FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/laudo-da-pf-sobre-movimentacao-financeira-de-filho-de-lula-nao-fala-em-corrupcao
Jornal GGN - A pedido do delegado Márcio Anselmo - que indiciou Lula e Marisa Letícia no caso do triplex do Guarujá - um perito da Polícia Federal fez uma comparação entre a movimentação financeira e as fontes de recursos declaradas à Receita Federal por Luis Cláudio, filho do ex-presidente, entre 2011 e 2014, e não indentificou traços de corrupção como os alarmados pelo Ministério Público Federal, que creditam à família de Lula a posse não só do apartamento no Guarujá, mas do sítio de Atibaia.
Ao responder sobre a compatibilidade entre a movimentação financeira no período analisado e as fontes de recursos, o perito escreveu ao delegado Anselmo:
"Observando-se esses valores, é possível constatar que movimentação financeira efetiva a crédito das contas bancárias de titularidade de Luis Cláudio Lula da Silva, apresenta maior divergência nos anos de 2013 2014. Nos demais anos, e no acumulado do período, a movimentação financeira exibe montantes próximos ao da fonte de recursos."
O perito explica a "divergência" detectada em 2013: "decorre em grande parte da diferença entre os valores transferidos pela empresa LFT Marketing (R$ 318.939.20), aqueles declarados como rendimentos (R$ 66.000,00), conforme comentado na subseção anterior."
No caso de 2014, "um dos motivos da divergência é a inclusão como fonte de recursos do valor de R$ 111.808.38 (informações do cônjuge), partir de dados constantes do Dossiê Integrado da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Contudo, não foi identificada movimentação bancária que pudesse justificar tal entrada de recursos. Tendo em vista que não foram localizadas as DIRPFs da Sra Fátima Rega Cassaro (cônjuge do investigado), não foi possível efetuar cruzamento de dados."
Outro motivo para a divergência em relação a 2014 é que Luis Cláudio não informou o valor da venda do veículo Hyundai I30, no valor original de R$ 58.000.00, "cuja quantia foi considerada como fonte de recursos, mas não consta a movimentação bancária correspondente."
Entre as suspeitas sobre a análise da quebra do sigilo fiscal que circulam na mídia, nesta sexta (21), está o fato de o filho de Lula ter recebido dividendo da empresa de palestras do ex-presidente, a LILS, sem ser sócio da mesma.
Além disso, os agentes federais se apegaram aos gastos com cartão de crédito (superam os R$ 200 mil) e a possibilidade, ainda não comprovada, de que Luis Claudio não pagava o aluguel de um apartamento em São Paulo , que o Ministério Público diz que ele ocupa como um "favor" de amigos empresários. No laudo da PF, esse imóvel, localizado nos Jardins, sequer é alvo de contratro de locação. O perito diz que viu em "fontes na internet" que Luis Cláudio poderia morar lá.
O relatório completo está em anexo.
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