Ex-número 1 do mundo, brasileiro faz comparação de Guido Pella e Pablo Cuevas na decisão de domingo com a sua vitória em Roland Garros, quando era 66° do mundo
Foi
uma semana repleta de zebras no Aberto do Rio. Logo no primeiro dia,
John Isner caiu para o argentino Guido Pella, o mesmo que dias mais
tarde ainda chegaria à decisão do torneio. Depois, foi a vez do
brasileiro Thiago Monteiro surpreender Jo-Wilfried Tsonga. Pouco a
pouco, cada um dos favoritos foi deixando a competição, com grandes
surpresas até a semifinal, quando Rafael Nadal caiu para o uruguaio
Pablo Cuevas. Apesar das surpresas e de uma decisão com menos "charme", o
ídolo Gustavo Kuerten,
ex-número 1 do mundo, não viu a competição diminuída por conta disso.
Ele lembrou seu próprio caso, quando foi campeão de Roland Garros em
1997 e era apenas o número 66 do mundo.
-
Óbvio que é um resultado totalmente surpreendente. Mas é a história do
esporte. Em 97, isso aconteceu para mim, senão nada daquilo teria
acontecido. Para quem viveu lá dentro e entende a profundidade deste
universo... é um esporte. Tem que se preparar todos os dias, fazer 150% a
todo o momento. E não é só dentro da quadra. É antes, durante, depois. E
a vida que eles se dedicam a anos e anos de batalha. É bonito. O
principal desse torneio é o estímulo e o vigor da alma do tênis, e que
vai aumentando. Um grande local de encontro, com muitas histórias já
acontecidas do tênis. E com novas promessas - disse Guga.
Apesar
da vitória de Cuevas sobre Nadal na semifinal, talvez a maior surpresa
do torneio tenha sido a ida o argentino Guido Pella para a decisão. Aos
25 anos e número 71 do mundo antes do início do Aberto do Rio, ele
alcançou sua primeira final neste fim de semana. Guga, no entanto, viu
aspectos positivos no jogo de Pella e elogiou também a esquerda de
Cuevas. Para o tricampeão de Roland Garros, o uruguaio tem o melhor
backhand do circuito feito apenas com uma mão.
- Primeiro é sinônimo do esporte, de não ter uma decisão prévia. Os níveis dos jogadores são tão próximos que o Pella, principalmente, que foi uma baita surpresa, salvou três match points na primeira rodada de um jogador já consagrado, que é o Isner, com potencial grande de chegar a semifinal, final. Então, aquela bola que sai um centímetro, que traz o vento para cá, que o cara acerta num momento de confiança, é o que de repente muda a vida do tenista. Por isso que o que importa é a consistência. O Nadal, se for falar dele, é um cara que está ainda de uma forma surpreendente, se dedicando a todos os pontos, com a mesma intensidade. O Cuevas é um jogador muito talentoso. Na minha opinião, ele tem a melhor esquerda com uma mão do circuito, ainda pouca conhecida pelas pessoas. Mas ele é capaz de fazer paralela cruzada, angulada... Para mim ele está acima do Wawrinka e do Gasquet, que são duas esquerdas fantásticas - comentou o brasileiro.
Na
decisão do Aberto do Rio, Pablo Cuevas acabou derrotando Guido Pella
por 2 sets a 1, parciais de 6/4, 6/7(5) e 6/4, e saiu com o título do
torneio. Na comemoração do título, Guga foi o responsável por entregar o
prêmio ao uruguaio, que se mostrou bastante lisonjeado e agradeceu os
elogios e por ter recebido o troféu das mãos do tricampeão de Roland
Garros.
- É um prazer que um jogador com um revés, na verdade, com um tênis e um revés espetaculares, fale assim do meu revés. É um prazer que ele tenha me entregue o prêmio. Tive a sorte de jogar com ele uma vez já no final de sua carreira. E ele era um dos jogadores que eu mais admirava, me encantava muito seu estilo de jogo. Só posso agradecer o que ele disse - afirmou Cuevas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2016/02/guga-ve-lado-positivo-de-zebras-no-rio-em-97-isso-aconteceu-para-mim.html
Gustavo Kuerten entregou os troféus de vice para
Guido Pella e de campeão para Pablo Cuevas
(Foto: Fotojump)
Gustavo Kuerten elogiou o torneio e a decisão improvável no Rio (Foto: Divulgação)
- Primeiro é sinônimo do esporte, de não ter uma decisão prévia. Os níveis dos jogadores são tão próximos que o Pella, principalmente, que foi uma baita surpresa, salvou três match points na primeira rodada de um jogador já consagrado, que é o Isner, com potencial grande de chegar a semifinal, final. Então, aquela bola que sai um centímetro, que traz o vento para cá, que o cara acerta num momento de confiança, é o que de repente muda a vida do tenista. Por isso que o que importa é a consistência. O Nadal, se for falar dele, é um cara que está ainda de uma forma surpreendente, se dedicando a todos os pontos, com a mesma intensidade. O Cuevas é um jogador muito talentoso. Na minha opinião, ele tem a melhor esquerda com uma mão do circuito, ainda pouca conhecida pelas pessoas. Mas ele é capaz de fazer paralela cruzada, angulada... Para mim ele está acima do Wawrinka e do Gasquet, que são duas esquerdas fantásticas - comentou o brasileiro.
Pablo Cuevas abusou da esquerda contra
Rafael Nadal na semifinal do Aberto do
Rio (Foto: Fotojump)
- É um prazer que um jogador com um revés, na verdade, com um tênis e um revés espetaculares, fale assim do meu revés. É um prazer que ele tenha me entregue o prêmio. Tive a sorte de jogar com ele uma vez já no final de sua carreira. E ele era um dos jogadores que eu mais admirava, me encantava muito seu estilo de jogo. Só posso agradecer o que ele disse - afirmou Cuevas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2016/02/guga-ve-lado-positivo-de-zebras-no-rio-em-97-isso-aconteceu-para-mim.html
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