sábado, 18 de outubro de 2014

Canindé celebra resposta do Santa Cruz após greve durante a semana

Técnico chegou a ser chamado de "burro" pela torcida, mas fez duas mexidas que mudaram o rumo do jogo contra o Vasco na Arena PE: "Mexo com o brio deles"


Por Recife



Quando chamou Renatinho, aos 33 minutos do segundo tempo, o técnico Oliveira Canindé ouviu gritos de "burro" de uma pequena parte da torcida do Santa Cruz. Porém, aos 40 minutos, veio a resposta. O baixinho deu o passe para o gol da vitória sobre o Vasco, por 1 a 0, marcado por Cassiano. O treinador minimizou as vaias e explicou o motivo de colocá-lo em campo.

- Wescley estava cansado e falei para Renatinho jogar como meia e não como um ponta, que ele não é ponta. A partir do momento em que ele tiver a bola, tinha de jogar como meia. Tirei Danilo Pires (Cassiano entrou no seu lugar) em um momento crucial. Teria de ser naquele momento porque eu tinha o passe curto de Aílton e o longo de Renatinho. Isso acabou dando certo.

O técnico também afirmou que esteve em dúvida sobre quem colocaria no lugar de Danilo Pires: Pingo ou Cassiano disputavam a vaga na mente do treinador, antes de ele optar pelo autor do gol da vitória.



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- Tava mais para Pingo ou Cassiano. Fiquei na dúvida porque precisávamos de uma flecha, um jogador que tivesse poder de decisão e que jogasse como segundo atacante. Aí seria Pingo, mas eu optei por Cassiano pela força e também para poder brigar no jogo aéreo. Foi como uma luz (a escolha por Cassiano).

O fato de ter deixado Cassiano no banco em cinco jogos até decidir acioná-lo contra o Vasco também foi minimizado por Canindé, que exaltou a força do grupo do Santa Cruz.

Santa Cruz x Vasco Canindé (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Canindé vibra com vitória do Santa Cruz na 
Arena Pernambuco (Foto: Aldo 
Carneiro/Pernambuco Press)


- Falei para eles: é como grupo que temos de prevalecer. É o coletivo. Às vezes, quem vai resolver é um jogador que nem sendo relacionado está sendo. Por isso que eu mexo com o brio deles.

Outro ponto que o treinador exaltou foi a vontade dos jogadores, que não foi abalada mesmo depois da última quinta-feira, por conta dos salários atrasados. E a força da torcida, que compareceu em um bom número à Arena Pernambuco (foram 24.283 pagantes), também mereceu elogios de Canindé.

- Aquilo tudo que aconteceu não abala o grupo. Eu sei disso. O lado bom foi eles terem mostrado unidade. Queremos fazer a diferença pelo conjunto. Eu disse: eu tenho orgulho de vocês. Agora vão lá e honrem essa massa. Depois do gol, eu não conseguia mais falar com eles porque o barulho da torcida foi ensurdecedor. E eu quero que o torcedor nos reforce, acreditando em algo que é difícil, mas não é impossível.


FONTE:
http://glo.bo/1sAYCSg

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