FUTEBOL CARIOC
Presidentes dos quatro grandes participam juntos de evento político, e mandatários de Fla e Flu retomam o diálogo direto com a Ferj
A
paz está selada no futebol carioca. Se não existe um consenso nas
ideias, pelo menos o clima de racha declarado e hostilidade cessou. Foi o
que ficou claro em um evento fechado de campanha de um dos candidatos à
Prefeitura do Rio de Janeiro nesta sexta-feira. Os quatro presidentes
dos grandes clubes e o mandatário da Ferj se reuniram na mansão de João
Paulo Magalhães, gestor do Boavista.
Em termos de política esportiva, a cena de maior peso foi Eduardo Bandeira de Mello, do Flamengo, Rubens Lopes, da Ferj, e Peter Siemsen, do Fluminense, na mesma roda de papo, debatendo visões do que seria melhor para a cidade. Os três afirmaram que os dias de animosidade ficaram para trás.
O racha político começou em 2015, com uma divergência sobre preços de ingressos. Fla e Flu cortaram relações com a Ferj quando um arbitral sobre o tema terminou em ofensas pessoais. O passo decisivo para que essa retomada acontecesse, como afirmou Bandeira, foi um pedido formal de desculpas de Lopes no tribunal, respondendo a ação movida pelo Flamengo. O pedido foi aceito, houve acordo, e o processo foi encerrado. A reaproximação de Siemsen, embora pareça ainda mais tímida que a de Bandeira, também foi confirmada pelo mandatário. O presidente tricolor sentou-se afastado dos demais para ouvir o discurso do candidato - Bandeira ficou ao lado de Eurico Miranda, do Vasco, com quem conversou bastante, até sobre lado de torcida no Maracanã. Depois, relutou em posar para fotos com os demais dirigentes e o candidato.
Indagado sobre como está a atual relação com a Ferj e se é correto dizer que houve uma reaproximação, Siemsen se limitou a dizer:
- Temos de buscar o melhor para o clube e para o nosso futebol no futuro.
Bandeira explicou que ainda há divergências com a Ferj, o que evoluiu foi a possibilidade de debater essas diferenças sem hostilidade:
- Houve aquela ação na Justiça que o presidente da Ferj pediu desculpas e a partir daí se estabelecem condições para que possa se discutir as coisas em um ambiente de cordialidade. É claro que as diferenças continuam, na área esportiva e política, mas pelo menos podemos sentar como pessoas civilizadas para tentar discutir isso.
Lopes, que vem se esforçando na reaproximação com Siemsen e Bandeira, comemorou:
- A reunião e a união são em prol do coletivo, da cidade do Rio de Janeiro, do futebol do Rio de Janeiro, mas não especificamente só o futebol. Essa reunião de todos esses presidentes é em função de uma grandeza muito maior do que somente o futebol. A bandeira branca sempre esteve no topo do mastro - disse Lopes.
O presidente do Flamengo disse ainda ter conversado rapidamente sobre a confusão do Fla-Flu, que acabou arquivada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com o resultado mantido, ao contrário do que pediam os tricolores.
- Eu nunca tive dúvidas de que o resultado do Fla-Flu seria confirmado, mas claro que isso poderia causar uma certa insegurança em parte da torcida e até no elenco. Então, desse ponto de vista, foi muito bom isso ter acontecido. A gente conversou rapidamente, mas temos de saber separar as coisas. O Fluminense estava buscando seus direitos, e o Flamengo também buscava os seus. A vida segue.
O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, não se pronunciou durante a a sessão de perguntas para o candidato - enquanto Eurico se mostrou engajado com a campanha - mas confirmou as negociações para continuar a usar a arena na Ilha do Governador em 2017. O mandatário alvinegro, porém, ressaltou que não há nada decidido até o momento - e a decisão depende também de um acordo com a Portuguesa.
Em termos de política esportiva, a cena de maior peso foi Eduardo Bandeira de Mello, do Flamengo, Rubens Lopes, da Ferj, e Peter Siemsen, do Fluminense, na mesma roda de papo, debatendo visões do que seria melhor para a cidade. Os três afirmaram que os dias de animosidade ficaram para trás.
Dirigentes conversam durante encontro
(Foto: Vicente Seda)
O racha político começou em 2015, com uma divergência sobre preços de ingressos. Fla e Flu cortaram relações com a Ferj quando um arbitral sobre o tema terminou em ofensas pessoais. O passo decisivo para que essa retomada acontecesse, como afirmou Bandeira, foi um pedido formal de desculpas de Lopes no tribunal, respondendo a ação movida pelo Flamengo. O pedido foi aceito, houve acordo, e o processo foi encerrado. A reaproximação de Siemsen, embora pareça ainda mais tímida que a de Bandeira, também foi confirmada pelo mandatário. O presidente tricolor sentou-se afastado dos demais para ouvir o discurso do candidato - Bandeira ficou ao lado de Eurico Miranda, do Vasco, com quem conversou bastante, até sobre lado de torcida no Maracanã. Depois, relutou em posar para fotos com os demais dirigentes e o candidato.
Indagado sobre como está a atual relação com a Ferj e se é correto dizer que houve uma reaproximação, Siemsen se limitou a dizer:
- Temos de buscar o melhor para o clube e para o nosso futebol no futuro.
Eduardo Bandeira de Mello ao lado de Eurico
Miranda (Foto: Vicente Seda)
Bandeira explicou que ainda há divergências com a Ferj, o que evoluiu foi a possibilidade de debater essas diferenças sem hostilidade:
- Houve aquela ação na Justiça que o presidente da Ferj pediu desculpas e a partir daí se estabelecem condições para que possa se discutir as coisas em um ambiente de cordialidade. É claro que as diferenças continuam, na área esportiva e política, mas pelo menos podemos sentar como pessoas civilizadas para tentar discutir isso.
Lopes, que vem se esforçando na reaproximação com Siemsen e Bandeira, comemorou:
- A reunião e a união são em prol do coletivo, da cidade do Rio de Janeiro, do futebol do Rio de Janeiro, mas não especificamente só o futebol. Essa reunião de todos esses presidentes é em função de uma grandeza muito maior do que somente o futebol. A bandeira branca sempre esteve no topo do mastro - disse Lopes.
O presidente do Flamengo disse ainda ter conversado rapidamente sobre a confusão do Fla-Flu, que acabou arquivada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com o resultado mantido, ao contrário do que pediam os tricolores.
Reunião entre dirigentes colocou fim a clima
hostil (Foto: Vicente Seda)
- Eu nunca tive dúvidas de que o resultado do Fla-Flu seria confirmado, mas claro que isso poderia causar uma certa insegurança em parte da torcida e até no elenco. Então, desse ponto de vista, foi muito bom isso ter acontecido. A gente conversou rapidamente, mas temos de saber separar as coisas. O Fluminense estava buscando seus direitos, e o Flamengo também buscava os seus. A vida segue.
O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, não se pronunciou durante a a sessão de perguntas para o candidato - enquanto Eurico se mostrou engajado com a campanha - mas confirmou as negociações para continuar a usar a arena na Ilha do Governador em 2017. O mandatário alvinegro, porém, ressaltou que não há nada decidido até o momento - e a decisão depende também de um acordo com a Portuguesa.
Bandeira ao lado de Rubinho no encontro
(Foto: Vicente Seda)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/noticia/2016/10/bandeira-siemsen-e-lopes-colocam-fim-clima-hostil-no-futebol-do-rio.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário