A CRÔNICA
por
Janir Júnior
Vencer ainda não é um verbo que Flamengo e Ponte Preta podem conjugar
no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro vive momentos de crise de
resultados, de identidade e futuro de incertezas. Sem conquistar uma
vitória desde o dia 15 de abril, quando venceu o Americano por 3 a 1
pelo Carioca, a equipe de Joel Santana continua mal, não evolui. Na
noite desta quarta-feira, a Macaca foi melhor a maior parte do tempo,
vencia por 2 a 1 até os 48 minutos da etapa final, mas não soube segurar
o placar. Vagner Love, praticamente no último lance do confronto do
estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, decretou o empate por 2 a 2, pela
terceira rodada. O confronto teve público pagante de 5.365 torcedores e
renda de R$ 110.417,00.
Mais do que a discussão em torno de Ronaldinho Gaúcho, que deixou o clube e foi para o Atlético-MG, o Flamengo e Joel Santana estão no foco dos questionamentos. Com o empate, a equipe carioca ocupa a 11ª colocação, com três pontos. Em três jogos, foram três empates. A Ponte está em 14º, com dois, e também corre atrás do primeiro triunfo.
A pressão sobre Joel só tende a aumentar. Depois das eliminações na Libertadores e no Carioca, e de ter ficado um mês sem jogar, além de mais uma pausa de dez dias, o treinador não conseguiu dar um padrão tático ao time. Apesar de tudo, ele gostou do que viu em campo:
- Não fizemos uma atuação de gala, mas nos dá a impressão que a equipe está voltando a ser aquela que nós gostaríamos de ver, com garra, luta - disse Joel na entrevista coletiva.
Pelo lado dos donos da casa, muita reclamação para cima do árbitro Wagner Reway por causa do escanteio que originou o lance do gol de empate nos acréscimos:
- Não entendo isso. Colocam dois bandeiras atrás dos gols e eles não enxergam nada. Foi tiro de meta claro para nós, no lance de origem do segundo gol. O que é que eles estão fazendo ali atrás? - esbravejou o goleiro Edson Bastos
Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Coritiba, no Engenhão, no sábado. A partida será às 18h30m. No domingo, a Ponte Preta visita o Figueirense, no Orlando Scarpelli, às 18h30m.
Nivelados por baixo
No primeiro jogo sem Ronaldinho Gaúcho, a torcida rubro-negra presente ao Moisés Lucarelli demonstrou que a ferida ainda está aberta e, antes de a bola rolar, hostilizou o jogador com os gritos de “Ronaldinho, vai se f..., o Flamengo não precisa de você". Mas, com o início da partida, ficou claro que o problema do time vai muito além do ex-camisa 10. A chuva em Campinas deixou o gramado com poças d´água. E o jogo começou embolado no meio-campo, com o Rubro-Negro tendo dificuldade para trocar passes.
Bem postada, a zaga da Ponte vigiava Deivid e Vagner Love de perto. E na primeira vez que foi ao ataque, o time campineiro fez 1 a 0, aos 15 minutos, em lance marcado por erros grosseiros do Rubro-Negro. O goleiro Edson Bastos fez um lançamento com os pés. No meio-campo, Léo Moura tentou um chute, mas acabou jogando para trás. A bola parou nos pés de Roger, que se embolou com Welinton na área. A jogada seguiu, a bola sobrou no meio da área, Magal furou e deu um presente para Renê Junior, que colocou no fundo da rede. O gol animou o time da casa, que quase ampliou em chute de André Luis. Paulo Victor, mantido como titular mesmo com a volta de Felipe, salvou com os pés.
O Flamengo não conseguia se encontrar em campo, sentia a falta de um
homem de criação e não conseguia articular as jogadas. Kleberson e Ibson
pouco acrescentavam. Magal e Léo Moura erravam tudo que tentavam. Sob
chuva fina, Joel Santana, postado à beira do campo e de capuz na cabeça,
pouco orientava o time.
Quando conseguiu chegar à área adversária, Kleberson bateu fraco, e Edson Bastos não teve problemas para fazer a defesa. Pouco depois, um reflexo do desespero por uma bola que fosse: Love saiu da área, foi ao meio-campo buscar jogo, conseguiu roubá-la e partiu com ela dominada até ser derrubado por Tiago Alves. Sem Ronaldinho, que monopolizava as cobranças, Renato cobrou, a bola desviou na barreira e entrou: 1 a 1.
O Flamengo teve um gol de Léo Moura acertadamente anulado, a Ponte rondou a área rubro-negra até o intervalo, mas os times erravam muitos passes. Nivelados por baixo, ambos pecavam pela pouca inspiração.
Macaca domina, retoma vantagem, mas Fla empata no fim
Joel voltou para o segundo tempo com Wellington Silva na vaga de Léo Moura, que reclamou de cansaço muscular. E o Rubro-Negro levou um duro golpe, logo aos cinco minutos. Nikão cobrou falta, Paulo Victor afastou de soco e, no rebote, João Paulo emendou de perna direita: 2 a 1. A bola desviou de leve na cabeça de Marllon.
O Flamengo se resumia aos chutes de longe de Renato. Foram três em sequência, sendo dois deles com perigo para Edson Bastos. Deivid, que mal tocou na bola, foi notado apenas quando recebeu cartão amarelo por reclamação.
A Ponte seguiu com domínio, chegando com perigo ao gol rubro-negro. Aos 20, Joel colocou Bottinelli na vaga de Kleberson, muito apagado, numa tentativa de conseguir um sopro de criatividade. O argentino não conseguiu. De forma desordenada, a equipe tentava se lançar ao ataque, procurou usar as laterais, mas foi infeliz. As poucas chances só apareceram na bola parada, mas sem sucesso. Só Love tentava se salvar.
Aos 28 minutos, Joel queimou a última substituição ao colocar Negueba no lugar de Deivid. A Ponte seguiu com domínio das ações e teve chances de ampliar. Nikão arriscou de longe, e Paulo Victor pegou.
Os cinco últimos minutos foram de pressão do Flamengo. Deu certo. Aos 48, Negueba cruzou para a área pelo lado esquerdo, e Vagner Love, sempre ele, subiu para empatar: 2 a 2. Terceiro gol do Artilheiro do Amor no campeonato. O atacante Roger, da Ponte, revoltado com a marcação do escanteio que iniciou o lance do gol, acabou expulso por reclamação. À beira do campo, Joel Santana pedia desesperadamente o fim do jogo. Quando o juiz apitou, foi alvo de muitos protestos dos jogadores da Macaca.
FONE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2012/06-06-2012/ponte-preta-flamengo.html
Mais do que a discussão em torno de Ronaldinho Gaúcho, que deixou o clube e foi para o Atlético-MG, o Flamengo e Joel Santana estão no foco dos questionamentos. Com o empate, a equipe carioca ocupa a 11ª colocação, com três pontos. Em três jogos, foram três empates. A Ponte está em 14º, com dois, e também corre atrás do primeiro triunfo.
A pressão sobre Joel só tende a aumentar. Depois das eliminações na Libertadores e no Carioca, e de ter ficado um mês sem jogar, além de mais uma pausa de dez dias, o treinador não conseguiu dar um padrão tático ao time. Apesar de tudo, ele gostou do que viu em campo:
- Não fizemos uma atuação de gala, mas nos dá a impressão que a equipe está voltando a ser aquela que nós gostaríamos de ver, com garra, luta - disse Joel na entrevista coletiva.
Pelo lado dos donos da casa, muita reclamação para cima do árbitro Wagner Reway por causa do escanteio que originou o lance do gol de empate nos acréscimos:
- Não entendo isso. Colocam dois bandeiras atrás dos gols e eles não enxergam nada. Foi tiro de meta claro para nós, no lance de origem do segundo gol. O que é que eles estão fazendo ali atrás? - esbravejou o goleiro Edson Bastos
Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Coritiba, no Engenhão, no sábado. A partida será às 18h30m. No domingo, a Ponte Preta visita o Figueirense, no Orlando Scarpelli, às 18h30m.
