Destaque pelo Goytacaz, ‘Matador’ dá de ombros para padrões de beleza e encara ensaio para passar carreira a limpo 11 anos após ser febre no Brasil
Há quem diga que a beleza está nos olhos de quem vê. E Clodoaldo
acha lindo o que enxerga no espelho. Onze anos depois de virar febre no
Brasil ao ter seus gols pelo Fortaleza embalados pelo refrão que o
define como “terror” e “matador”, o meia-atacante está novamente em alta
pelo que faz em campo. Aos 34 anos, é um dos destaques da Série B do
Campeonato Carioca, com a camisa do Goytacaz. No período que separou o
hit futebolístico do sonho de jogar no Rio de Janeiro, envolveu-se em
acusações de treinar bêbado e falta de pagamento de pensão alimentícia
para a ex-mulher. Altos e baixos que não o impedem de afirmar: nunca
saiu de moda.
Clique no mosaico abaixo e confira a galeria com o ensaio de moda de Clodoaldo!
Do alto de seu 1,61m, Clodoaldo passa longe dos padrões de beleza
estabelecidos pela sociedade. O corpo franzino e as marcas na pele, por
sua vez, em nada afetam a vaidade do “Matador”. Com a autoestima em
alta, ele recebeu o GLOBOESPORTE.COM em Campos dos Goytacazes para
passar a limpo a carreira: esquivou-se dos erros do passado, mostrou-se
ambicioso para o futuro e revelou a faceta galã em um ensaio de moda.
- Eu me acho bonito, rapaz! Como não? Uso hidratante, xampus, cremes para dar uma melhorada ainda maior no visual. Sou de um estilo mais esportivo e me adapto às ocasiões. Danço de acordo com a música. Sou bastante vaidoso. Às vezes, minha esposa até brinca: “Vai arrumado desse jeito para o trabalho para quê?”. Mas eu sou muito vaidoso. Gosto de me vestir bem, usar coisas boas, até por conta da minha imagem. Quando chego a um lugar, as pessoas me olham de outra forma.
Muitos desses olhares diferentes são femininos, admite Clodoaldo. O casamento de oito anos com Cláudia, no entanto, colocou um ponto final na fama de goleador também fora dos campos do ídolo do Fortaleza.
- O assédio acontece, mas hoje estou tranquilo. Sei como me sair. Já fui pegador demais no início, era moleque, tudo veio muito fácil. Já tive fama de pegador, mas hoje estou quieto.
Vaidoso assumido, Clodoaldo se mostrou à vontade diante das lentes para seu primeiro trabalho como modelo. Mais do que isso, após uma timidez inicial, esbanjou empolgação e não descartou tentar a sorte na nova carreira após abandonar os gramados.
- No início, fiquei meio tímido. Mas fui me soltando no fim e gostei bastante. Espero repetir mais vezes. Tudo na vida é treinamento, costume. Tenho certeza de que, se eu me acostumar, fica fácil. Tenho potencial (para ser modelo), sim (risos).
Enquanto está distante das passarelas ou capas de revistas, Clodoaldo fala de futebol. Entre um clique e outro, com direito a quatro visuais diferentes, o meia-atacante revelou uma negociação frustrada com o Flamengo, o sonho de ainda defender um clube grande e se defendeu das acusações de problemas com o álcool. Confira o bate-papo:
Em 2002, você ganhou fama em todo o Brasil por conta da música
que a torcida do Fortaleza cantava em sua homenagem. Pouco mais de uma
década depois, você nunca jogou em um grande clube. Ao lembrar de tudo
que já passou, acha que chegou onde imaginou no futebol?
Clodoaldo: Estou muito tranquilo quanto a isso. Meus objetivos eram outros, mas, infelizmente, por alguns impasses, não pude ser negociado na época. Estou gostando do meu momento atual. É uma experiência nova, no Rio, era um sonho da minha vida jogar no futebol carioca, e as coisas estão acontecendo. Graças a Deus.
Qual ponto que deu errado nesse caminho, que te impediu de ter um sucesso maior?
