De terno e às escondidas, jogadores deixam local de ônibus e sem contato com público. Antes de receber delegação, hotel sofre ameaça de deputado
A Itália é a segunda seleção a chegar ao Brasil para a Copa das
Confederações. Depois do Taiti, há quatro dias hospedado em Belo
Horizonte, os italianos desembarcaram no Rio de Janeiro às 5h40m (de
Brasília) desta segunda-feira. E os primeiros passos no país foram às
escondidas. Com dois ônibus a sua espera ainda na pista do Aeroporto
Galeão, a delegação de aproximadamente 70 pessoas deixou o local sem ter
contato com o público e foi direto para o hotel Sheraton da Barra da
Tijuca - onde o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) apareceu com um rojão ameçando acordar os hóspedes
e prometeu voltar durante toda a semana para tirar o sono dos italianos
caso o hotel mantivesse ligado um gerador de energia que estaria
fazendo barulho excessivo.
A logística no desembarque frustrou cerca de 15 torcedores, na maioria
uniformizados, que aguardavam para ver os jogadores no saguão do
aeroporto. Diferente do Taiti, que usou traje turístico em sua chegada,
os italianos vieram todos de terno e gravata. E alguns misturaram
estilos, como Balotelli e seu boné virado para trás junto aos fones de
ouvido. Sorridente, o atacante foi um dos primeiros a descer do avião,
mas o contato foi restrito a representantes da Fifa e imprensa.
No saguão do aeroporto, entre descendentes e admiradores, teve até gente que pegou um voo para o Rio de Janeiro só para acompanhar o desembarque. Geovanni Vincenzo, de 24 anos, saiu de São Paulo para ver os jogadores, e vai voltar incrédulo na viagem. Trabalhador do ramo de confecção de roupas, ele prometeu voltar na terça-feira, após o amistoso entre Itália e Taiti em São Januário.
A frustração foi a mesma para os irmãos Rodrigo e Débora Perrotta,
filhos de pai italiano e que levaram um cartaz de boas-vindas: "A Itália
chegou, sim! Bem-vinda ao Rio!". A jovem, estudante de Leytras da Uerj,
começou a acompanhar futebol por causa do capitão da seleção italiana
no título Mundial de 2006, Fabio Cannavaro. Admiradora da beleza do
ex-jogador, ela fez curso de italiano para entender o que a imprensa
europeia falava do então zagueiro. Já o irmão, de 17 anos, é goleiro do
juvenil do Boavista e queria conhecer seu ídolo Buffon.
- Acompanho o Buffon desde antes da Copa de 2006. É um grande exemplo tanto dentro quanto fora de campo. Estava esperando realizar o sonho de encontrá-lo aqui, mas de qualque jeito comprei ingressos para o jogo de terça-feira e para a estreia da Coda das Confederações.
A tristeza foi a mesma para o casal Fabricio Rossi e Tatiana Michele, que planejou o encontro já temendo não ter a chance de ver a Itália no Rio de Janeiro em 2014.
- Era uma chance única de ver a Itália, não sei se ela vai estar aqui na Copa - lamentou o rapaz, filho de um italiano chamado Paolo Rossi que sofre até hoje no país por ter o mesmo nome do carrasco brasileiro no Mundial de 1982.
Torcedores levaram cartaz e bandeira paa o aeroporto: em vão (Foto: Montagem sobre fotos de Felippe Costa)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/2013/06/na-chegada-ao-rio-italia-desembarca-na-pista-e-frustra-torcida-no-aeroporto.html
Estiloso, Balotelli misturou terno e gravata com boné e fones de ouvido no desembarque (Foto: Reuters)
No saguão do aeroporto, entre descendentes e admiradores, teve até gente que pegou um voo para o Rio de Janeiro só para acompanhar o desembarque. Geovanni Vincenzo, de 24 anos, saiu de São Paulo para ver os jogadores, e vai voltar incrédulo na viagem. Trabalhador do ramo de confecção de roupas, ele prometeu voltar na terça-feira, após o amistoso entre Itália e Taiti em São Januário.
Deputado Jair Bolsonaro leva rojão a hotel onde vai
ficar hospedada a Itália no Rio (Foto: Vicente Seda)
ficar hospedada a Itália no Rio (Foto: Vicente Seda)
- Acompanho o Buffon desde antes da Copa de 2006. É um grande exemplo tanto dentro quanto fora de campo. Estava esperando realizar o sonho de encontrá-lo aqui, mas de qualque jeito comprei ingressos para o jogo de terça-feira e para a estreia da Coda das Confederações.
A tristeza foi a mesma para o casal Fabricio Rossi e Tatiana Michele, que planejou o encontro já temendo não ter a chance de ver a Itália no Rio de Janeiro em 2014.
- Era uma chance única de ver a Itália, não sei se ela vai estar aqui na Copa - lamentou o rapaz, filho de um italiano chamado Paolo Rossi que sofre até hoje no país por ter o mesmo nome do carrasco brasileiro no Mundial de 1982.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/2013/06/na-chegada-ao-rio-italia-desembarca-na-pista-e-frustra-torcida-no-aeroporto.html
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