domingo, 14 de abril de 2013

Timão leva virada do Linense, volta a perder após 10 jogos e cai na tabela

Corinthians tem série invicta encerrada e depende de vitória e combinação de resultados na última rodada para entrar no G-4 do Paulistão


 A CRÔNICA

por GLOBOESPORTE.COM

A vaga nas quartas de final já estava assegurada desde a última rodada, mas os planos de entrar no G-4 foram frustrados na tarde deste domingo. Inconstante mesmo com seu time completo, à exceção dos lesionados Cássio e Fábio Santos, o Corinthians saiu na frente, mas cedeu a virada e foi derrotado por 2 a 1 para o Linense, no estádio Gilberto Siqueira Lopes, em Lins, e perdeu a chance de chegar à quinta vitória consecutiva pela primeira vez na temporada. A equipe não era derrotada havia 10 jogos. Pato entrou no segundo tempo, mas não conseguiu mudar o panorama da partida.

O Timão até começou bem. O primeiro gol demorou apenas dois minutos para sair. Paolo Guerrero, maior artilheiro da equipe na temporada, deixou sua marca mais uma vez. A parceria com Emerson Sheik funcionou na etapa inicial, mas caiu de produção no segundo tempo. Fatal para o mau resultado.

O time do interior não apostou em contra-ataques ou em postura cautelosa para vencer o Corinthians. Foi para cima desde o primeiro minuto, e atingiu seu objetivo baseado em vacilos da defesa alvinegra, somados às defesas do goleiro Leandro Santos, que salvou cabeças à queima-roupa de Paulo André e Alexandre Pato. O atacante, que entrou no segundo tempo, sofreu um pênalti não marcado pelo árbitro Leonardo Ferreira de Lima.

O Timão caiu para a sexta colocação do Campeonato Paulista, com 32 pontos, e vai para a última rodada dependendo não só de uma vitória, mas de uma combinação de resultados para entrar no G-4. A equipe fecha sua participação na primeira fase do estadual contra o Atlético Sorocaba, domingo, às 16h, no estádio do Pacaembu. Ainda com chances de entrar no G-8, o Linense pega o Mirassol, fora de casa, no mesmo dia e horário.

Emerson Sheik, Linense x Corinthians (Foto: Fernando Calzzani/Agência Estado)Emerson Sheik teve boa atuação no primeiro tempo (Foto: Fernando Calzzani/Agência Estado)

Pato? Guerrero e Sheik resolvem

Pela primeira vez na temporada, o atacante Alexandre Pato ficou no banco de reservas em uma partida no interior do São Paulo. Principal reforço do Corinthians para 2013, o jogador de R$ 40 milhões ficou como suplente – Emerson Sheik e Paolo Guerrero, titulares na vitória por 3 a 0 sobre o San José, da Bolívia, foram escolhidos pelo técnico Tite para começar o jogo em Lins. E corresponderam às expectativas do treinador.

A dupla precisou de dois minutos para mostrar que os torcedores do Timão, que compareceram em bom número ao estádio do adversário, não precisavam sentir saudade de Pato na formação principal. Em jogada individual de Sheik pela esquerda, cruzamento preciso para Guerrero, que aproveitou o escorregão do zagueiro Fábio Lima para dominar e colocar a bola na rede pela 11ª vez neste ano.

Maior artilheiro do Corinthians na temporada, o peruano não foi o principal nome da etapa inicial. Com disposição impressionante, Emerson infernizou a zaga do Linense do apito inicial até o intervalo. Correu, chamou o jogo, driblou, sofreu faltas... Ao seu estilo, partiu para cima. Provou que a má fase vivida no início da temporada está encerrada. E que Tite terá muita “dor de cabeça” para definir o setor ofensivo alvinegro.

Do banco de reservas, Pato se transformou em uma espécie de auxiliar técnico. Vibrante e atento, o camisa 7 se agitou com os lances de perigo do Timão e orientou os companheiros por diversas oportunidades, gesticulando e tentando ser ouvido. Nada de frustração ou expressão de poucos amigos por ficar no banco. Senso de coletividade valorizado por Tite desde que chegou ao clube, e que norteia seu trabalho de administrar os egos de seus atletas.

O Linense não se abalou com o balde de água fria na primeira vez em que foi atacado na partida. Mesmo com a desvantagem no placar, a equipe apostou nos chutes de longe e nos cruzamentos para assustar o goleiro Danilo Fernandes em alguns momentos. Na principal chance, Gilsinho cabeceou à queima-roupa, mas errou a mira. A movimentada etapa inicial acabou com uma boa cobrança de falta de Paulinho, que quase marcou o segundo do Timão, mas parou nas mãos do goleiro Leandro Santos.

Queda de rendimento e virada

Se a intenção do Corinthians era administrar a vantagem no segundo tempo, o projeto caiu por terra quando o relógio marcava dez minutos de bola rolando. Em cruzamento de Tarracha, Marcelo aproveitou a desatenção de Alessandro – adaptado à lateral esquerda neste domingo, pela ausência da Fábio Santos – e cabeceou dentro da pequena área. Danilo Fernandes espalmou, a bola bateu no travessão e sobrou para João Sales, em cima da linha, empatar a partida.

A reação do técnico Tite foi imediata. Com o Linense mais paciente, trabalhando mais as jogadas, trocando passes e arriscando menos chutes de longe, o Corinthians precisava de alguém para resolver a partida - para vencer e entrar no G-4 do Campeonato Paulista, a apenas uma rodada do fim. Por isso, o comandante abdicou da marcação no meio-campo, sacou Jorge Henrique e lançou Alexandre Pato.

Os donos da casa não se intimidaram. Longe disso. Se o Timão precisava dos três pontos por uma melhor posição, para ter vantagem nas quartas de final do estadual, o Linense tinha o mesmo objetivo. A vontade se transformou em realidade pelos pés de Leandro Brasília, que deixou a zaga alvinegra aos seus pés e, com calma, virou o jogo.

O tom dramático da partida aumentou quando Marcelo, lateral adaptado como zagueiro do time de Lins, foi expulso. Tite decidiu apostar todas as suas fichas: promoveu a estreia do jovem Paulo Victor, das categorias de base, no lugar de Ralf. Ao lado de Pato, Guerrero e Sheik, o jovem era o quarto atacante em campo pelo Corinthians.

Na reta final, quem decidiu foi o goleiro Leandro Santos, defendendo cabeçadas de Paulo André e Alexandre Pato no puro reflexo. O camisa 7 sofreu pênalti, não marcado pelo árbitro Leonardo Ferreira de Lima. Cobrou faltas, mas mandou para fora. Não conseguiu decidir. Paulo Victor até que foi bem, mas sua atuação foi ofuscada. Não era dia de Timão.


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