terça-feira, 21 de abril de 2015

Evolução de Rocha desde 2013 se reflete nos números na Libertadores

Em time que tinha quarteto ofensivo como diferencial, lateral ficou fora só da finalíssima. Eliminação de 2014 e derrotas em 2015 não tiveram jogador em campo


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Belo Horizonte

 
Desde a conquista da Taça Libertadores 2013, principal título da história do Atlético-MG, o clube passou por reformulações em seu elenco, na comissão técnica e até na presidência. Alguns dos atletas campeões, naquele ano, estiveram presentes também na eliminação para o Nacional de Medellín, em 2014, e seguem fazendo parte do grupo que esta numa situação difícil na edição atual - o Galo precisa vencer o Colo-Colo, quarta, no Independência, por mais de um gol de diferença para chegar às oitavas de final. Um deles é Marcos Rocha, que vem ganhando destaque e importância na equipe desde a conquista frente ao Olímpia.

Lateral Marcos Rocha comemora gol na vitória do Atlético-MG sobre a URT, no Independência (Foto: Bruno Cantini/CAM)
Marcos Rocha se tornou um dos principais 
jogadores do Atlético-MG (Foto: 
Bruno Cantini/CAM)


Na campanha de 2013, que teve como protagonistas o quarteto formado por Ronaldinho, Tardelli, Bernard e Jô, além do goleiro Victor, o lateral-direito esteve em campo em todos os jogos, exceto na finalíssima. No ano seguinte, quando o Galo caiu nas oitavas de final, Marcos Rocha ficou fora das duas últimas partidas. Agora, em 2015, convivendo com lesões, o time alvinegro perdeu três dos cinco jogos, todos sem a presença do jogador.


Galo e Rocha na Libertadores
13 vitórias
05 empates
03 derrotas

Galo sem Rocha na Libertadores
01 vitória
01 empate
03 derrotas

Aproveitamento
Ao todo, desde 2013, o Atlético-MG disputou 27 partidas pela Libertadores, alcançando 14 vitórias, seis empates e sete derrotas. Deste total, Marcos Rocha participou de 21 jogos, e só não esteve em campo em uma das vitórias, justamente frente ao Olímpia, que valeu o título, dentro do Mineirão. Esta foi a única vitória do Atlético-MG sem o camisa 2 desde 2013, que ainda somou cinco empates e somente três derrotas no ano em que foi campeão.

Mas, mais do que os números, a evolução do jogador e de sua importância para o time se evidenciou com o passar dos anos. Em 2013, o trabalho de Marcos Rocha acabou ofuscado pelo desempenho do quarteto ofensivo e das defesas do goleiro Victor, e também pela dificuldade na parte defensiva. Já em 2014, sob o comando de Paulo Autuori, o lateral corrigiu essa falha e, em diversas oportunidades, atribuiu sua melhora ao treinador, muito contestado pela torcida.

- O Paulo teve um fator importante na passagem no Galo, conversou comigo, me orientou bastante na parte defensiva. Eu consegui assimilar alguns detalhes. Comecei também a me observar mais, procurando fazer melhor na parte defensiva. Graças a Deus, com essa combinação das minhas observações e dos conselhos dos treinadores, consegui levar para dentro de campo para fazer meu melhor ofensivamente e defensivamente – disse à época.  

Marcos Rocha, do Atlético-MG, reforça proteção no tornozelo (Foto: Léo Simonini)
Marcos Rocha reforçou a proteção no tornozelo 
durante o treino dessa segunda 
(Foto: Léo Simonini)


Coincidência ou não, o Atlético-MG acabou eliminado nas oitavas de final da competição sem a presença do jogador, que havia sofrido uma lesão muscular na última partida da fase de grupos. Contra o Nacional de Medellín, o time perdeu por 1 a 0, na cidade colombiana, e depois empatou em casa por 1 a 1, saindo precocemente da competição. Com ele dentro das quatro linhas, o Galo tinha acumulado três vitórias e três empates.

A pancada foi realmente forte. Eu, que dificilmente saio dos jogos, saí porque senti muitas dores. Prefiro ter cautela nesse momento para não criar expectativa para mim e para o torcedor.
Marcos Rocha


Se 2014 mostrou uma tendência, a Libertadores deste ano tem sido uma comprovação. Marcos Rocha se machucou antes da estreia na competição continental, no duelo contra o Democrata GV, pelo Estadual. Fora das partidas contra Colo-Colo e Atlas, o Atlético-MG acabou derrotado em ambas as partidas. O jogador se recuperou, entrou em campo nos dois jogos contra o Santa Fé e foi determinante nos dois triunfos sobre o time colombiano.   

No primeiro jogo das semifinais do Campeonato Mineiro contra o Cruzeiro, o lateral sofreu uma lesão no tornozelo direito e ficou fora da partida contra o Atlas, em Guadalajara. Outra derrota do alvinegro em uma partida que pouca coisa deu certo. Com uma semana até o duelo decisivo frente ao Colo-Colo, onde o Alvinegro tem que ganhar por mais de um gol de diferença, o lateral adota a cautela quanto ao retorno.

- A pancada foi realmente forte. Eu, que dificilmente saio dos jogos, saí porque senti muitas dores. Prefiro ter cautela nesse momento para não criar expectativa para mim e para o torcedor.

Marcos Rocha e Edcarlos, do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)Antes de se machucar, Marcos Rocha vinha em um bom momento (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)


Fora do clássico de domingo por causa da lesão, o Atlético-MG até conseguiu vencer, de virada, por 2 a 1. Carlos César foi o titular e não comprometeu, mas caso o titular não se recupere, ele também não poderá atuar, já que ficou fora da lista de 30 inscritos na Libertadores.

O trabalho para que o tornozelo se recupere vem sendo feito. Nessa segunda, o lateral correu ao redor do gramado, mas mostrou certa dificuldade e continua a ser dúvida. Como existe a possibilidade de veto, o argentino Lucas Pratto reconhece que a perda é grande.

- Sim, ele faz falta. O Marcos está totalmente adaptado e é um jogador que vem sendo o melhor do Brasil nos últimos anos, difícil de substituir. Patric e Carlos César são similares, mas com outras características, e temos que nos adaptar. Mas é difícil substituir o Marcos Rocha, e quem entrar no lugar vai ser falado, ele defende bem e, no ataque, faz a diferença. Por isso temos que apoiar quem jogar.


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