Treinador, que utilizou 22 atletas em seis partidas pela Série B, destaca importância de montar equipe respeitando o condicionamento de cada um
René Simões: opções e revezamento em formação
de time do Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)
O Botafogo vai enfrentar o Oeste, nesta terça-feira, com
quatro mudanças em relação ao time que venceu o Mogi Mirim. Nenhuma das
alterações tem a ver com suspensão ou lesão. Trata-se de administrar o desgaste
e evitar as muitas lesões que aterrorizaram a comissão técnica durante o
Campeonato Carioca – principalmente na reta final. E os bons resultados neste
início de Série B dão ao técnico René Simões a certeza de tomar a decisão certa
e, ao mesmo tempo, estimular todo o grupo.
Agora será o momento de outros jogadores descansarem.
René Simões tem a consciência de que a decisão de promover o rodízio de titulares vai de encontro à cultura de jogadores e torcedores brasileiros. No entanto, ele tem a certeza de que trata-se do melhor a ser feito.
- Quando o treinador tira jogador e o time ganha, está tudo ótimo. Mas quando perde, quem leva pau é o treinador. Vira professor Pardal. Mas se Marcelo Mattos e Elvis tivessem jogado a última partida, teriam estourado. Se eu colocar o Roger Carvalho amanhã, pode estourar, porque atuou 90 minutos contra o Mogi Mirim depois de ficar 66 dias parado por lesão. O Lulinha também está acusando desgaste, então agora fica fora. Se não fôssemos ficar 10 dias sem jogar, não colocaria o Rodrigo Pimpão contra o Oeste. É importante ter uma equipe equilibrada - explicou.
O zagueiro Renan Fonseca e o volante Willian Arão são os jogadores que mais atuaram pelo Botafogo na temporada – 28 das 30 partidas oficiais. Em seis jogos da Série B, 22 atletas já foram utilizados pelo técnico René Simões. Na atual temporada, 19 jogadores diferentes marcaram pelo menos um gol.
René Simões explicou que a possibilidade de utilizar tantos jogadores tem a ver com o bom condicionamento físico do elenco. Na última semana de abril o clube demitiu o preparador físico Marcello Campello e contratou Ednilson Sena. Atualmente, somente o lateral-esquerdo está no departamento médico, após sofrer uma cirurgia no joelho.
- Quando falei da troca de preparador físico, ressaltei que faltava química. Todos têm que falar a mesma língua e é preciso haver consenso. Estava faltando isso, e essa falta de conexão estava levando às lesões. Com o Ednilson existe essa química, e o trabalho flui bem. Estamos satisfeitos com os resultados - avaliou o técnico alvinegro.
FONTE:
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