Equipe paranaense era tratada como fenômeno local até aplicar 6 a 0 sobre o Palmeiras, em atuação que chamou a atenção do país
Marcos na derrota do Palmeiras para o Coritiba por 6 a 0 (Foto: Ag. Estado)
Se antes do jogo com a equipe paulista ainda existiam desconfianças sobre as reais chances do Coxa na temporada, o "chocolate" aplicado foi motivo para reavaliar as análises anteriores. Até o técnico palmeirense Luis Felipe Scolari mudou bastante a sua opinião sobre o Coritiba. Na semana anterior ao jogo, Felipão chegou a perguntar de quem o time paranaense havia ganhado até então. Após a partida, o técnico reconheceu.
- Deram um show de bola na gente.
De quebra, os seis gols sobre a equipe paulista arrasaram com a tradicional “defesa que ninguém passa” que o Palmeiras se orgulhava e que é tão característica dos times de Felipão. Antes do jogo, o time ostentava um número impressionante de 13 gols sofridos em 26 partidas. Noventa minutos depois, o Alviverde paulista havia tomado quase a metade do seu antigo saldo.
Com a goleada, o Coxa atingiu a expressiva marca de 81 gols marcados em 2011 - média de 2,79 por partida. Além disso, ampliou para 24 o recorde de vitórias consecutivas e manteve os 100% de aproveitamento na competição nacional.
Quem vive de futebol sabe que o Coritiba joga muito bem, mas a goleada foi um divisor de águas"
Gil Rocha, comentarista
- Foi fundamental, principalmente para quem acompanha de fora. Quem vive o futebol diariamente sabe que o Coritiba joga muito bem. Mas o jogo de ontem (quinta-feira) foi um divisor de águas.
O comentarista acredita que essa divisão de águas se dá pelo fato de que, agora, jogadores e comissão técnica sabem que não é preciso provar quem é o Coritiba. Mesmo a condição de detentor do recorde de sequências de vitórias seguidas não deve ser mais um dilema a cada jogo.
- Contra o Palmeiras, os jogadores sabiam que um resultado negativo seria motivo para que tudo de bom que havia sido conquistado fosse colocado em dúvida. Agora, o Coritiba já provou aquilo que tinha que provar - diz Gil Rocha.
Entre a comissão técnica e os jogadores, o ambiente é de felicidade pela vitória e pelo maior respeito conquistados. No entanto, o discurso da modéstia é presente e repetido como um mantra. O técnico Marcelo Oliveira ainda evita de colocar o time como favorito ao título.
- Acho que a vitória pode ter mudado nosso status nacionalmente, mas aqui dentro não. Surpreendeu pelo placar, mas não pela vitória, que é fruto do comprometimento, do empenho e do desempenho ofensivo. Não nos considero favoritos. Temos este objetivo, talvez agora mais próximo e mais claro. Mas temos um trabalho árduo pela frente e esperamos muitas dificuldades.
- Eu vim quietinho fazendo meu trabalho. Nem gosto de dar entrevista e deixo vocês falarem sobre o que a gente faz dentro de campo. O Marcelo Oliveira sempre fala que aqui não tem craque. Tem um grupo que está fazendo a diferença - explica o lateral Jonas
Mas o grupo do Coritiba quer, cada vez mais, mostrar suas credenciais através das vitórias. Tanto que o atacante Rafinha não esconde que o Alviverde não é mais coadjuvante e que tantas vitórias e bons jogos são típicas de quem chegou para ganhar títulos.
- Estamos trabalhando jogo a jogo e temos que ser respeitados, pois não é todo dia que uma equipe alcança 24 vitórias seguidas. Estamos pensando grande, e quem sabe, a gente consiga conquistar a Copa do Brasil.
FONTE;
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/coritiba/noticia/2011/05/coritiba-dissipa-desconfianca-e-eleva-seu-status-apos-goleada.html
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