Atleta de paracanoagem foi impedido de embarcar em aeronave da TAM, que estava sem equipamento necessário, e precisou esperar o voo seguinte para viajar
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A noite de sexta-feira não foi fácil para o tetracampeão brasileiro de paracanoagem, Fernando Fernandes. O atleta foi impedido de embarcar em um voo no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por falta de equipamento para transportá-lo da pista para a aeronave. Com isso, ele precisou esperar um voo seguinte da mesma companhia para conseguir ir ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Fernando divulgou o ocorrido em sua conta no Facebook e recebeu mais de mil mensagens de apoio após o desabafo.
Em sua última postagem, o atleta de 33 anos agradeceu às mensagens dos internautas e informou que irá atrás de seus direitos, dando voz a outras pessoas com necessidades especiais que precisam lutar contra as dificuldades do dia a dia. Fernando também explicou que decidiu esperar o voo seguinte para não atrapalhar os outros passageiros, apesar de seu constrangimento.
- Indignação!!! Depois de passar vários minutos na porta da aeronave e ser impedido de subir pois a TAM não possui Ambulift e nenhum outro sistema para que possa entrar na mesma; e os funcionarios não podem auxiliar pois essas são as novas regras na ANAC. Para não causar transtorno aos outros passageiros decidi então que perderia esse voo e com muito constrangimento peguei o próximo. Quero agradecer a todos pelas palavras e opiniões e tenha certeza que irei atrás dos meus direitos pois se eu me calar nesse momento estarei tirando voz de uma grande parcela da sociedade que às vezes não tem a força necessária para lutar contra esses "ambiciosos canibais" que colocam os valores financeiros à frente do respeito ao ser humano!!! - postou em sua conta no Facebook.
Fernando Fernandes faz desabafo após ser
impedido de embarcar em voo da Tam
(Foto: Reprodução / Facebook)
O GloboEsporte.com tentou entrar em contato com Fernando Fernandes, mas não obteve sucesso até o momento. Segundo a Tam, o atleta conseguiu embarcar no voo seguinte rumo ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Questionada sobre o episódio, a companhia informou que "lamenta o episódio e que entrará em contato com o cliente para avaliar o ocorrido". A empresa ressaltou que "segue rigorosamente as normas estabelecidas pela resolução 280 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que dispõe sobre os procedimentos relativos à acessibilidade de passageiros com necessidade de assistência especial".
De acordo a resolução, em vigor desde janeiro deste ano, é obrigação dos aeroportos ter um ambulift para atender passageiros com necessidades especiais. A resolução vigente estabelece que é proibido carregar manualmente o passageiro, exceto nas situações que exijam a evacuação de emergência da aeronave. Segundo o texto, aeroportos com movimento superior a 2 milhões de passageiros são obrigados a dispor do equipamento. Os aeroportos que descumprem a regra estão sujeitos ao pagamento de uma multa de até R$ 25 mil.
FONTE:
http://glo.bo/1sYJLmt
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