sexta-feira, 22 de maio de 2015

Sobrando como em 2011, Djokovic busca, enfim, a taça em Roland Garros

Com duas derrotas no ano, líder do ranking tem números parecidos com os de 2011, quando se manteve invicto até o Grand Slam. Sérvio estreia contra finlandês


Por
Rio de Janeiro

 
Os números de Novak Djokovic nos cinco primeiros meses de 2015 impressionam tanto que são quase todos idênticos ao mesmo período de 2011, parte da melhor temporada de sua carreira. Com cinco títulos em sete torneios, apenas duas derrotas e invicto no saibro, o atual número 1 do mundo é o favorito para levar o inédito título de Roland Garros neste ano. O Grand Slam francês começa neste domingo e vai até o dia 7 de junho, em Paris.

O sérvio, que pode encarar Rafael Nadal já nas quartas-de-final, estreia diante do finlandês Jarkko Nieminen em dia ainda a ser definido. Confira como ficaram as chaves da edição 2015 de Roland Garros.

Novak Djokovic treinando em Roland Garros (Foto: Divulgação/Roland Garros)
Novak Djokovic treina em Roland Garros 
(Foto: Divulgação/Roland Garros)


Djokovic entra em Roland Garros ostentando uma sequência de 22 vitórias. O último revés foi em fevereiro, na decisão do ATP 500 de Dubai, diante de Roger Federer (6/3 e 7/5). Antes disso, caíra nas quartas de final do ATP 250 de Doha, em janeiro, superado pelo croata Ivo Karlovic com parciais de 6/7(2), 7/6(6) e 6/4. São 35 vitórias no ano, duas a menos que na campanha invicta de 2011 até o tradicional saibro francês. Nole é o primeiro número 1 do mundo em quase dez anos a chegar a Roland Garros com no máximo duas derrotas na temporada – Federer foi o último, em 2005, também com dois reveses.

- Junto com 2011, esse é o melhor ano da minha carreira. Não sei como vou continuar em Roland Garros, mas obviamente estou com bastante confiança. Espero seguir assim – afirmou o líder do ranking, depois do título do Masters 1000 de Roma, no último domingo.

tênis comparativo Novak Djokovic pré-Roland Garros 2011 e 2015 (Foto: ATP)

Djokovic repetiu alguns números de 2011 e melhorou em certos aspectos pela maior agressividade em quadra. Por exemplo, aplicou mais aces (190 contra 155) e teve maior aproveitamento nos pontos de segundo serviço (60% contra 56%), sinais do trabalho de Boris Becker, ex-número 1 do mundo e treinador do sérvio ao lado de Marian Vajda.

- Hoje o Djokovic é um jogador sem pontos fracos a serem explorados. É o tipo de jogador mais difícil de ser batido. Ele tem uma das melhores devoluções do circuito, o saque dele melhorou, tem a movimentação e flexibilidade espetaculares, consegue contra-atacar muito bem... Ele também agregou, desde que começou a treinar com o Vajda, e agora com o Becker, uma leitura tática que não tinha. Por exemplo, ele agora enfrenta o Federer de uma maneira diferente de antes, por isso consegue ganhar. É a evolução mesmo, ele consegue fazer tudo bem – analisou Narck Rodrigues, comentarista do SporTV.

Por duas vezes, Djokovic alcançou a decisão de Roland Garros. Em ambas teve que se contentar com o vice-campeonato. Em 2012 e em 2014, perdeu a briga pelo título para Rafael Nadal, nove vezes campeão do Grand Slam francês. E os dois podem se enfrentar já nas quartas-de-final da atual edição.

Novak Djokovic Roland Garros (Foto: Reuters)
Novak Djokovic comemora vitória em Roland 
Garros em um jogo no ano de 2011 
(Foto: Reuters)


Caso o sérvio conquiste o troféu, ele vai se tornar o oitavo tenista a completar o “Career Slam”, ou seja, ganhar todos os Grand Slams pelo menos uma vez. Nole é dono de oito títulos nos torneios desse naipe: cinco do Aberto da Austrália, dois de Wimbledon e um do US Open. O grupo atualmente conta com Fred Perry (1935), Don Budge (1938), Rod Laver (1962, 1968), Roy Emerson (1964), Andre Agassi (1999), Federer (2009) e Nadal (2010).


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