Presidente da Comissão de Coordenação do COI diz que crise política e econômica não vai travar organização do Rio 2016 e que há “milhões” de detalhes para resolver
A menos de oito meses do início dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e com a situação política e econômica instável do Brasil, a preocupação não recai apenas sobre a realização do evento em si. A preocupação também é como ficará a Cidade Maravilhosa depois do evento. Barcelona é um dos modelos de sucesso pós-Olimpíadas, mas Atenas, que já vivia o início da crise antes de ser sede em 2004, se sufocou de dívidas nos anos seguintes, juntamente com o restante da Grécia. A crise no país dura até hoje. O que vai acontecer com o Brasil depois de sediar os primeiros Jogos Olímpicos na América do Sul? Na opinião da presidente da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI), Nawal El Moutawakel, o legado será positivo não só para a cidade como também para todo o país.
Nawal El Moutawakel - chefe da Comissão
de Coordenação do Rio 2016
(Foto: Claudia Garcia)
- Até ao dia de hoje, foram feitos 19 eventos-teste (em 2015) e que, durante os primeiros meses de 2016, vai haver mais 25. Tudo decorreu dentro da normalidade e temos o testemunho positivo dos atletas e das federações internacionais, são eles que o dizem, não é o COI. Os atletas são o mais importante. Quanto aos trabalhos, o Parque Olímpico está praticamente pronto, a Vila Olímpica também, o campo de golfe foi concluído, o espaço de canoagem também, portanto faltam algumas coisas, mas estamos entre os 90 e os 100% de obras concluídas - disse.
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Reta final
Orçamento
É normal que exista um desafio de último minuto, nós vimos, nestas semanas, as dificuldades econômicas e políticas do país, mas não é isso que nos vai impedir de ir em frente. A particularidade do Rio de Janeiro é que os Jogos Olímpicos contam com o apoio total da população brasileira e dos cariocas. Eu tenho a certeza que, com a paixão dos brasileiros, o país e a cidade do Rio vão organizar uma Olimpíada nunca antes vista na história.
Valor real dos cortes
A força de trabalho estruturada para cuidar desse caso ainda vai definir esses valores, tentando respeitar as diretrizes da nossa Agenda Olímpica 2020, que é a nossa base desde a chegada do presidente Thomas Bach, e ver como é que podemos organizar estes Jogos, cortando nas despesas inúteis, dentro das possibilidades humana.
Reação do COI à situação política do Brasil
Eu não quero me precipitar com respostas sobre essa situação, que nós observamos com atenção, mas eu quero ver como as coisas vão evoluir com o tempo, não é nada de novo, porque já vimos esses problemas acontecerem antes dos Jogos Olímpicos em outros países. Eu espero que tudo se resolva antes do dia 5 de agosto de 2016.
Segurança
Muito honestamente, a segurança, hoje em dia, é a prioridade número um de todos os governos e o Brasil está levando isso muito a sério, depois de tudo o que aconteceu em Paris provocado por pessoas que perderam um pouco a noção da vida digamos assim. O esporte dá muita esperança e eu espero que esse seja o caso. No Rio, vão estar 10.500 atletas de diferentes religiões, culturas e que serão unidos pelo esporte. Pode ser um sinal forte do Rio de Janeiro para mostrar ao mundo que o Brasil é um país de paz e fraternidade. O esporte une mais do que destrói, é uma arma de pa
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2015/12/para-coi-rio-de-janeiro-concretizou-uma-transformacao-de-70-anos-em-7.html
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