Antigo camisa 14 não disputou o Pan-Americano de Caracas por pressões de seu clube na Itália, mas deixa pedido no passado: 'Não lembro como foi'
Artigo sobre a dispensa de Oscar em 1983
(Foto: Reprodução / Acervo Folha de São Paulo)
(Foto: Reprodução / Acervo Folha de São Paulo)
O pedido de dispensa de Oscar ficou para trás em meio às glórias do ala com a camisa da seleção. Agora, porém, o assunto volta à tona depois das críticas do Mão Santa aos jogadores que não foram para a Copa América, coincidentemente também em Caracas. Oscar se defende. Admite o pedido de dispensa, relembrado pelo jornalista Fábio Sormani em seu blog, mas ressalta seus números para comprovar que nunca deu as costas à seleção e voltar a atacar a geração atual, representada por Nenê.
- Pedi dispensa. No mesmo ano joguei o Sul-Americano, fui campeão e depois fui embora para a Itália. Não joguei o Pan-Americano. Mas joguei 326 jogos pela seleção em 20 anos. Na época, não lembro como foi. É bem diferente. O cara que é convocado 326 vezes e falta uma do que o outro que é convocado 20 e vem em 3. O Nenê pediu dispensa quase em todas as vezes, ele só veio nas Olimpíadas, no Mundial e no Pré-Olímpico. O fato é que ele não vem nunca. Isso é prejudicial para a seleção, pois ele é pivô, briga com outros pelo rebote, joga na NBA. Ele faz falta para essa seleção.
Nos arquivos dos jornais “Folha de S. Paulo” e “Estado de São Paulo”, a ausência de Oscar no grupo, que seria prata no Pan, era tratada sem tanto alvoroço.
- Na apresentação da seleção brasileira masculina de basquete, ontem, às 17 horas, no Monte Líbano para o início dos treinos com vistas aos Jogos Pan-americanos, o técnico Renato Brito Cunha foi surpreendido com o pedido de dispensa do jogador Oscar, que vai retornar à Itália, sendo solicitado pelo seu clube, na cidade de Caserta – dizia a matéria da “Folha”.
Na reportagem do “Estadão”, Oscar explicava o pedido de dispensa. Sem participar dos treinos, o eterno camisa 14 afirmava que seria injusto estar no grupo durante o Pan de Caracas.
- E o ala Oscar não foi dispensado pelo seu atual clube, o Intensite, da Itália. Segundo Britto Cunha, isso praticamente os afasta do Pan-Americano, “pois sem participar da preparação, é impossível incluí-los na delegação” – dizia o jornal.
Oscar é ovacionado no jogo entre Bulls e Wizards
na Arena da Barra (Foto: Thiago Lavinas)
na Arena da Barra (Foto: Thiago Lavinas)
- O povo entende tudo, não precisa falar nada. Nada – garantiu Oscar, que foi aplaudido de pé pelo público na Arena da Barra.
Oscar diz que as críticas são por conta da irritação com as atitudes de Nenê e Leandrinho. Afirma que tornou público seu descontentamento por não aprovar a postura dos jogadores.
- Você acha que eu estou feliz de falar mal do Leandrinho e do Nenê? Não. Eu estou irritadíssimo com esses caras. Isso só me faz mal. Parece que eu não tenho nada para fazer na vida e para isso tenho que me autopromover (risos) - ironizou, lembrando da crítica de Helinho, que acusou o ex-jogador de usar a polêmica para aparecer na mídia.
FOTE:
http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2013/10/oscar-admite-dispensa-em-83-mas-se-defende-com-numeros-bem-diferente.html
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