Investigações indicam mais casos na modalidade, superando o futebol (19). Análise de 29 mil jogos indiciou 15 tenistas suspeitos de envolvimento com casas de apostas
O mundo do tênis se viu envolvido em uma polêmica na abertura do primeiro Grand Slam do ano, o Aberto da Austrália, com as denúncias de corrupção feitas pela BBC e pelo site BuzzFeed.
As suspeitas de envolvimento de pelo menos 16 atletas do top 50 da ATP
em um sistema de apostas e a combinação de resultados teriam
influenciado no resultado de uma série de partidas, dentre elas,
Wimbledon e Roland Garros. Os nomes dos tenistas não foram divulgados.
Segundo a BBC e o Buzzfeed, só no ano passado, a ATP foi avisada sobre
73 jogos suspeitos entre 100 denúncias envolvendo outras modalidades - o
futebol, por exemplo, teve 19. O alto número fez do tênis o esporte
mais suspeito de corrupção.
Entre 73 casos, 24 ocorrem nos três últimos meses de 2015. Os dados foram confirmados pela ESSA (Sports Beting Integrity), um órgão sem fins lucrativos criado em 2005 e com sede em Bruxelas para supervisionar os mercados de apostas europeus.
A BBC e o Buzzfeed publicaram em reportagens anteriores que a ATP teria acobertado o esquema de corrupção. Em um pronunciamento realizado em janeiro, o presidente da entidade, Chris Kermode, negou que a ATP tenha sido negligente com o caso e disse desconhecer qualquer evidência de arranjo de resultados. Os veículos ingleses reafirmam que obtiveram documentos de investigações iniciadas em 2007 pela própria ATP, em mais de 26 mil partidas. Um algoritmo analisou as atuações dos tenistas e apontou 15 atletas que perdiam regularmente quando as apostas apontavam o contrário.
Embora não tenham revelado nomes, BBC e BuzzFeed indicaram que um ganhador de Grand Slam estaria entre os envolvidos no esquema. As propostas dos apostadores para os tenistas seriam de US$ 50 mil (cerca de R$ 200 mil) ou mais por jogo. Os documentos obtidos nas apurações contêm evidências de arranjo de resultados orquestrados por apostadores de Rússia e Itália. Algumas suspeitas forçaram o cancelamento de uma partida do Aberto da Austrália.
Entre 73 casos, 24 ocorrem nos três últimos meses de 2015. Os dados foram confirmados pela ESSA (Sports Beting Integrity), um órgão sem fins lucrativos criado em 2005 e com sede em Bruxelas para supervisionar os mercados de apostas europeus.
Derrota de Davydenko para Arguello em
torneio de 2007 na Polônia estaria entre
os jogos suspeitos (Foto: Reuters)
A BBC e o Buzzfeed publicaram em reportagens anteriores que a ATP teria acobertado o esquema de corrupção. Em um pronunciamento realizado em janeiro, o presidente da entidade, Chris Kermode, negou que a ATP tenha sido negligente com o caso e disse desconhecer qualquer evidência de arranjo de resultados. Os veículos ingleses reafirmam que obtiveram documentos de investigações iniciadas em 2007 pela própria ATP, em mais de 26 mil partidas. Um algoritmo analisou as atuações dos tenistas e apontou 15 atletas que perdiam regularmente quando as apostas apontavam o contrário.
Embora não tenham revelado nomes, BBC e BuzzFeed indicaram que um ganhador de Grand Slam estaria entre os envolvidos no esquema. As propostas dos apostadores para os tenistas seriam de US$ 50 mil (cerca de R$ 200 mil) ou mais por jogo. Os documentos obtidos nas apurações contêm evidências de arranjo de resultados orquestrados por apostadores de Rússia e Itália. Algumas suspeitas forçaram o cancelamento de uma partida do Aberto da Austrália.
Um dos jogos citados nas investigações foi entre o o
russo Nikolay Davydenko e o argentino Martin Vassalo Arguello, em agosto de
2007, em um torneio na Polônia. na época, Davydenko era o quarto do ranking, enquanto
Vassalo o 87º. Após vencer o primeiro set por 6/2 e perder o segundo por 6/3, o
russo abandonou a disputa.
Uma casa de apostas
italiana apresentou altos
valores na vitória improvável de Arguello, e o caso veio a público em
2008. Os tenista foram inocentados pela ATP, embora tenha sido
descoberta uma troca de 82 mensagens de texto entre o argentino e
apostadores italianos.
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