Carol Barcellos mostra dificuldades da prova disputada na Amazônia e explica como a comunidade local ajuda a incentivar os participantes durante o desafio na selva
Correr uma ultramaratona no coração da selva amazônica é um
desafio para poucos e, além da resistência física, quem aceita percorrer os 127km
da Jungle Marathon também precisa superar a falta de estrutura local. Nessa
situação, até mesmo um simples banho se torna um artigo de luxo onde os atletas
dependem da hospitalidade das comunidades locais. Durante os quatro dias que os
repórteres Clayton Conservani e Carol Barcellos passaram na corrida para uma reportagem do Planeta Extremo, a única
maneira de usar um chuveiro era quando um morador cedia seu banheiro para os
participantes (confira no vídeo abaixo).
- Pelo menos, ao fim do dia a gente consegue tomar um banho.
Refresca, dá para dormir melhor e você consegue saber que vai começar o outro
dia melhor. Esse banheiro é daquela casa, e um morador emprestou pra gente tomar
banho, emprestou para todo mundo que está na corrida. É uma corrida que a gente
precisa da ajuda de muita gente, e todas as comunidades que estamos passando na
Amazônia têm ajudado muito. Não só incentivando, mas também emprestando a casa
deles - disse Carol Barcellos.
Carol usa chuveiro emprestado por morador durante corrida na Amazônia (Foto: Reprodução)
Por se tratar de uma área de preservação ambiental, os
vilarejos são muito simples, mas os moradores compensam a falta de recursos com
palavras de incentivo e, até mesmo, cedendo suas casas. Grande ajuda, já que os corredores passam a maior parte das noites da
competição dormindo em redes no meio da mata.
- Não tem tanto conforto quanto você precisaria para se
recuperar da corrida que a gente está enfrentando, mas a gente vai se
acostumando e chega tão cansado que você acaba relaxando.
Dormir no chão não era uma possibilidade, e o mosquiteiro, já
acoplado ao equipamento, se tornou um item indispensável devido à grande
quantidade de insetos, além de aranhas e cobras. Mas, sair da rede nem sempre
era uma tarefa fácil.
- Na rede, você até se sente protegido, mas aquela hora de
madrugada que você tem que levantar para fazer xixi, ou para sair da rede por
algum motivo, eu sempre dou uma olhadinha antes no chinelo, pra ver se não tem
nada no chinelo. É a hora que eu mato a saudade também, fico lendo as mensagens
e descanso para fazer a próxima etapa.
Carol se emociona ao cruzar a linha
de chegada (Foto: Divulgação)
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