Holandês será julgado à tarde, enquanto trabalho será realizado de manhã, no campo anexo do Engenhão. Jogador pode ser suspenso por até 12 jogos
Seedorf será julgado com base em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O 258 fala sobre assumir qualquer conduta contrária à ética desportiva, pelo qual pode pegar até seis jogos de gancho. A procuradoria também o enquadrou no artigo 243-F, parágrafo 1º, que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil, além de pena mínima de quatro jogos de suspensão, podendo chegar a seis.
O responsável pela defesa de Seedorf deve ser o gerente executivo Aníbal Rouxinol, que anteriormente ocupava o cargo de diretor jurídico do departamento de futebol. O clube vai alegar que não era ele o jogador a ser substituído e sim Cidinho, que já havia saído para a entrada de André Bahia.
A expulsão de Seedorf já nos acréscimos do duelo contra o Madureira aconteceu depois que o meia teria dito que o árbitro Philip Georg Bennett estava "de palhaçada". Ele relatou na súmula o lance, dizendo que o primeiro cartão amarelo foi dado após o holandês se recusar a deixar o campo pelo lado oposto ao banco de reservas, e que a segunda advertência veio depois de uma reclamação do meia.
- Você está de palhaçada. Vou sair por lá. Saio por onde eu quiser - teria dito Seedorf.
Depois, o holandês se manifestou sobre o caso e garantiu não ter ofendido o árbitro. A agente Deborah Martin também comentou o caso e disse que Seedorf estava triste e surpreso com o que estava escrito na súmula. O jogador questionou a decisão do árbitro.
Veja a explicação do árbitro sobre a expulsão de Seedorf (Foto: Reprodução/FERJ)
- Estou assustado com a repercussão. Uma decepção pela pouca sensibilidade. Em toda minha carreira, mais de 900 jogos, dificilmente fui punido por falar mal com o árbitro. Significa que sei falar com o juiz com respeito. Sei o papel deles no jogo. Eu em nenhum momento fiz pressão.
Durante os 90 minutos fui correto. Viram minha ação como um crime. Sei que não estou acima da lei, e sempre a respeitei. Mas sou diferente sim, tenho um currículo. Tenho respeito pelo juiz, e ele não teve consideração pela minha carreira. Tenho minha história, e ela vale. Já fui substituído várias vezes, em todas saí pelo "portão grande". Faz parte do entretenimento. Eu era o jogador que tinha decidido o jogo. Os torcedores também queriam o contato - afirmou Seedorf, poucos dias depois da divulgação da súmula.
Como testemunhas para o processo, foram chamados o árbitro Philip Georg Bennett e o jogador Gabriel, do Madureira, que comemorou com palmas a expulsão de Seedorf.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/04/bota-treina-nesta-terca-feira-ainda-sem-saber-se-contara-com-seedorf.html
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