A CRÔNICA
por
Marcelo Prado
Para o Palmeiras, era o último ensaio antes da primeira semifinal da
Copa do Brasil, na quarta-feira, contra o Grêmio. Para o Atlético-MG,
além da estreia de Ronaldinho, existia a certeza de que uma vitória
valeria a liderança provisória do Campeonato Brasileiro. No jogo
realizado na fria noite deste sábado, no estádio do Pacaembu, o R49
buscou jogo, se movimentou, acertou passes, mas não foi brilhante. Não
precisou. O Galo, bem superior ao Verdão, venceu com justiça por 1 a 0,
foi aos dez pontos na tabela de classificação e mostrou que pode ir
longe neste ano.
Com mais um tropeço, o terceiro consecutivo, o Verdão segue na zona de rebaixamento, com apenas um ponto conquistado. Caso a Portuguesa vença o Atlético-GO neste domingo, o time de Palestra Itália terminará a rodada em último. As duas bolas no travessão em faltas cobradas por Marcos Assunção nos minutos finais da partida fizeram enorme diferença. Por centímetros, o clima do Verdão seria outro.
Pelo Nacional, a equipe paulista buscará a reabilitação no próximo domingo, contra o Vasco, novamente no estádio do Pacaembu. O Galo voltará a campo no mesmo dia, contra o São Paulo, no Morumbi.
Os dois times entraram em campo com a mesma formação tática: 4-3-2-1. No Palmeiras, foram três alterações em relação à derrota para o Sport, na última quarta-feira, em Recife: Felipe entrou na vaga de Maikon Leite, Daniel Carvalho ficou com o lugar de Valdivia, liberado para viajar ao Chile após sofrer um sequestro-relâmpago, e Thiago Heleno, afastado por sete meses com lesão, voltou e ficou com o posto de Leandro Amaro. No Galo, com a estreia de Ronaldinho Gaúcho, o técnico Cuca apostou na movimentação constante do trio formado pelo recém-chegado, Danilinho e Bernard, com Jô funcionando como referência à frente.
O Palmeiras esteve ligeiramente melhor nos primeiros 15 minutos, principalmente porque matinha a posse de bola. Daniel Carvalho e Felipe se movimentavam bastante e buscavam se aproximar de Barcos a todo o instante. No Galo, Ronaldinho, que, em vez de jogar na esquerda, como no Flamengo, atuou mais centralizado, era marcado individualmente por Márcio Araújo. Aos 17, no único ataque perigoso do Verdão, Luan exigiu boa defesa de Giovanni em chute de fora da área.
Com o passar do tempo, o jogo mudou de lado. O Galo passou a ter o
controle e, com jogadores mais talentosos e experientes, valorizava a
posse de bola. Ronaldinho levava vantagem sobre marcação e, aos 21, o
time visitante só não abriu o marcador porque Bernard perdeu gol
incrível, cara a cara com Bruno, após passe de Danilinho e falha de
Cicinho. Nesse lance, Bruno e Henrique se desentenderam e tiveram de ser
separados pelos companheiros.
A torcida palmeirense não via reação e, perto dos 30, começou a reclamar. Seus meias não eram mais notados em campo e deixavam Barcos isolado na frente. Até o apito do intervalo, a equipe não esboçou qualquer reação.
Jô marca, Atlético-MG domina e vence
O Galo voltou ainda melhor para o segundo tempo e empurrou o Palmeiras para trás. Aos três minutos, Bernard se livrou como quis de Cicinho e cruzou na cabeça de Jô, que testou longe do alcance de Bruno: 1 a 0. O Pacaembu se transformou em um caldeirão. O Palmeiras, desorganizadamente, avançou seu meio-campo, mas seguia sem criar nada por absoluta falta de competência. O técnico Luiz Felipe Scolari tentou renovar o gás da equipe, com as entradas de Maikon Leite no lugar de Felipe e de Mazinho na vaga de Luan. Não adiantou. O time só chegou com perigo em duas faltas cobradas por Marcos Assunção, bem defendidas por Giovanni.
O Galo, ao contrário, ficou com o jogo em suas mãos. Ronaldinho passou a
ter liberdade para jogar, principalmente depois que Márcio Araújo, seu
perseguidor, levou cartão amarelo. O gaúcho acertou lançamentos, prendeu
a bola e iniciou os contra-ataques. Em um deles, aos 15, Jô marcou, mas
a arbitragem anulou, considerando que ele cometeu falta em Henrique.
