quarta-feira, 30 de julho de 2014

Em busca da jogada perfeita, Huertas estuda colegas para municiar seleção

Responsável pela criação do Brasil, armador se dedica a aprender como tirar o melhor de cada atleta da equipe nacional: "Eu estudo as características de cada um"


Por São Paulo


Marcelinho Huertas seleção brasileira basquete (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)Marcelinho Huertas é o condutor de jogadas da seleção (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)

Na seleção brasileira masculina, ninguém passa tanto tempo com a bola na mão como Marcelinho Huertas. Cabe a ele conduzir a equipe nacional dentro de quadra, em busca das melhores articulações de ataque. O capitão precisa conhecer muito bem os seus companheiros de time. Por conta disso, o jogador de 31 anos estudou diariamente os movimentos dos outros atletas nos treinamentos. A ideia era procurar aprender qual jogada cada um prefere e compilar na mente dele um arsenal de situações de jogo. Deu certo, e agora Huertas está doido para colocar o aprendizado em prática, com maestria, na Copa do Mundo, entre 30 de agosto e 14 de setembro, na Espanha. Uma amostra deste trabalho poderá ser vista no Super Desafio de Basquete, que reunirá Brasil, Argentina e Angola, entre quinta-feira e sábado, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

- Eu fico muito com a bola na mão e preciso tomar boas decisões, buscar os jogadores certos em cada momento dentro do jogo. Eu preciso estar sempre focado para buscar a jogada perfeita, a melhor opção. Eu estudo as características de cada um e busco encontrar em cada jogador o que ele faz de melhor em quadra. Com o que sei e aprendi, eu tento tomar sempre as melhores decisões e passar a bola na posição e no momento certos. Espero tomar as melhores decisões no Mundial - afirmou Marcelinho Huertas.


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O atleta que acabou de ser campeão espanhol com o Barcelona citou os outros quatro mais importantes jogadores da seleção para exemplificar o seu conhecimento sobre as melhores jogadas a serem construídas.

- Pivôs altos como Tiago (Splitter) e Nenê, gostam de situações de pick and roll. O Anderson gosta de jogar no contrapé. Ele se mexe muito bem sem a bola jogando nas costas dos pivôs.  O Leandrinho gosta de receber a bola em velocidade. Cada jogador tem uma característica e preciso saber buscar as muitas opções ofensivas.

Marcelinho Huertas seleção brasileira basquete (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)
Huertas orienta os companheiros de 
seleção durante treinamento (Foto: 
Gaspar Nobrega/Inovafoto)

Perto de disputar o seu terceiro Mundial com a seleção brasileira, Marcelinho Huertas repete constantemente que chegou a hora dessa geração conquistar a sua primeira medalha em um evento de primeiro escalão: Copa do Mundo ou Olimpíadas.

- A nossa ideia é fazer um grande papel e conquistar uma medalha. Queremos demonstrar que somos capazes de tudo e que temos talento, garra e caráter para levar o Brasil para o topo. Estamos treinando muito para chegarmos bem no Mundial. Esses amistosos no Rio, e depois fora do país, vão ser importantes na preparação.
Além de conduzir a seleção dentro da quadra, Marcelinho vai fazer o mesmo fora dela na Espanha. Como vive e joga no país europeu há dez anos, ele será um guia da delegação brasileira. Huertas vai também poder dar detalhes sobre os ginásios que serão usados na Copa, todos eles já utilizados pelo armador na Liga Espanhola.

- Isso vai ser muito legal. A Espanha é a minha segunda casa. No mundo do basquete, é a primeira, já que a maior parte da minha carreira eu vivi lá. 
Grande parte dos torcedores me conhece. É sempre jogar em um país que você já conhece e vou ter isso ao meu favor. Eu espero que esse meu conhecimento sobre a Espanha nos ajude - comentou Marcelinho.

Marcelinho Huertas Ruben Magnano seleção brasileira basquete (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto)
Marcelinho Huertas observa o técnico 
Rubén Magnano durante treino da 
seleção (Foto: Gaspar Nobrega
/Inovafoto)


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