Paolo e Matteo são a terceira melhor dupla italiana. Eles nasceram em Fortaleza, mas foram adotados por um casal europeu: "Não sabemos que são nossos pais biológicos"
Por Gabriel FrickeRio de Janeiro
Dupla
número 3 da Itália, Paolo e Matteo Ingrosso falam pouquíssimas palavras
em português. Quem os vê de longe, pensa que são italianos típicos.
Mas, nas veias dos dois, corre o sangue brasileiro. Nascidos em
Fortaleza, capital do Ceará, em fevereiro de 1988, os irmãos se mudaram
com apenas três meses para a Itália. Sem saber quem são seus pais
biológicos, os dois foram adotados por um casal do país europeu e
cresceram por lá.
Quis o destino que eles se tornassem viessem a praticar um dos esportes no qual seu país de nascença é mais forte: o vôlei de praia. Ambos começaram na quadra, mas acabaram preferindo seguir para a areia. Talvez o sangue brasileiro tenha pesado nisso, acreditam eles. Agora, eles estão em uma duríssima missão de competir "em casa" nos Jogos Olímpicos.
- É engraçado porque começamos a jogar na quadra e acabamos na praia. Acho que o sangue, talvez, tenha ajudado. É uma vida saudável e gostamos muito de areia, de praia. Queremos muito voltar aqui para jogar as Olimpíadas. Seria um sonho jogar em casa. Nascemos em Fortaleza, mas fomos adotados e nos mudamos muito cedo para a Itália. Temos uma grande família e uma ótima vida lá. Não sabemos quem são nossos pais biológicos, talvez eles tenham até morrido... O fato é que ficamos muito felizes quando voltamos aqui, nós nos sentimos em casa - relatou Paolo, que fala um pouco de inglês.
Para estar no Rio em agosto, eles precisam se classificar na corrida olímpica. Atualmente, estão na 28ª posição do ranking olímpico provisório. As 17 primeiras parcerias se garantem nas Olimpíadas, sendo duas de cada país (sendo que o Brasil já tem vagas garantidas por ser sede e ter vencido o Mundial). Ranghieri/Carambula e Nicolai/Lupo são a 14ª e 16ª dupla nesse ranking. Nesse caso, eles precisam conseguir passar seus compatriotas na classificação ou torcer para que eles fiquem fora do top-17 e brigar pela vaga na Continental Cup da Europa. Ou seja, estão longe de serem os favoritos. Mas é possível.
Outro sonho deles é assistir a um jogo do Botafogo, seu time de coração no Brasil. A preferência, é claro, é que seja no Maracanã, onde eles nunca tiveram a chance de pisar.
- Somos Botafogo no Rio e Juventus na Itália. Sabemos (que o Seedorf jogou no Botafogo) e as cores são iguais. Conseguimos ver alguns jogos pela internet, sempre mostro para as pessoas. Gostamos muito de futebol. Queremos ir ao Maracanã. Nunca tivemos a chance, queremos ver o Botafogo jogando. Quem sabe não conseguimos? - disse Paolo.
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Do Brasil, eles não conhecem muito a cultura. Mas são apaixonados pela culinária. Questionados sobre o que mais gostam, citam feijoada, açaí e caipirinha.
- É melhor depois da partida (risos) - brincou Paolo.
Além do sangue brasileiro, há compatriotas em sua comissão técnica na Itália, como seu treinador, o ex-jogador Paulão, campeão brasileiro em 1991 e que fez dupla com Paulo Emílio. Ele é o comandante dos irmãos italianos desde 2012.
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2016/03/fas-do-botafogo-e-nascidos-no-brasil-irmaos-da-italia-sonham-com-os-jogos.html
Paolo e Matteo Ingrosso bateram Pedro e
Evandro na primeira fase da chave
principal no Rio (Foto: Paulo Frank / CBV)
Quis o destino que eles se tornassem viessem a praticar um dos esportes no qual seu país de nascença é mais forte: o vôlei de praia. Ambos começaram na quadra, mas acabaram preferindo seguir para a areia. Talvez o sangue brasileiro tenha pesado nisso, acreditam eles. Agora, eles estão em uma duríssima missão de competir "em casa" nos Jogos Olímpicos.
- É engraçado porque começamos a jogar na quadra e acabamos na praia. Acho que o sangue, talvez, tenha ajudado. É uma vida saudável e gostamos muito de areia, de praia. Queremos muito voltar aqui para jogar as Olimpíadas. Seria um sonho jogar em casa. Nascemos em Fortaleza, mas fomos adotados e nos mudamos muito cedo para a Itália. Temos uma grande família e uma ótima vida lá. Não sabemos quem são nossos pais biológicos, talvez eles tenham até morrido... O fato é que ficamos muito felizes quando voltamos aqui, nós nos sentimos em casa - relatou Paolo, que fala um pouco de inglês.
Para estar no Rio em agosto, eles precisam se classificar na corrida olímpica. Atualmente, estão na 28ª posição do ranking olímpico provisório. As 17 primeiras parcerias se garantem nas Olimpíadas, sendo duas de cada país (sendo que o Brasil já tem vagas garantidas por ser sede e ter vencido o Mundial). Ranghieri/Carambula e Nicolai/Lupo são a 14ª e 16ª dupla nesse ranking. Nesse caso, eles precisam conseguir passar seus compatriotas na classificação ou torcer para que eles fiquem fora do top-17 e brigar pela vaga na Continental Cup da Europa. Ou seja, estão longe de serem os favoritos. Mas é possível.
Irmãos da Itália se dizem fãs do Botafogo e
querem conhecer o Maracanã
(Foto: Gabriel Fricke)
Outro sonho deles é assistir a um jogo do Botafogo, seu time de coração no Brasil. A preferência, é claro, é que seja no Maracanã, onde eles nunca tiveram a chance de pisar.
- Somos Botafogo no Rio e Juventus na Itália. Sabemos (que o Seedorf jogou no Botafogo) e as cores são iguais. Conseguimos ver alguns jogos pela internet, sempre mostro para as pessoas. Gostamos muito de futebol. Queremos ir ao Maracanã. Nunca tivemos a chance, queremos ver o Botafogo jogando. Quem sabe não conseguimos? - disse Paolo.
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Do Brasil, eles não conhecem muito a cultura. Mas são apaixonados pela culinária. Questionados sobre o que mais gostam, citam feijoada, açaí e caipirinha.
- É melhor depois da partida (risos) - brincou Paolo.
Além do sangue brasileiro, há compatriotas em sua comissão técnica na Itália, como seu treinador, o ex-jogador Paulão, campeão brasileiro em 1991 e que fez dupla com Paulo Emílio. Ele é o comandante dos irmãos italianos desde 2012.
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2016/03/fas-do-botafogo-e-nascidos-no-brasil-irmaos-da-italia-sonham-com-os-jogos.html
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