Nivelados por baixo
No primeiro jogo sem Ronaldinho Gaúcho, a torcida rubro-negra presente ao Moisés Lucarelli demonstrou que a ferida ainda está aberta e, antes de a bola rolar, hostilizou o jogador com os gritos de “Ronaldinho, vai se f..., o Flamengo não precisa de você". Mas, com o início da partida, ficou claro que o problema do time vai muito além do ex-camisa 10. A chuva em Campinas deixou o gramado com poças d´água. E o jogo começou embolado no meio-campo, com o Rubro-Negro tendo dificuldade para trocar passes.
Bem postada, a zaga da Ponte vigiava Deivid e Vagner Love de perto. E na primeira vez que foi ao ataque, o time campineiro fez 1 a 0, aos 15 minutos, em lance marcado por erros grosseiros do Rubro-Negro. O goleiro Edson Bastos fez um lançamento com os pés. No meio-campo, Léo Moura tentou um chute, mas acabou jogando para trás. A bola parou nos pés de Roger, que se embolou com Welinton na área. A jogada seguiu, a bola sobrou no meio da área, Magal furou e deu um presente para Renê Junior, que colocou no fundo da rede. O gol animou o time da casa, que quase ampliou em chute de André Luis. Paulo Victor, mantido como titular mesmo com a volta de Felipe, salvou com os pés.
Renato fez o gol rubro-negro no primeiro tempo, mas não jogou bem (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)
Quando conseguiu chegar à área adversária, Kleberson bateu fraco, e Edson Bastos não teve problemas para fazer a defesa. Pouco depois, um reflexo do desespero por uma bola que fosse: Love saiu da área, foi ao meio-campo buscar jogo, conseguiu roubá-la e partiu com ela dominada até ser derrubado por Tiago Alves. Sem Ronaldinho, que monopolizava as cobranças, Renato cobrou, a bola desviou na barreira e entrou: 1 a 1.
O Flamengo teve um gol de Léo Moura acertadamente anulado, a Ponte rondou a área rubro-negra até o intervalo, mas os times erravam muitos passes. Nivelados por baixo, ambos pecavam pela pouca inspiração.
Macaca domina, retoma vantagem, mas Fla empata no fim
Joel voltou para o segundo tempo com Wellington Silva na vaga de Léo Moura, que reclamou de cansaço muscular. E o Rubro-Negro levou um duro golpe, logo aos cinco minutos. Nikão cobrou falta, Paulo Victor afastou de soco e, no rebote, João Paulo emendou de perna direita: 2 a 1. A bola desviou de leve na cabeça de Marllon.
O Flamengo se resumia aos chutes de longe de Renato. Foram três em sequência, sendo dois deles com perigo para Edson Bastos. Deivid, que mal tocou na bola, foi notado apenas quando recebeu cartão amarelo por reclamação.
A Ponte seguiu com domínio, chegando com perigo ao gol rubro-negro. Aos 20, Joel colocou Bottinelli na vaga de Kleberson, muito apagado, numa tentativa de conseguir um sopro de criatividade. O argentino não conseguiu. De forma desordenada, a equipe tentava se lançar ao ataque, procurou usar as laterais, mas foi infeliz. As poucas chances só apareceram na bola parada, mas sem sucesso. Só Love tentava se salvar.
Aos 28 minutos, Joel queimou a última substituição ao colocar Negueba no lugar de Deivid. A Ponte seguiu com domínio das ações e teve chances de ampliar. Nikão arriscou de longe, e Paulo Victor pegou.
Os cinco últimos minutos foram de pressão do Flamengo. Deu certo. Aos 48, Negueba cruzou para a área pelo lado esquerdo, e Vagner Love, sempre ele, subiu para empatar: 2 a 2. Terceiro gol do Artilheiro do Amor no campeonato. O atacante Roger, da Ponte, revoltado com a marcação do escanteio que iniciou o lance do gol, acabou expulso por reclamação. À beira do campo, Joel Santana pedia desesperadamente o fim do jogo. Quando o juiz apitou, foi alvo de muitos protestos dos jogadores da Macaca.
FONE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2012/06-06-2012/ponte-preta-flamengo.html
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