O clube (Fortaleza) me atrapalhou. No momento em que eu devia sair, me seguraram, não liberaram. Apareciam oportunidades e mais oportunidades e em momento algum pensaram em mim, somente neles. Depois que as negociações não foram feitas, desanimei um pouco. Lutamos bastante para subir com a equipe (em 2002) e, no momento em que chegamos na Primeira Divisão, chegaram comandantes que me tiraram. Em momento algum respeitaram o que eu tinha feito pelo Fortaleza. Fui desanimando muito. Foi algo que mexeu comigo. O sonho que eu tinha de jogar em clubes grandes não se realizou e isso me decepcionou.
Você chegou a receber propostas concretas de grandes clubes?
Tive uma proposta do Flamengo. Eu ia para lá e o Roma iria para o Fortaleza. Mas houve o impasse do clube querer dois jogadores para me liberar. Acabaram não aceitando o acordo. Fui procurado também por clubes da Arábia e mais uma vez o clube não me liberou. Tudo isso mexeu muito comigo. Cheguei a conversar e falar: “Me deixa ir. Se não der certo, eu volto. Vocês ganham e eu ganho. Eu prometo”. Mas em momento algum pensaram em mim.
De alguma maneira o sucesso da música aumentou a expectativa sobre o seu futebol? Pode ter sido algo que também tenha prejudicado?
A música foi tudo de positivo na minha vida (relembre a música no vídeo ao lado). Por tudo que fiz, pelo reconhecimento que tiveram por mim. Em momento algum foi algo que me atrapalhou. Mas tudo aconteceu muito rápido e inesperado na minha vida. Vim de família humilde e, de repente, aconteceu aquilo tudo. Foi muito glorificante. A musiquinha foi feita pelo futebol que eu jogava.
Nos últimos anos, falou-se muito de você por problemas fora de campo. Seu nome foi envolvido em acusações de chegar para treinar alcoolizado, falta de pagamento de pensão... O que tem de verdade nisso tudo?
Fiquei muito visado em Fortaleza depois de tudo que fiz. Quando surgiu a musiquinha, eu não vivia. Não podia andar em lugares a que estava acostumado a ir. Virei celebridade, tive que mudar a forma de agir. Algumas coisas que os outros falam aconteceram algumas vezes. Não nego. Fiz coisas que não deveria ter feito, mas acabava que outros faziam a mesma coisa, e só falavam do Clodoaldo. A culpa era sempre minha. Isso me desgastou um pouco e me fez sair do foco para começar tudo outra vez.
y b
Você realmente teve problemas com álcool? É uma situação parecida com o Adriano?
Não me vejo como o Adriano. Não aconteceu nada demais. Fazia as coisas nos momentos em que eu podia, mas era sempre o mais visado. Fazia tudo na frente de qualquer pessoa. Eu sou assim. Faço o que acho que tem que fazer, independentemente de quem está me observando.
Onze anos depois da explosão, você está se destacando no Goytacaz. São cinco gols e uma das melhores campanhas da Série B do Rio. Até onde você acha que ainda pode chegar no futebol? Sonha com clube grande?
É um recomeço. As coisas estão começando a fluir bem e estou no Rio. Apesar de ser a Segunda Divisão, é uma vitrine. Pouco a pouco, estou conquistando o meu espaço no Goytacaz. Preciso manter a minha performance, tentar ajudar o grupo sem vaidade e alcançar meus objetivos. Sonho ainda jogar em clube grande, apesar de ter 34 anos. Não tenho tendência a engordar, o que facilita o meu físico.
Você é um cara vaidoso? Se acha bonito?
Eu me acho bonito, rapaz! Como não? Uso hidratante, xampus, cremes para dar uma melhorada ainda maior no visual. Sou de um estilo mais esportivo e me adapto às ocasiões. Danço de acordo com a música. Sou bastante vaidoso. Às vezes, minha esposa até brinca: “Vai arrumado desse jeito para o trabalho para quê?”. Mas eu sou muito vaidoso. Gosto de me vestir bem, usar coisas boas, até por conta da minha imagem. Quando chego a um lugar, as pessoas me olham de outra forma.
O que achou da experiência de viver um dia de modelo? Acha que dá para se aventurar na área?
No início, fiquei meio tímido. Mas fui me soltando no final e gostei
bastante. Espero repetir mais vezes. Tudo na vida é treinamento,
costume. Tenho certeza de que, se eu me acostumar, fica fácil. Tenho
potencial (para ser modelo), sim (risos).
Há 11 anos na mídia, como você lida com o assédio feminino? Faz o estilo pegador?
