domingo, 28 de setembro de 2014

Luxa trata jejum com naturalidade e vê justiça em vitória do Bahia

Treinador diz que derrota na Fonte Nova não é anormal, lamenta má pontaria nas finalizações mantém tranquilidade após quarto jogo sem vencer: "Futebol é assim"


Por Salvador



A fase mudou. O Flamengo avassalador de Vanderlei Luxemburgo, de seis vitórias nos sete primeiros jogos do Brasileirão, encara seu primeiro momento de maior pressão. Dos últimos 21 pontos, somente seis foram conquistados. Entretanto, o treinador mantém a postura do período em que estava em alta: é preciso equilíbrio. Em uma rara entrevista em que não citou a "zona da confusão", Luxa tratou com naturalidade o revés por 2 a 1 para o Bahia, neste domingo, na Fonte Nova, pela 25ª rodada, em discurso para evitar que o Rubro-Negro não saia dos trilhos.

Se não foi tão produtivo como nos outros tropeços recentes, para Grêmio e Goiás, o Flamengo ao menos não se privou de buscar uma reação diante de uma Fonte Nova lotada. Principalmente no segundo tempo. Os cariocas finalizaram o dobro do time da casa (16 a 8), mas não foram felizes. Tranquilo, Luxa analisou a partida:

- Acho que o Bahia mereceu o resultado. Finalizou menos, mas com eficiência. Sofremos dois gols por erros de posicionamento. O nosso segundo tempo foi melhor, mas no contexto geral, o Bahia foi melhor.

Depois de rodadas com polêmicas envolvendo a arbitragem em lances contra e a favor, o treinador do Flamengo admitiu que houve, sim, pênalti de João Paulo em Railan, em lance determinante para o placar final. Agora, o time carioca volta o foco para Copa do Brasil, embarca para Natal na segunda-feira e encara na quarta o América-RN, pelas quartas final da competição.

No Brasileirão, o próximo compromisso é diante do Santos, sábado, no Maracanã, em partida que deve marcar o jogo 500 de Léo Moura pelo clube.



Pênalti determinante para o resultado
 - A substituição do Wallace foi ruim. É sempre ruim perder jogador por lesão. O pênalti existiu e em uma bola do zagueiro lançando para o lateral. Precisávamos de um posicionamento melhor, mas foi mérito do adversário também. Tirei o Elton porque não adiantava ter jogador na área sem chegar pelo lado. Coloquei o Gabriel, que carrega mais a bola, e o cruzamento foi um pouco mais da linha  (no lance do gol). Isso é o que estou querendo. O Eduardo (da Silva) pediu para sair. Não é nada anormal perder para o Bahia aqui.


Quatro jogos sem vencer
- O Flamengo é assim, te bota no céu e no inferno em três, quatro jogos. Acho que está dentro de uma normalidade. Temos uma gordura para queimar, mas temos que terminar essa fase difícil da competição. Temos o Santos em casa, Figueirense fora, Cruzeiro... Agora, temos a Copa do Brasil agora para ver o que fazer.


Wallace lesionado
- Ainda não fizemos uma avaliação, mas pelo que vi, ele está fora do jogo de quarta-feira.


Ausência de Cáceres
- O Cáceres é o primeiro volante. Tive dois jogadores ali, mas com maior qualidade e não tanto poder de marcação. Até gosto de jogar assim. Não optei pelo Amaral ou Recife para poder puxar um pouco mais o contragolpe ali. Tanto Márcio quanto Canteros têm uma saída de bola boa.


Problemas de saúde de treinadores
- Nós não somos mais nenhuma criança. Esse tipo de problema existe com o técnico, a faxineira, o médico, o repórter, todo mundo... O que aconteceu com o Muricy acontece no mundo muitas vezes ao mesmo tempo. Não é por causa dessa pressão, para a qual estamos preparados. Esse é um percentual normal da população mundial. O que o Joel teve, eu já tive lá atrás e não precisei operar. Eu tenho 62 anos, o Muricy deve ter 61 ou 62, e são coisas que acontecem, não por causa do futebol. Às vezes, um cara morre de infarto por subir a escada. Teve o menino que morreu no São Caetano (Serginho). O futebol mexe muito com a pressão, mas não quer dizer que seja por causa disso.


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