Juiz questiona valor de fiança e legalidade da manutenção dos infratores em presídio, mas determina que todos compareçam a delegacia em dia de jogos da dupla Gre-Nal
Para o autor da decisão, o juiz da 2ª Vara Criminal e Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, Carlos Francisco Gross, "não existe autorização legal" para que o grupo prosseguisse em celas do presídio, apesar da possível "gravidade, violência, barbárie, ausência de justificativa, risco de novas infrações e mesmo intensa rivalidade entre torcidas". O magistrado avaliou que o caso, de acordo com a legislação, prevê que os suspeitos sofram medidas alternativas como a proibição de comparecer a jogos no Beira-Rio.
O juiz ainda questionou o valor da fiança, estipulada em R$ 10 mil, e não paga pelos torcedores, o que acarretou nas prisões.
- Mostra-se desarrazoado manter a prisão somente porque não satisfeita a fiança fixada em R$ 10 mil para cada torcedor, quantia incompatível com o numerário disponível pela maioria dos cidadãos - diz a decisão.
Os envolvidos, de acordo com a Justiça, estão obrigados até o fim da tramitação do processo sobre as prisões, a comparecer e permanecer em uma delegacia duas horas antes e duas horas depois de jogos do Grêmio e Inter.
Briga teria envolvimento de mebros de
torcida organizada
(Foto: Arquivo pessoal)
O Ministério Público (MP) defende a responsabilização das torcidas organizadas pela briga envolvendo torcedores do Inter, que invadiram uma loja de conveniência de um posto de gasolina de Porto Alegre após a vitória do Inter sobre o Flamengo por 4 a 0, pelo Brasileirão, no último domingo. De acordo com o promotor José Francisco Seabra, seis dos 11 infratores enquadrados pela Polícia Militar por crime de formação de quadrilha e dano qualificado são cadastrados como membros de organizadas do Inter.
- Dos apreendidos, seis estavam no cadastro, mas é provável que todos sejam ao menos simpatizantes com as organizadas. Como está previsto no Estatuto do Torcedor, eles responderam por crime de tumulto, formação de quadrilha e dano qualificado e poderão ter o direito de ir ao estádio suspenso. Vamos averiguar a responsabilidade das organizadas e, se for o caso, também vamos suspender as organizações - afirmou, ao GloboEsporte.com.
Organizada nega participação
Nota da Guarda Popular (Foto: Reprodução/Facebook)
Eles usaram pedaços de pau e pedras. Além de causar danos, torcedores furtaram objetos e dinheiro do estabelecimento. Uma funcionária se feriu levemente ao levar uma pancada na cabeça. Os dados foram encaminhados para o setor de torcidas organizadas do Inter.
A Guarda Popular, uma das principais organizadas do clube, manifestou-se sobre o incidente em uma rede social. Segundo a nota publicada na última segunda-feira, nenhum dos integrantes da torcida participou do confronto. A Nação Independente, também citada pela polícia na confusão, não comentou o assunto publicamente.
- A imprensa está divulgando que torcedores da Guarda Popular se envolveram em uma briga pós jogo. É mentira! Nenhum dos torcedores cadastrados na torcida participaram do fato. Estávamos muito ocupados guardando nossos materiais, faixas, bandeiras e instrumentos, pois finalizada a festa no Beira-Rio, sempre ficamos mais tempo no estádio para organização de tudo. Sobre a grande homenagem ao Fernandão que organizamos, nenhum crédito a Guarda Popular na imprensa azul. Querem tirar o foco da festa que fizemos, tentando manchar o nome da torcida - disse a publicação.
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rs/noticia/2014/07/torcedores-do-inter-presos-apos-briga-sao-soltos-e-proibidos-de-ir-estadios.html
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