Gallay e Klug conquistam primeiro ouro da história do país na modalidade em Jogos Pan-Americanos, negam estilo provocador e falam em admiração pelas brasileiras
A efusiva celebração com direito à volta olímpica após
a vitória sobre Lili e Carol Horta na semifinal foi como se Ana Gallay,
29 anos, e Georgina Klug, de 27, tivessem conquistado, naquele momento,
sua medalha de ouro. O triunfo diante do Brasil representou muito mais
do que a classificação para a decisão. Era a vitória de um país sem
tradição no vôlei de praia contra um gigante da modalidade. Depois, ao
derrotarem as cubanas Leila Martinez e Lianma Flores, entraram de vez
para a história com a primeira medalha dourada do país na história dos
Jogos Pan-Americanos nesse esporte. As brasileiras terminaram com o bronze.
Por isso, a imprensa hermana presente na arena não economizou elogios à dupla e, por repetidas vezes, as chamaram de "maior parceria feminina da história" da Argentina. Não é exagero. Atuais número 27 do ranking da FIVB, elas se juntaram em 2013. Há dois anos, já tinham feito história ao ser a primeira dupla argentina a terminar no top 8 de uma etapa do Circuito Mundial. Foi em Phuket, na Tailândia. Depois, foram crescendo, e hoje já possuem cinco quintas colocações em 21 etapas disputadas. Mas, o que elas querem mesmo é ver o esporte se tornar popular em seu país.
Confira o calendário de todos os eventos do Pan de Toronto
Confira a disputa do quadro de medalhas nos Jogos Pan-Americanos
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Creio que é a maior vitória. Na Argentina, o vôlei de praia não se
desenvolveu ainda. Está começando a acontecer isso agora. Me encantaria
muito ver o esporte como no Brasil. Acho que não viverei isso, mas me
encantaria muito. Estamos trazendo resultados e creio que vamos crescer.
Acho que é como um primeiro passo, mas é o maior resultado do feminino
até agora - comentou a experiente Ana Gallay, que jogou em Londres 2012 e
também esteve na edição mexicana do Pan, mas não com Klug.
No masculino, o melhor resultado argentino foi um bronze de Santiago Etchgaray e Pablo Miguel Suarez, no Pan de Guadalajara 2011. No Mundial, ficaram com o título em 2001 (Klagenfurt), com Mariano Baracetti e Martín Conde. As mulheres nunca chegaram ao pódio. Enquanto isso, o Brasil é considerado o berço da modalidade.
Ao todo, são cinco medalhas brasileiras no Pan no masculino (dois ouros, duas pratas e um bronze) e cinco no feminino (três ouros e dois bronzes). Nas Olimpíadas, o Brasil possui cinco medalhas na disputa entre os homens (um ouro, três pratas e um bronze) e seis conquistadas pelas mulheres (um ouro, três pratas e dois bronzes). Fora que o o nível do Circuito Brasileiro é tido como um dos mais altos do mundo. Enquanto isso, apenas Ana Gallay e Georgina Klug estão ranqueadas na FIVB.
- Perdemos mais do que ganhamos no Circuito Mundial, mas somos uma dupla nova no alto nível. Perdemos para Juliana/Maria Elisa, perdemos contra Larissa/Talita, perdemos e ganhamos de Ágatha/Bárbara, ganhamos e perdemos das irmãs Salgado (Carol e Maria Clara) e, contra Lili e Carol, temos agora 2 a 1 no retrospecto. Jogar com o Brasil é bem difícil (risos).
Gallay e Klug são conhecidas pelo estilo provocador dentro de quadra. Quando as rivais sacam, elas pedem a bola, batem no peito, abrem os braços. Nas comemorações de ponto, sentam no chão, fecham os punhos e festejam demais. Deu certo no Pan. Mas elas negam que haja uma rivalidade maior com o Brasil.
- Tenho parte do meu coração brasileiro. Quando eles jogam, torço por eles. Claro que, se jogarem comigo, quero ganhar (risos). Mas, sendo da América do Sul, vou torcer por eles sempre. Não quero que ganhem os Estados Unidos ou a Europa. De minha parte, não há nada. Sempre jogo com respeito e, se acontece algo, fica na quadra - concluiu Gallay, que chegou a bater boca com uma rival cubana na decisão.
FONTE:
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Lianma Flores e Leila Martines comemoram
na areia de Toronto (Foto: Javier
Etxezarreta/EFE)
Por isso, a imprensa hermana presente na arena não economizou elogios à dupla e, por repetidas vezes, as chamaram de "maior parceria feminina da história" da Argentina. Não é exagero. Atuais número 27 do ranking da FIVB, elas se juntaram em 2013. Há dois anos, já tinham feito história ao ser a primeira dupla argentina a terminar no top 8 de uma etapa do Circuito Mundial. Foi em Phuket, na Tailândia. Depois, foram crescendo, e hoje já possuem cinco quintas colocações em 21 etapas disputadas. Mas, o que elas querem mesmo é ver o esporte se tornar popular em seu país.
Confira o calendário de todos os eventos do Pan de Toronto
Confira a disputa do quadro de medalhas nos Jogos Pan-Americanos
Georgina Klug e Ana Gallay mostram a medalha de ouro (Foto: GloboEsporte.com)
No masculino, o melhor resultado argentino foi um bronze de Santiago Etchgaray e Pablo Miguel Suarez, no Pan de Guadalajara 2011. No Mundial, ficaram com o título em 2001 (Klagenfurt), com Mariano Baracetti e Martín Conde. As mulheres nunca chegaram ao pódio. Enquanto isso, o Brasil é considerado o berço da modalidade.
Ao todo, são cinco medalhas brasileiras no Pan no masculino (dois ouros, duas pratas e um bronze) e cinco no feminino (três ouros e dois bronzes). Nas Olimpíadas, o Brasil possui cinco medalhas na disputa entre os homens (um ouro, três pratas e um bronze) e seis conquistadas pelas mulheres (um ouro, três pratas e dois bronzes). Fora que o o nível do Circuito Brasileiro é tido como um dos mais altos do mundo. Enquanto isso, apenas Ana Gallay e Georgina Klug estão ranqueadas na FIVB.
- Perdemos mais do que ganhamos no Circuito Mundial, mas somos uma dupla nova no alto nível. Perdemos para Juliana/Maria Elisa, perdemos contra Larissa/Talita, perdemos e ganhamos de Ágatha/Bárbara, ganhamos e perdemos das irmãs Salgado (Carol e Maria Clara) e, contra Lili e Carol, temos agora 2 a 1 no retrospecto. Jogar com o Brasil é bem difícil (risos).
Ana Gallay e Lianma Flores em disputa na
final do vôlei de praia no Pan (Foto:
Javier Etxezarreta/EFE)
Gallay e Klug são conhecidas pelo estilo provocador dentro de quadra. Quando as rivais sacam, elas pedem a bola, batem no peito, abrem os braços. Nas comemorações de ponto, sentam no chão, fecham os punhos e festejam demais. Deu certo no Pan. Mas elas negam que haja uma rivalidade maior com o Brasil.
- Tenho parte do meu coração brasileiro. Quando eles jogam, torço por eles. Claro que, se jogarem comigo, quero ganhar (risos). Mas, sendo da América do Sul, vou torcer por eles sempre. Não quero que ganhem os Estados Unidos ou a Europa. De minha parte, não há nada. Sempre jogo com respeito e, se acontece algo, fica na quadra - concluiu Gallay, que chegou a bater boca com uma rival cubana na decisão.
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