Em oito anos vestindo a camisa do Rio de
Janeiro, líbero é a jogadora mais assediada pelos fãs depois das
partidas da equipe dentro de casa
Por Marcello Pires
Rio de Janeiro
Quem disse que o trabalho da líbero Fabi acaba quando o jogo termina. Depois de passar 1h15m levando bolada, dando peixinhos e fazendo defesas
espetaculares na vitória por 3 a 0 sobre o Pinheiros,
a bicampeã olímpica do Rio de Janeiro repetiu o ritual de sempre e
reservou todo o tempo do mundo para atender um por um os muitos
torcedores que se acotovelavam à beira da quadra do ginásio do Tijuca,
na Zona Norte do Rio, na esperança de conseguir um autógrafo ou uma foto
ao lado da ídolo. Tanta paciência e carinho por seus fãs tem uma razão
muito simples de ser:
- Cada vez que um fã se aproxima de mim eu me recordo de uma situação
que aconteceu num jogo no Maracanãzinho logo depois da conquista do ouro
nas Olimpíadas de Barcelona (1992). Eu era fã de um grande atleta
daquela geração e na minha vez ele virou de costas e foi embora. Aquilo
traumatizou e me marcou muito. Por isso, eu faço questão de atender
todas as pessoas que se aproximam de mim para pedir um autógrafo ou para
tirar uma foto – revelou a carioca de 32 anos.
Fabi é 'encurralada' pelos fãs, dá autógrafos e recebe beijos no Tijuca (Foto: Luiz Doro / Adorofoto)
Depois de passar quase 20 minutos posando para fotos e distribuindo
autógrafos, Fabi deu uma escapadinha para falar com a imprensa. Com mais
de dez cartazes na mão esquerda, a jogadora mais assediada e mais
antiga do elenco carioca falou, enfim, falou sobre a vitória sobre a
jovem equipe paulista.
Com um sorriso no rosto, Fabi tira foto com o pequeno fã (Foto: Luiz Doro / Adorofoto)
- O Pinheiros é um time que ainda está brigando para se classificar e
não tem muito que perder. Por outro lado, nós jogamos sempre depois do
Osasco e sob a pressão de ter de vencer para manter a liderança -
analisou.
Veja a tabela da Superliga Feminina!
O oitavo título da Superliga ainda está distante, mas Fabi afirma que
em oito temporadas vestindo a camisa do Rio de Janeiro jamais viu um
elenco tão qualificado como o atual.
- São oito temporadas aqui e nunca vi um banco de reservas com tantas
opções de qualidade. Às vezes o Bernardo tem que pensar muito para
decidir quem vai colocar em quadra. Na vitória contra o Pinheiros, por
exemplo, a Natália começou no banco. Mas sempre quem entra joga bem e
ajuda o time a vencer. Hoje foi a vez da Régis (Regiane) – disse a
líbero da seleção brasileira.
Até na rua, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Fabi é tietada pelos fãs (Foto: Luiz Doro / Adorofoto)
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