O assédio acontece, mas hoje estou tranquilo. Sei como me sair. Já fui pegador demais no início, era moleque, tudo veio muito fácil. Já tive fama de pegador, mas hoje estou quieto.
Para finalizar, você mantém o apelido “Matador” mesmo em uma época onde tudo é muito politicamente correto. Não acha que pode te prejudicar?
Eu gosto que me chamem de Matador. As pessoas sabem interpretar o que significa para o torcedor. É no sentido de fazer gols, belas jogadas. Fico feliz com isso.
* Agradecimento a Cipó Modas, de Campos dos Goytacazes
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/serra-lagos-norte/noticia/2013/04/em-dia-de-modelo-clodoaldo-tira-onda-fui-pegador-mas-estou-quieto.html
Clique no mosaico abaixo e confira a galeria com o ensaio de moda de Clodoaldo!
Novamente em alta, Clodoaldo "Matador" tem dia de modelo para falar da carreira (Fotos: Binho Dutra)
- Eu me acho bonito, rapaz! Como não? Uso hidratante, xampus, cremes para dar uma melhorada ainda maior no visual. Sou de um estilo mais esportivo e me adapto às ocasiões. Danço de acordo com a música. Sou bastante vaidoso. Às vezes, minha esposa até brinca: “Vai arrumado desse jeito para o trabalho para quê?”. Mas eu sou muito vaidoso. Gosto de me vestir bem, usar coisas boas, até por conta da minha imagem. Quando chego a um lugar, as pessoas me olham de outra forma.
Muitos desses olhares diferentes são femininos, admite Clodoaldo. O casamento de oito anos com Cláudia, no entanto, colocou um ponto final na fama de goleador também fora dos campos do ídolo do Fortaleza.
- O assédio acontece, mas hoje estou tranquilo. Sei como me sair. Já fui pegador demais no início, era moleque, tudo veio muito fácil. Já tive fama de pegador, mas hoje estou quieto.
Vaidoso assumido, Clodoaldo se mostrou à vontade diante das lentes para seu primeiro trabalho como modelo. Mais do que isso, após uma timidez inicial, esbanjou empolgação e não descartou tentar a sorte na nova carreira após abandonar os gramados.
- No início, fiquei meio tímido. Mas fui me soltando no fim e gostei bastante. Espero repetir mais vezes. Tudo na vida é treinamento, costume. Tenho certeza de que, se eu me acostumar, fica fácil. Tenho potencial (para ser modelo), sim (risos).
Enquanto está distante das passarelas ou capas de revistas, Clodoaldo fala de futebol. Entre um clique e outro, com direito a quatro visuais diferentes, o meia-atacante revelou uma negociação frustrada com o Flamengo, o sonho de ainda defender um clube grande e se defendeu das acusações de problemas com o álcool. Confira o bate-papo:
Clodoaldo mantém o apelido de "Matador", que ganhou ainda nos tempos de Fortaleza (Foto: Binho Dutra)
Clodoaldo: Estou muito tranquilo quanto a isso. Meus objetivos eram outros, mas, infelizmente, por alguns impasses, não pude ser negociado na época. Estou gostando do meu momento atual. É uma experiência nova, no Rio, era um sonho da minha vida jogar no futebol carioca, e as coisas estão acontecendo. Graças a Deus.
Qual ponto que deu errado nesse caminho, que te impediu de ter um sucesso maior?
O clube (Fortaleza) me atrapalhou. No momento em que eu devia sair, me seguraram, não liberaram. Apareciam oportunidades e mais oportunidades e em momento algum pensaram em mim, somente neles. Depois que as negociações não foram feitas, desanimei um pouco. Lutamos bastante para subir com a equipe (em 2002) e, no momento em que chegamos na Primeira Divisão, chegaram comandantes que me tiraram. Em momento algum respeitaram o que eu tinha feito pelo Fortaleza. Fui desanimando muito. Foi algo que mexeu comigo. O sonho que eu tinha de jogar em clubes grandes não se realizou e isso me decepcionou.
Você chegou a receber propostas concretas de grandes clubes?
Tive uma proposta do Flamengo. Eu ia para lá e o Roma iria para o Fortaleza. Mas houve o impasse do clube querer dois jogadores para me liberar. Acabaram não aceitando o acordo. Fui procurado também por clubes da Arábia e mais uma vez o clube não me liberou. Tudo isso mexeu muito comigo. Cheguei a conversar e falar: “Me deixa ir. Se não der certo, eu volto. Vocês ganham e eu ganho. Eu prometo”. Mas em momento algum pensaram em mim.
