Campeã mundial de 2011 e dona de segunda melhor marca deste ano no salto com vara, brasileira lembra momentos de sua primeira grande disputada pelo país
O
ano era 1999. A cidade canadense de Winnipeg era a sede dos Jogos
Pan-Americanos, e o Brasil estava representado por 436 atletas. Entre
eles, havia uma caloura curiosa. Tinha 18 anos e olhares atentos em tudo
que acontecia em sua volta para extrair toda a experiência que o
ambiente proporcionava. Até então promessa do atletismo, Fabiana Murer
tinha ainda pouca experiência em competições internacionais grandes.
Após 16 anos e muitos feitos alcançados, a saltadora volta ao Canadá
para a disputa de Toronto 2015: o seu último Pan.
- Winnipeg era uma experiência diferente. Estava contente só de estar participando, mas queria saltar bem também. Eu era muito inexperiente, eu tinha dois anos de treino. Era tudo muito novo. Estar competindo com André Domingos, Maurren...Ter esse contato com esses atletas foi muito legal. Uma experiência bem diferente que eu acho que foi muito importante para o meu crescimento - lembra.
A
Vila dos Atletas de 99 é até hoje a grande lembrança da saltadora em
uma competição multidesportiva. Ali, podia ter contato com outros
atletas e conhecer gente de várias modalidades. Era o ponto perfeito
para ouvir as conversas e pegar a experiência que podia. A marca na
competição foi modesta, sobretudo se comparado com os 4,85m que
alcançou na melhor atuação de sua carreira até aqui. Os 3,70m, no
entanto, não
eram motivo de desânimo. Pelo contrário, era ponto de partida. Antes
ginasta, Fabiana estava no salto com vara havia apenas
dois anos.
- Tinha ido sem meu treinador (já era Elson Miranda, que se tornou seu marido). Um dos atletas, o Gustavo Rehder foi quem me ajudou na hora da prova. A gente treinava junto, então ele sabia como era o meu salto, como eu fazia. Passou coisas mais básicas, como último pé na hora da decolagem - lembra.
+ Fique por dentro de tudo o que acontece nos Jogos de Toronto
Veja a agenda completa das competições
Confira o quadro de medalhas do Pan
A volta ao Canadá traz uma Fabiana completamente diferente. Em Toronto é uma das mais velhas de delegação brasileira, com 34 anos, e construiu uma trajetória longa que a fortaleceu. Hoje faz o papel inverso de Winnipeg. É ela quem serve de espelho e alicerce para os mais novos.
Em 2007, Murer foi campeã pan-americana no Rio de Janeiro. Em Toronto, vai forte pelo ouro, mas consciente que a prova do salto com vara feminina pode e deve ser bem forte. Americanas e cubanas são rivais de peso na disputa. Em 2011, na edição de Guadalajara, a brasileira foi medalhista de prata com o salto de 4,70m. Viu Yarislei Silva, de Cuba, passar cinco centímetros mais alto. Meses antes, ela havia sido campeã mundial em Daegu, na Coreia do Sul.
-
Chego com a experiência de vários anos de treino e de grandes
competições. São competições opostas. Agora quero saltar alto e procuro
medalha, apesar de ser uma prova muito forte - diz.
A nostalgia em Toronto vem com gosto antecipado de saudades. A atleta já anunciou que se aposenta do esporte após os Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem. Esse Pan marcará uma de suas primeiras ''despedidas oficiais'' de competições que está acostumada a disputar.
- Nem pensei ainda que é meu último Pan. Eu encaro até com mais motivação e mais vontade. Acho que tenho que encarar o ano todo assim. Sabendo que está no final, para colocar mais energia, aproveitar cada momento, cada competição. Não só o Pan. Levar de uma forma mais fácil, sem estresse. Entender cada situação - diz.
A temporada tem sido positiva para Fabiana até aqui. Iniciou no Troféu Brasil, em maio, saltando 4,65m. Na sequência, conseguiu passar por 4,72m e 4,80m em etapas da Diamond League. Ocupa, por enquanto, a terceira posição no ranking da prova em 2015. A partir do dia 22 de agosto, disputa o Mundial de Atletismo, em Pequim.
FONTE:
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- Winnipeg era uma experiência diferente. Estava contente só de estar participando, mas queria saltar bem também. Eu era muito inexperiente, eu tinha dois anos de treino. Era tudo muito novo. Estar competindo com André Domingos, Maurren...Ter esse contato com esses atletas foi muito legal. Uma experiência bem diferente que eu acho que foi muito importante para o meu crescimento - lembra.
Antepenúltima da esquerda para a direita,
Fabiana Murer posa com equipe no Pan
de Winnipeg (Foto: BMF&FBOVESPA)
- Tinha ido sem meu treinador (já era Elson Miranda, que se tornou seu marido). Um dos atletas, o Gustavo Rehder foi quem me ajudou na hora da prova. A gente treinava junto, então ele sabia como era o meu salto, como eu fazia. Passou coisas mais básicas, como último pé na hora da decolagem - lembra.
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Veja a agenda completa das competições
Confira o quadro de medalhas do Pan
A volta ao Canadá traz uma Fabiana completamente diferente. Em Toronto é uma das mais velhas de delegação brasileira, com 34 anos, e construiu uma trajetória longa que a fortaleceu. Hoje faz o papel inverso de Winnipeg. É ela quem serve de espelho e alicerce para os mais novos.
Em 2007, Murer foi campeã pan-americana no Rio de Janeiro. Em Toronto, vai forte pelo ouro, mas consciente que a prova do salto com vara feminina pode e deve ser bem forte. Americanas e cubanas são rivais de peso na disputa. Em 2011, na edição de Guadalajara, a brasileira foi medalhista de prata com o salto de 4,70m. Viu Yarislei Silva, de Cuba, passar cinco centímetros mais alto. Meses antes, ela havia sido campeã mundial em Daegu, na Coreia do Sul.
Em Toronto, Fabiana Murer vai em busca de
seu segundo ouro em Jogos Pan-Americanos
(Foto: Reuters)
A nostalgia em Toronto vem com gosto antecipado de saudades. A atleta já anunciou que se aposenta do esporte após os Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem. Esse Pan marcará uma de suas primeiras ''despedidas oficiais'' de competições que está acostumada a disputar.
- Nem pensei ainda que é meu último Pan. Eu encaro até com mais motivação e mais vontade. Acho que tenho que encarar o ano todo assim. Sabendo que está no final, para colocar mais energia, aproveitar cada momento, cada competição. Não só o Pan. Levar de uma forma mais fácil, sem estresse. Entender cada situação - diz.
A temporada tem sido positiva para Fabiana até aqui. Iniciou no Troféu Brasil, em maio, saltando 4,65m. Na sequência, conseguiu passar por 4,72m e 4,80m em etapas da Diamond League. Ocupa, por enquanto, a terceira posição no ranking da prova em 2015. A partir do dia 22 de agosto, disputa o Mundial de Atletismo, em Pequim.
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