Com duas derrotas no ano, líder do ranking tem números parecidos com os de 2011, quando se manteve invicto até o Grand Slam. Sérvio estreia contra finlandês
Os números de Novak
Djokovic nos cinco primeiros meses de
2015 impressionam tanto que são quase todos idênticos ao mesmo período
de 2011,
parte da melhor temporada de sua carreira. Com cinco títulos em sete
torneios, apenas
duas derrotas e invicto no saibro, o atual número 1 do mundo
é o favorito para levar o inédito título de Roland Garros neste ano. O
Grand Slam francês começa neste domingo e vai até o dia 7 de junho, em
Paris.
O sérvio, que pode encarar Rafael Nadal já nas quartas-de-final, estreia diante do finlandês Jarkko Nieminen em dia ainda a ser definido. Confira como ficaram as chaves da edição 2015 de Roland Garros.
O sérvio, que pode encarar Rafael Nadal já nas quartas-de-final, estreia diante do finlandês Jarkko Nieminen em dia ainda a ser definido. Confira como ficaram as chaves da edição 2015 de Roland Garros.
Novak Djokovic treina em Roland Garros
(Foto: Divulgação/Roland Garros)
Djokovic entra em Roland Garros ostentando uma sequência de
22 vitórias. O último revés foi em fevereiro, na decisão do ATP 500 de Dubai,
diante de Roger Federer (6/3 e 7/5). Antes disso, caíra nas quartas de final do
ATP 250 de Doha, em janeiro, superado pelo croata Ivo Karlovic com parciais
de 6/7(2), 7/6(6) e 6/4. São 35 vitórias no ano, duas a menos que na campanha
invicta de 2011 até o tradicional saibro francês. Nole é o primeiro número 1 do mundo em quase dez anos a
chegar a Roland Garros com no máximo duas derrotas na temporada – Federer foi o
último, em 2005, também com dois reveses.
- Junto com 2011, esse é o melhor ano da minha carreira. Não
sei como vou continuar em Roland Garros, mas obviamente estou com bastante
confiança. Espero seguir assim – afirmou o líder do ranking, depois do título
do Masters 1000 de Roma, no último domingo.
Djokovic repetiu alguns números de 2011 e melhorou
em certos aspectos pela maior agressividade em quadra. Por exemplo,
aplicou mais aces (190 contra 155) e teve
maior aproveitamento nos pontos de segundo serviço (60% contra 56%),
sinais do trabalho de Boris Becker, ex-número 1 do mundo e treinador do
sérvio ao lado de
Marian Vajda.
- Hoje o Djokovic é um jogador sem pontos fracos a serem
explorados. É o tipo de jogador mais difícil de ser batido. Ele tem uma das
melhores devoluções do circuito, o saque dele melhorou, tem a movimentação e flexibilidade
espetaculares, consegue contra-atacar muito bem... Ele também agregou, desde
que começou a treinar com o Vajda, e agora com o Becker, uma leitura tática que
não tinha. Por exemplo, ele agora enfrenta o Federer de uma maneira diferente
de antes, por isso consegue ganhar. É a evolução mesmo, ele consegue fazer
tudo bem – analisou Narck Rodrigues, comentarista do SporTV.
Por duas vezes, Djokovic alcançou a decisão de Roland Garros. Em ambas
teve que se contentar com o vice-campeonato. Em 2012 e em
2014, perdeu a briga pelo título para Rafael Nadal, nove vezes campeão do Grand
Slam francês. E os dois podem se enfrentar já nas quartas-de-final da atual edição.
Novak Djokovic comemora vitória em Roland
Garros em um jogo no ano de 2011
(Foto: Reuters)
Caso o sérvio conquiste o troféu, ele vai se tornar o oitavo
tenista a completar o “Career Slam”, ou seja, ganhar todos os Grand Slams pelo
menos uma vez. Nole é dono de oito títulos nos torneios desse naipe: cinco do
Aberto da Austrália, dois de Wimbledon e um do US Open. O grupo atualmente
conta com Fred Perry (1935), Don Budge (1938), Rod Laver (1962, 1968), Roy
Emerson (1964), Andre Agassi (1999), Federer (2009) e Nadal (2010).
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