BOTAFOGO
Presidente do Botafogo diz que, diante da decisão judicial, não há o que fazer, mas ressalta: "A responsabilidade passa a ser do desembargador que liberou"
CEP em encontro na Ferj, na última quarta (Foto: Vicente Seda)
A decisão do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Gilberto Clovis Farias Matos,
de acatar os recursos dos clubes e suspender a liminar que obrigava
torcida única em clássicos no Rio de Janeiro não agradou o Botafogo.
Como administrador do Nilton Santos, o Alvinegro se mostrou contra,
desde o início, a presença das duas torcidas, nas atuais
circunstâncias.
Em contato com o GloboEsporte.com, o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira (CEP), ressaltou não ter como ir contra uma decisão judicial, mas recordou o assassinato de um torcedor alvinegro, no clássico, contra o Flamengo, em 12 de fevereiro, para defender sua posição.
- É uma decisão judicial, não há o que fazer. Só acho que antes de a Justiça tomar esse tipo de decisão, ela tinha que dar uma resposta à sociedade. Ninguém falou sobre os assassinos do dia 12 de fevereiro. O torcedor do Botafogo foi assassinado com um espeto de churrasco, ninguém foi preso, ninguém está respondendo a nada. E as pessoas estão tratando isso como uma coisa menor, sem importância. Para nós, não é. Os mesmos assassinos do dia 12 poderão ir ao jogo no domingo. A responsabilidade passa a ser do desembargador que liberou - lamentou o presidente alvinegro.
Em contato com o GloboEsporte.com, o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira (CEP), ressaltou não ter como ir contra uma decisão judicial, mas recordou o assassinato de um torcedor alvinegro, no clássico, contra o Flamengo, em 12 de fevereiro, para defender sua posição.
- É uma decisão judicial, não há o que fazer. Só acho que antes de a Justiça tomar esse tipo de decisão, ela tinha que dar uma resposta à sociedade. Ninguém falou sobre os assassinos do dia 12 de fevereiro. O torcedor do Botafogo foi assassinado com um espeto de churrasco, ninguém foi preso, ninguém está respondendo a nada. E as pessoas estão tratando isso como uma coisa menor, sem importância. Para nós, não é. Os mesmos assassinos do dia 12 poderão ir ao jogo no domingo. A responsabilidade passa a ser do desembargador que liberou - lamentou o presidente alvinegro.
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Carlos
Eduardo Pereira ainda disse não entender o motivo de o jogo entre
Flamengo e Fluminense não ser disputado no Maracanã. O dirigente,
inclusive, revelou ter proposto à FERJ uma vistoria conjunta no estádio.
Não houve resposta.
- O Botafogo se posicionou a
favor do regulamento. O regulamento indicia o Maracanã como estádio
prioritário em relação à realização de clássicos. Ninguém demonstrou ao
Botafogo a impossibilidade de o Maracanã ser utilizado no domingo. Esse é
o ponto inicial. Por que pode na quarta e não pode no domingo? Ninguém
explicou. O Botafogo fez uma proposta à federação de uma vistoria
conjunta no Maracanã e não recebeu nenhuma resposta.
Após
a decisão, Sandro Trindade, procurador da Ferj, explicou o motivo de o
Maracanã não estar disponível para o clássico de domingo. Segundo o
dirigentes, não há laudos que liberem o estádio, que será usado na
próxima quarta-feira pelo Flamengo, na estreia na Libertadores, contra o
San Lorenzo.
- Todo esse imbróglio mostrou uma
união dos clubes e da federação em prol de um objetivo comum.
O
Botafogo, realmente, destoou. Mas volto a dizer: é importante que o
Botafogo, a partir deste momento que a liminar foi revogada, se una, e
manifeste-se no sentido de que o posicionamento do clube também é no
sentido que as campanhas de paz nos estádios devem ser estimuladas. E
temos certeza que o Botafogo vai aderir. A designação deste jogo para o
Engenhão, Nilton Santos, é o que prevê o regulamento da competição. O
Maracanã que é a primeira opção não foi utilizado porque não tem
condições necessárias para o jogo de domingo. Não possui laudos técnicos
- disse Sandro Trindade.
Entenda o caso:
No dia 17 de fevereiro, o juiz Guilherme Schiling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio, determinou que os clássicos realizados no estado seriam com torcida única. Clubes e Federação, após audiência, conseguiram a suspensão da liminar para a semifinal entre Flamengo e Vasco, no sábado. Para a decisão, contudo, as discussões voltaram à tona. O Fluminense, sorteado como mandante do jogo, ganhou o direito, após audiência na tarde desta sexta, de jogar apenas para sua torcida. Eduardo Bandeira de Mello e Pedro Abad afirmaram ser contra a decisão e recorreram. Na tarde desta sexta-feira, o desembargador Gilberto Clovis, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, acatou o recursos dos clubes e derrubou a liminar que obrigava torcida única no clássico de domingo.
No dia 17 de fevereiro, o juiz Guilherme Schiling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio, determinou que os clássicos realizados no estado seriam com torcida única. Clubes e Federação, após audiência, conseguiram a suspensão da liminar para a semifinal entre Flamengo e Vasco, no sábado. Para a decisão, contudo, as discussões voltaram à tona. O Fluminense, sorteado como mandante do jogo, ganhou o direito, após audiência na tarde desta sexta, de jogar apenas para sua torcida. Eduardo Bandeira de Mello e Pedro Abad afirmaram ser contra a decisão e recorreram. Na tarde desta sexta-feira, o desembargador Gilberto Clovis, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, acatou o recursos dos clubes e derrubou a liminar que obrigava torcida única no clássico de domingo.
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