De alguma maneira o sucesso da música aumentou a expectativa sobre o seu futebol? Pode ter sido algo que também tenha prejudicado?
A música foi tudo de positivo na minha vida (relembre a música no vídeo ao lado). Por tudo que fiz, pelo reconhecimento que tiveram por mim. Em momento algum foi algo que me atrapalhou. Mas tudo aconteceu muito rápido e inesperado na minha vida. Vim de família humilde e, de repente, aconteceu aquilo tudo. Foi muito glorificante. A musiquinha foi feita pelo futebol que eu jogava.
Nos últimos anos, falou-se muito de você por problemas fora de campo. Seu nome foi envolvido em acusações de chegar para treinar alcoolizado, falta de pagamento de pensão... O que tem de verdade nisso tudo?
Fiquei muito visado em Fortaleza depois de tudo que fiz. Quando surgiu a musiquinha, eu não vivia. Não podia andar em lugares a que estava acostumado a ir. Virei celebridade, tive que mudar a forma de agir. Algumas coisas que os outros falam aconteceram algumas vezes. Não nego. Fiz coisas que não deveria ter feito, mas acabava que outros faziam a mesma coisa, e só falavam do Clodoaldo. A culpa era sempre minha. Isso me desgastou um pouco e me fez sair do foco para começar tudo outra vez.
y b
Você realmente teve problemas com álcool? É uma situação parecida com o Adriano?
Não me vejo como o Adriano. Não aconteceu nada demais. Fazia as coisas nos momentos em que eu podia, mas era sempre o mais visado. Fazia tudo na frente de qualquer pessoa. Eu sou assim. Faço o que acho que tem que fazer, independentemente de quem está me observando.
Onze anos depois da explosão, você está se destacando no Goytacaz. São cinco gols e uma das melhores campanhas da Série B do Rio. Até onde você acha que ainda pode chegar no futebol? Sonha com clube grande?
É um recomeço. As coisas estão começando a fluir bem e estou no Rio. Apesar de ser a Segunda Divisão, é uma vitrine. Pouco a pouco, estou conquistando o meu espaço no Goytacaz. Preciso manter a minha performance, tentar ajudar o grupo sem vaidade e alcançar meus objetivos. Sonho ainda jogar em clube grande, apesar de ter 34 anos. Não tenho tendência a engordar, o que facilita o meu físico.
Você é um cara vaidoso? Se acha bonito?
Eu me acho bonito, rapaz! Como não? Uso hidratante, xampus, cremes para dar uma melhorada ainda maior no visual. Sou de um estilo mais esportivo e me adapto às ocasiões. Danço de acordo com a música. Sou bastante vaidoso. Às vezes, minha esposa até brinca: “Vai arrumado desse jeito para o trabalho para quê?”. Mas eu sou muito vaidoso. Gosto de me vestir bem, usar coisas boas, até por conta da minha imagem. Quando chego a um lugar, as pessoas me olham de outra forma.
O que achou da experiência de viver um dia de modelo? Acha que dá para se aventurar na área?
De terno, Clodoaldo posa de modelo pela primeira
vez na vida: 'Gostei bastante' (Foto: Binho Dutra)
vez na vida: 'Gostei bastante' (Foto: Binho Dutra)
Há 11 anos na mídia, como você lida com o assédio feminino? Faz o estilo pegador?
O assédio acontece, mas hoje estou tranquilo. Sei como me sair. Já fui pegador demais no início, era moleque, tudo veio muito fácil. Já tive fama de pegador, mas hoje estou quieto.
Para finalizar, você mantém o apelido “Matador” mesmo em uma época onde tudo é muito politicamente correto. Não acha que pode te prejudicar?
Eu gosto que me chamem de Matador. As pessoas sabem interpretar o que significa para o torcedor. É no sentido de fazer gols, belas jogadas. Fico feliz com isso.
* Agradecimento a Cipó Modas, de Campos dos Goytacazes
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/serra-lagos-norte/noticia/2013/04/em-dia-de-modelo-clodoaldo-tira-onda-fui-pegador-mas-estou-quieto.html
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