, Jaqueline e Thaísa para a quadra. Com
tranquilidade, a seleção, que fechou o jogo: 25/22.
Confira os outros resultados do dia:
China 3 x 0 Porto Rico (25/20, 25/17 e 25/18) - Grupo B
Itália 0 x 3 Holanda (21/25, 20/25 e 20/25) - Grupo B
Estados Unidos 3 x 1 Sérvia (25/17, 21/25, 25/18, 25/19) - Grupo B
Rússia 3 x 0 Camarões (25/19, 25/22 e 25/23) - Grupo A
Coreia do Sul 3 x 0 Argentina (25/18, 25/20 e 25/23) - Grupo A
Itália 0 x 3 Holanda (21/25, 20/25 e 20/25) - Grupo B
Estados Unidos 3 x 1 Sérvia (25/17, 21/25, 25/18, 25/19) - Grupo B
Rússia 3 x 0 Camarões (25/19, 25/22 e 25/23) - Grupo A
Coreia do Sul 3 x 0 Argentina (25/18, 25/20 e 25/23) - Grupo A
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/volei/noticia/2016/08/dani-lins-mostra-o-caminho-brasil-bate-o-japao-e-segue-invicto-nos-jogos.html
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