domingo, 16 de outubro de 2016

Mano reclama da CBF e diz que erro de Ábila em pênalti foi o diferencial


Para treinador cruzeirense, entidade prejudica a Raposa ao conceder pouco tempo de descanso entre a partida de quinta à noite e deste domingo




Por
Belo Horizonte




Lamentação. Foi o tom da coletiva de imprensa do técnico Mano Menezes após o empate sem gols do Cruzeiro com a Chapecoense (confira os melhores momentos no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo), neste domingo, no Mineirão. Lamento, primeiro, pelas chances desperdiçadas ao longo da partida e, principalmente pelo pênalti perdido por Ábila. O lance, segundo o treinador, foi o diferencial para o placar não sair do zero. Segundo, por causa do pouco tempo de descanso que o Cruzeiro teve entre o jogo contra o Palmeiras, na última quinta, e o confronto deste domingo.

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Para Mano Menezes, o Cruzeiro iniciou bem a partida, criando oportunidades, mas depois passou a atuar com mais pressão e mais cansado, pelo fato de ter tido pouco tempo de recuperação.

Mano Menezes; Cruzeiro (Foto: Washington Alves/Light Press)Mano lamentou as chances perdidas pelo Cruzeiro contra a Chapecoense (Foto: Washington Alves)


- Hoje, iniciamos o jogo bem, criando oportunidades pelo lado dos campos, o primeiro chute com Henrique, depois com o Lucas. Depois entramos bem pelos dois lados, mas não acabamos bem, poderíamos ter acabado melhor. Segundo tempo, embora o jogo tenha ficado mais traumático, tivemos a penalidade e talvez isso tenha sido o diferencial, porque se você faz toda a dramaticidade dá lucidez maior. Mas mesmo assim tivemos bola na trave com Ábila, embora tenha faltado saúde física da equipe. Foram 32 horas de diferença entre os jogos, e isso é inadmissível. Espero que a Federação (CBF) não submeta o Cruzeiro de novo a isso para beneficiar outro adversário. Não dá para condenar a equipe, porque merecemos a vitória. Às vezes, o resultado não se traduz no final do jogo - avaliou o treinador.

Para Mano Menezes, no segundo tempo, o Cruzeiro sofreu com a ansiedade. Segundo ele, situação normal para quem está brigando contra o rebaixamento, como é o caso da equipe mineira, que tem 38 pontos e está na 12ª colocação do Brasileiro.

- Não tem como não estar ansioso nos últimos minutos, quando você tem muito volume de jogo, então a bola demorar a entrar, começa a ter menos espaço no jogo. É natural, todo mundo faz isso, começamos a errar mais. A fase do nosso time, que atravessa por pressão maior pela situação no campeonato, também erra. Mas aí é botar a cabeça no lugar, analisar bem o que aconteceu, recuperar bem fisicamente para estar bem na segunda partida da Copa do Brasil.


Confira outros pontos comentados por Mano Menezes na coletiva de imprensa:

Estratégia na partida
- A estratégia do jogo, hoje, também respeitou o nosso desgaste físico, a nossa ideia era sair pressionando mais, para abrir vantagem e administrar a situação. Sabíamos que, na segunda parte do jogo, teríamos mais dificuldade, porque 32 horas é muita diferença para recuperação. 32 horas para quem jogou quinta à noite e domingo à tarde é muito coisa. Quarta-feira é um jogo bem complexo, tem muitas nuances, se abre vantagem cedo, então o jogo é outro, se demorar a fazer isso, tem outro agravante, porque aí você não tem tempo de virada, então sofrer o gol passa a ser muito complicado, então você tem que avaliar as diferenças e as situações desse tipo de partida.

Insatisfação de Rafael Sobis ao ser substituído
- Não vi a reação, mas não acho que jogar água no jogo é problema para ser administrável. Jogador pode estar chateado, porque perdeu pênalti, por uma série de coisas. Isso não tem que ser conversado ou administrado, isso faz parte, eu joguei copo de água no chão e não tenho que conversar com ninguém. O Sobis é um excelente profissional, não tem dado problema, sendo no time principal ou no banco, como já esteve.


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