Mineirão completa um ano fechado e clubes de BH sentem falta do estádio

Previsão é de que novo Gigante da Pampulha fique pronto até o fim de 2012

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte

Nesta segunda-feira se completou exatamente um ano de que o Mineirão foi fechado para reformas visando a Copa do Mundo de 2014. A última partida no estádio foi válida pela sétima rodada do Brasileirão de 2010, quando o Atlético-MG perdeu por 1 a 0 para o Ceará, gol marcado pelo centroavante Washington, que continua no clube.

(Relembre o último gol marcado no Mineirão).
E neste ano fechado, os clubes da capital reclamam da falta de uma casa na cidade, já que o Independência também passa por reformas para o mundial. O Cruzeiro, por exemplo, já mandou jogos em Uberlândia, e, principalmente, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Para o gerente de futebol do clube, Valdir Barbosa, não é só a saudade que aperta neste momento.
- Muita saudade, mas pelo lado financeiro  e técnico foi desastroso. Não tenho dúvidas de que se tivéssemos o Mineirão, ano passado, teríamos sido campeões. Além disso, o prejuízo passou dos R$ 10 milhões só em 2010. A gente torce para que o estádio fique pronto o mais rápido possível. Infelizmente não temos o Independência pronto, conforme haviam dito. Será que vamos ter que suportar mais um ano sem Mineirão ou sem o Independência? A gente pensa é no torcedor, que também foi muito prejudicado com tudo isso.

Os casos de América-MG e Atlético-MG também não são diferentes. O Coelho geralmente tem atuado em Sete Lagoas, mas já passou por Varginha, no sul do estado, e no domingo jogou em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Esta última mudança gerou muita reclamação por parte da torecida americana, e a diretoria pensa em ficar apenas em Sete Lagoas, o que também não é considerado o ideal.

Já o Galo viu cair drasticamente o número de torcedores apoiando a equipe das arquibancadas mineiras. Em 2009, último ano em que o Mineirão foi usado durante todo o Brasileirão, o Atlético-MG teve o segundo maior número de torcedores no estádio, quando teve o mando de campo. O time ficou atrás apenas do campeão Flamengo, que o superou neste quesito na rodada final. Ao todo, foram 38.761 atleticanos por jogo no Gigante da Pampulha, média muito diferente da que se viu em 2010.
No ano passado, além da equipe ter ido mal na competição e lutado contra o rebaixamento em boa parte dela, usou o Ipatingão e principalmente a Arena do Jacaré, que comporta no máximo 18 mil torcedores. Resultado, média pouco superior a 13 mil pagantes por partida.

Do antigo Mineirão, resta apenas a estrutura do anel superior (Foto: Tarcisio Badaró / GLOBOESPORTE.COM)

Para o jovem Renan Ribeiro, o sentimento é ainda maior, já que ele nunca teve a oportunidade de jogar no estádio pela equipe profissional.
- Eu não tive oportunidade de jogar como profissional no Mineirão, apenas no Sub-20, quando joguei a final da Taça BH contra o Internacional. O Mineirão pode ser considerado a casa do Atlético-MG. Nossa torcida não cabe em Sete Lagoas. Claro que o estádio faz muita falta pra nossa equipe. Todo atleticano gosta de lotar o Mineirão, mas infelizmente não está podendo. A gente, então, tem que continuar jogando em Sete Lagoas e a torcida continuar nos apoiando ali.

Esta agonia tem data para acabar, mas fatalmente os clubes mineiros terão também 2012 sem o tradicional estádio. Atualmente, a reforma está na terceira e última etapa. A obra foi orçada em R$ 654 milhões e o governo de Minas Gerais optou pelo modelo da gestão compartilhada. No momento, 300 operários trabalham no local, sendo que, no início de 2012, este número será de dois mil. A expectativa é de que o Independência possa ser usado no Brasileirão do ano que vem.

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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/06/mineirao-completa-um-ano-fechado-e-clubes-de-bh-sentem-falta-do-estadio.html#equipe-america-mg