domingo, 9 de novembro de 2014

De aniversário, Felipão vê goleada em Gre-Nal como o "ápice da carreira"

Treinador revela que mudou time após conversa no sábado, dedica triunfo a Koff e avisa que pediu respeito na comemoração: "Sei o que é ser respeitado numa derrota"


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Porto Alegre

 

Luiz Felipe Scolari completou 66 anos neste domingo. Uma idade suficiente para ter visto quase tudo na vida. Quase. Mesmo com conquistas do quilate de Libertadores e Copa do Mundo, o treinador do Grêmio encarou o 4 a 1 aplicado pelo Grêmio sobre o Inter no Gre-Nal deste domingo, pela 33ª rodada do Brasileirão, como o "ápice da carreira".

- Foi o ápice, a coroação de uma carreira, que eu nunca achei que ia acontecer, vencer um Gre-Nal pelo Grêmio, o time do meu coração, no meu aniversário, e ainda por 4 a 1. Eu devolvo ao Grêmio a possibilidade de eles acreditarem no trabalho que está sendo feito - afirmou, na sala de conferências da Arena.

Emocionado com o contexto da vitória, diante de um jejum de mais de dois anos em Gre-Nais despedaçado, Felipão tratou de dedicar a vitória a Fábio Koff, o presidente mais vitorioso da história do clube e que ainda não havia vencido clássicos em seu atual mandato:

- Fico feliz de ter ganho por 4 a 1 porque era o último jogo do Dr. Fábio e poderia devolver o 4 a 1 que recebeu. Pode ficar tranquilo, Dr. Koff, fizemos a nossa parte.

Felipão Scolari Grêmio x Internacional (Foto: Getty Images)
Felipão orienta time no Gre-Nal 403, na 
Arena (Foto: Getty Images)


Coube espaço até a uma revelação. Felipão disse que escalaria Alan Ruiz, que entrou no segundo tempo e fez dois gols, como titular. Resolveu mudar o time após conversar com o grupo no sábado à noite, assustado que ficou com a atuação no treino de sexta-feira.

- Eu penso, não porque a vitória aconteceu dessa forma, ela começou a ser construída com o trabalho. Foi concluída na véspera do jogo, com péssimo treino, horrível. Aí comecei a raciocinar com o Inter. Se a gente ia jogar com três jogadores no ataque, mais o Barcos, se não correríamos muitos riscos. Colocamos isso no sábado à noite e houve uma intervenção muito boa deles, até de quem não ia jogar.

Por fim, o treinador disse que tentou frear a empolgação que quase virou declarada provocação aos rivais, após o 4 a 1. Numa referência velada ao 7 a 1 que tomara pela Seleção na Copa do Mundo há quatro meses, disse que é preciso saber respeitar o oponente castigado.

- Os atletas comportaram-se muito bem. Peço desculpas se houve ânimos exaltados após o 4 a 1. Sei o que é ser respeitado numa derrota. Sei como é. Por isso, pedi para eles se acalmarem. 

Felipão, Scolari e Dalessandro, Grêmio x Internacional (Foto: Marcos Cunha / Ag. Estado)
Felipão com D'Alessandro no Gre-Nal 
(Foto: Marcos Cunha / Ag. Estado)


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