Aos 23, Bruno fez brilhante defesa em cabeça de Jô e evitou o segundo
gol da equipe mineira. Seis minutos depois, a arbitragem errou. Em
cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho, Rafael Marques marcou, mas o
tento foi anulado, sob alegação de impedimento, que não aconteceu.
O tempo passava e o Verdão não dava o menor sinal de que algo poderia mudar. Felipão fez sua terceira mudança, sacando Cicinho e improvisando o volante João Vítor na lateral direita. No Galo, Cuca tirou Marcos Rocha, que havia tomado o cartão amarelo e colocou Serginho. O Galo seguiu soberano em campo e só não aumentou sua vantagem porque diminuiu seu ritmo de jogo nos minutos finais. O Verdão, sem organização nenhuma, até criou chances para empatar, mas apenas na base da bola parada.Aos 39 e 41 minutos, Marcos Assunção cobrou duas faltas e carimbou o travessão em ambas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2012/09-06-2012/palmeiras-atletico-mg.html
Com mais um tropeço, o terceiro consecutivo, o Verdão segue na zona de rebaixamento, com apenas um ponto conquistado. Caso a Portuguesa vença o Atlético-GO neste domingo, o time de Palestra Itália terminará a rodada em último. As duas bolas no travessão em faltas cobradas por Marcos Assunção nos minutos finais da partida fizeram enorme diferença. Por centímetros, o clima do Verdão seria outro.
Pelo Nacional, a equipe paulista buscará a reabilitação no próximo domingo, contra o Vasco, novamente no estádio do Pacaembu. O Galo voltará a campo no mesmo dia, contra o São Paulo, no Morumbi.
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Galo melhorOs dois times entraram em campo com a mesma formação tática: 4-3-2-1. No Palmeiras, foram três alterações em relação à derrota para o Sport, na última quarta-feira, em Recife: Felipe entrou na vaga de Maikon Leite, Daniel Carvalho ficou com o lugar de Valdivia, liberado para viajar ao Chile após sofrer um sequestro-relâmpago, e Thiago Heleno, afastado por sete meses com lesão, voltou e ficou com o posto de Leandro Amaro. No Galo, com a estreia de Ronaldinho Gaúcho, o técnico Cuca apostou na movimentação constante do trio formado pelo recém-chegado, Danilinho e Bernard, com Jô funcionando como referência à frente.
O Palmeiras esteve ligeiramente melhor nos primeiros 15 minutos, principalmente porque matinha a posse de bola. Daniel Carvalho e Felipe se movimentavam bastante e buscavam se aproximar de Barcos a todo o instante. No Galo, Ronaldinho, que, em vez de jogar na esquerda, como no Flamengo, atuou mais centralizado, era marcado individualmente por Márcio Araújo. Aos 17, no único ataque perigoso do Verdão, Luan exigiu boa defesa de Giovanni em chute de fora da área.
Ronaldinho Gaúcho foi muito vigiado pelo meio-campo do Verdão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A torcida palmeirense não via reação e, perto dos 30, começou a reclamar. Seus meias não eram mais notados em campo e deixavam Barcos isolado na frente. Até o apito do intervalo, a equipe não esboçou qualquer reação.
Jô marca, Atlético-MG domina e vence
O Galo voltou ainda melhor para o segundo tempo e empurrou o Palmeiras para trás. Aos três minutos, Bernard se livrou como quis de Cicinho e cruzou na cabeça de Jô, que testou longe do alcance de Bruno: 1 a 0. O Pacaembu se transformou em um caldeirão. O Palmeiras, desorganizadamente, avançou seu meio-campo, mas seguia sem criar nada por absoluta falta de competência. O técnico Luiz Felipe Scolari tentou renovar o gás da equipe, com as entradas de Maikon Leite no lugar de Felipe e de Mazinho na vaga de Luan. Não adiantou. O time só chegou com perigo em duas faltas cobradas por Marcos Assunção, bem defendidas por Giovanni.
Jô e Ronaldinho comemoram o gol do Galo no segundo tempo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O tempo passava e o Verdão não dava o menor sinal de que algo poderia mudar. Felipão fez sua terceira mudança, sacando Cicinho e improvisando o volante João Vítor na lateral direita. No Galo, Cuca tirou Marcos Rocha, que havia tomado o cartão amarelo e colocou Serginho. O Galo seguiu soberano em campo e só não aumentou sua vantagem porque diminuiu seu ritmo de jogo nos minutos finais. O Verdão, sem organização nenhuma, até criou chances para empatar, mas apenas na base da bola parada.Aos 39 e 41 minutos, Marcos Assunção cobrou duas faltas e carimbou o travessão em ambas.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2012/09-06-2012/palmeiras-atletico-mg.html
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