Enquanto atacante faz preparação física em casa com companheiros de time e se une à família, novidades no processo podem ajudar em absolvição
Jobson comemora gol pelo Botafogo: treinos
diários com o sonho de voltar em breve
(Foto: Marcos Tristão/Agência Globo)
Desde que a Fifa anunciou sua suspensão, em 24 de abril, Jobson passou a viver quase em isolamento, numa espécie de prisão domiciliar por sua própria vontade. Fora a presença no Maracanã no segundo jogo da final do Campeonato Carioca, foram poucos os contatos com os companheiros de Botafogo. No Rio de Janeiro, o atacante tem a assistência frequente de um colaborador da diretoria, além da companhia da mãe, Lourdes, e do primo Marcelo, a quem chama de irmão.
Impedido pela Fifa de frequentar as dependências do Botafogo, Jobson recebe diariamente a visita de um preparador físico do clube. Emílio Faro e Felippe Capella são os responsáveis por mantê-lo em forma com atividades no condomínio onde mora, na Barra da Tijuca, ou na praia. Numa delas ele trabalhou ao lado do zagueiro Roger Carvalho e do lateral-esquerdo Thiago Carleto, numa maneira que a comissão técnica encontrou para de alguma forma estimulá-lo e integrá-lo com os companheiros de equipe.
Como há tempo livre de sobra, existe a preocupação em relação à forma como Jobson vai usá-lo, em virtude de seu histórico. Mas o atacante tem aproveitado os momentos livres até para adquirir novos hábitos, como ir ao cinema com a mãe. Somente na semana passada foram duas vezes. Na última sexta-feira ele pela primeira vez deixou o Rio de Janeiro desde que foi suspenso. O destino foi Brasília, onde mora o filho Victor, de 5 anos.
Tudo para tentar esquecer que ainda não há qualquer perspectiva de quando a Fifa vai se pronunciar sobre o pedido de efeito suspensivo enviado por seus advogados à meia-noite de 28 de abril. Na última quinta-feira houve uma reunião sobre o assunto. O encontro, ocorrido em General Severiano, contou com três advogados do atacante – Rodolpho Cezar, que é seu representante, e Bichara Neto e Stefano Malvestio, que tratam especificamente do caso – e quatro dirigentes alvinegros: Nelson Mufarrej, vice-presidente geral, Antônio Carlos Mantuano, vice de futebol, Gustavo Noronha, diretor jurídico do futebol, e Aníbal Rouxinol, advogado.
Na reunião, os representantes de Jobson informaram que uma há novidade capaz de mudar de forma positiva o rumo da carreira do atacante. Soube-se que houve a anulação de um julgamento em segunda instância ocorrido na Arábia Saudita. Além disso, ficou comprovado que todo o processo ocorreu à revelia do jogador, que nunca foi citado para se defender. Assim, houve a reabertura do prazo para recurso na Arábia Saudita, o que dá uma nova possibilidade de defesa.
Todos esses aspectos serão levados pelos advogados de Jobson como argumentos de defesa em três frentes: Justiça saudita, Fifa e Corte Arbitral do Esporte. A defesa do atleta considera que todo o processo se deu de forma errada, visto que, para começar, não foram cumpridos os requisitos internacionais de controle de dopagem quando o atacante atuava pelo Al Ittihad.
Mesmo não estando à frente da defesa de Jobson nas cortes internacionais, o Botafogo vem arcando com as custas do processo, embora o contrato do atleta termine em 24 de junho. A cada etapa é preciso desembolsar taxas, inclusive para atuação dos integrantes do Comitê Disciplinar da Fifa, que vão decidir se Jobson estará apto a deixar sua prisão particular ou se seguirá como um atleta disposto a recomeçar, mas impedido de exercer sua profissão.
FONTE:
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